quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A Pérola e as Lagrimas


Se a solitária perola chorasse
Triste no fundo do mar dormisse
Em profunda solidão e desejo
De conhecer o sol e uma coroa
Oh! como a alma escondida na carne
O espirito no homem interior
A perola no berço das águas
No escuro do assento dos mistérios
Chorasse um choro de dores
Como o orvalho nos lábios da flores
Chorasse um tempo pela metade
Um pranto na calamidade
Ferida na fenda da praia
Na escalada do grão de areia
Se a alma também chorasse
Nas sombras de um coração ferido
Oh! que pranto tão escorregadio
Deslizando na face das águas
As águas do oceano salgado
A salmoura das lagrimas
E das águas do mar
Perolas e almas chorando
Que sinfonia de prantos e espantos
Uma perola morrendo na concha
O espirito vagando dentro da carne
Que canto que ilumina
A vida e lamina da noite
Em charcos de orvalhos dos olhos
A perola da praia
Incrustada pra sempre
Na coroa do espirito regenerado

Clavio J. Jacinto



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Footer Left Content