sexta-feira, 12 de agosto de 2016

O Destino da Alma Inflável


Um homem enche sua alma
De bens terrenos e luxuria
Sopra o vapor da avareza
Entulha o coração de vaidades

Sopra sonhos e ilusões
Sobrecarrega-se dos cuidados dessa vida
Com ternura fria, ama o engano
Embrulha o tempo com coisas vãs

Um homem enche o ego de orgulho
Gasta o tempo em vãs sutilezas
Constrói um império de fantasias
Alegra-se com coisas supérfluas

Sopra o vento das coisas vãs
Brisa que anestesia a sensibilidade
Alma cheia de escuridão
Mas não percebe e não sabe

Um homem que transborda
De coisas frágeis e temporais
Alma inflada de efemeridades
Que vagueia sem destino

O vento sopra e a leva pra longe
Como uma entidade que voa em vão
Entre a vida e morte, vai a alma
Cheia de nada, pra perdição

Clavio J. Jacinto

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