quinta-feira, 7 de julho de 2016

Veleiros Sem Destino


Desliza por águas da impenitência
Essas naus sem destino
Almas mergulhadas na indiferença
Na foz do oceano das incertezas

Por onde vão essas folhas imortais?
Levadas por sopros invernais
Destiladas com grãos de areia
Sem veredas e sem destinos

As águas correm por entre os dedos
As velas dançam na chuva
Do outro lado do mar, breves marinheiros
Choram a chegada sem porto

E tu pobre veleiro de carne
Navegas pelo mar da vida, alheio
Sem bussola e sem estrelas
Por onde vais, nesse caminho?

Outrora eu era canoa de papel
Remando com coração de pedra
Hoje, encontrei um porto seguro
Um caminho aberto na existência

Por entre os sais do mar
O sol da justiça ilumina o horizonte
Saindo da noite nublada
Prossigo para a aurora incandescente

Se quiseres mudar teu rumo
Olha para a Estrela da manhã
Porque no mar da obscuridade da vida
Só ela aponta com certeza, o amanhecer

Clavio J. Jacinto


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