Um argumento humanista alicerçado na areia movediça da opinião humana é a causa da apostasia moral vigente na religião pós-moderna (Clavio J. Jacinto)
quinta-feira, 30 de agosto de 2018
Um Homem Incomum
“Quando entrardes na cidade,
encontrareis um homem levando um pote de água”(Lucas 22:10). Uma cena incomum,
um homem incomum, uma atividade comum. Um homem andando pelas ruas de Jerusalém
com um cântaro de água. Não era algo freqüente, e então tal homem torna-se a
referencia de Cristo. Você talvez nunca tenha ouvido falar sobre ipseidade,
este é um termo filosófico, é a soma das características de um homem incomum,
virtudes especiais de uma pessoa, que a tornam diferentes de todas as outras.
Aquele homem com um cântaro de águas percorria o caminho da diferença, a
atividade era comum, quem estava fazendo não. No Antigo Testamento, alguém
notou que Eliseu era um homem santo de Deus, os judeus notaram que o rosto de
Moisés resplandecia, os amigos de Enoque perceberam que ele tinha desaparecido
sem deixar rastros, alguns inimigos da fé cristã notaram que Estevão tinha
rosto de anjo, os nativos da ilha de Malta perceberam que Paulo era imune ao
veneno das serpentes, João batista vestia-se de roupas feitas de pelos de
camelo e se alimentava de gafanhotos e mel silvestre, Abel ofereceu uma oferta
mais preciosa ao Senhor, Abraão teve a ousadia de ofertar seu próprio Filho ao
Senhor, José suportou todas as contrariedades com paciência, Daniel dormiu
confortavelmente entre leões famintos. Em Jerusalém um homem levava um cântaro
de água, essa era a diferença, porque mulheres eram responsáveis por essa
atividade. Ninguém sabe quem é este homem, ele é anônimo nas paginas das
Escrituras, mas sua atividade era incomum. Em Atos 9:36 a 42, vimos que Dorcas
com uma agulha, exercia uma atividade especial. Ela era especial porque todas
as viúvas choravam e mostravam os vestidos que Dorcas tinha feito quando ainda
estava viva. Hoje em dia, há ima grande necessidade de homens que sejam
diferentes, almas que sejam luz e sal, num mundo escuro que se corrompe.
Precisamos de homens dispostos a ser diferentes, a serem santos. Sim! Nosso
mundo carece de homens transformados pelo evangelho, que representem os valores
do Reino de Deus, que estejam sustentados pelo cetro da equidade do Senhor.
Homens incomuns, no meio de uma geração acostumada com a iniqüidade, alienadas
pelos valores mundanos. Homens que sejam luminares espirituais em meio a
escuridão espiritual. Para sermos incomuns, temos que viver foram do comum, e
enquanto que a civilização está sendo corroída desde os fundamentos pelos
excessos do pecado, a homem santo torna-se incomum porque não se conforma com
esse século. Viver para Deus, em consagração ao Senhor, com o coração voltado
para as realidades espirituais, é viver uma vida incomum. A maioria opta pelos fins que justificam os meios, adaptam-se aos conceitos
relativistas da nossa era. Mesmo confessando a fé cristã, a maioria faz parte
do clube da religião comum, a empreitada da fé consiste em adaptar-se a moda
vigente, seria humilhante demais subjugar-se a vontade divina no meio da
cultura das delicias hedonistas que cimentam a sociedade materialista. O culto
do prazer é a moda, e até a fé cristã foi contaminada pelo “Sentir-se bem a
qualquer custo”, ter uma experiência religiosa prazerosa é um degrau exigido
para nutrir o sentimento de ser especial. Mas carregar um cântaro de água e ser
exposto aos olhos alheios é algo muito pobre de sentimentos de honras sociais.
E então? Você, Afinal de contas é
incomum? A santidade as vezes parece ser ridícula aos olhos da filosofia
humana, desprezível aos conceitos humanistas, inaceitável aos valores do mundo,
porém, é uma exigência básica aos que desejam viver pelas veredas do evangelho,
que sejam diferentes, que sejam incomuns, que sejam santos. (Clavio J. Jacinto)
A LUZ E AS TREVAS
Até que ponto um homem secular pode andar cego neste mundo? de onde vem a luz que um homem perdido em trevas espirituais pode receber para enxergar a sua própria perdição? a resposta é: através de um homem santo, um homem santo vive na pratica do evangelho, prega a verdade do evangelho e torna-se a luz do mundo. A luz espiritual de um homem de Deus é uma necessidade sempre urgente em um mundo envolto em trevas. Homens que são iluminados pelas bençãos do Evangelho, só será possível através de homens que brilham para a glória de Deus. Um homem santo tem um evangelho que brilha, é um ser sagrado vivendo em meio ao mundo secular. Cada cristão regenerado é uma testemunha favorável ao evangelho, deve ser luz, Cristo deve brilhar através dele, a justiça do reino de Deus deve brilhar e a doutrina da ressurreição de Cristo, da obra consumada e perfeita da cruz, da esperança da vinda de Cristo, devem brilhar na vida e nas convicções do homem santo. Há muitos que não preenchem esse requisito de brilhar para iluminar os perdidos e glorificar a Deus, tais são falsos cristãos e enganam-se a si mesmos.
CLAVIO J. JACINTO
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
Confrontos
A fé cristã sempre estará posicionada á frente de confrontos em nosso mundo, isso parece não ser uma verdade bem aceita hoje em dia. (Romanos 12;1 e 2)Muitas vezes a seriedade da fé cristã foi substituída pela religião do prazer e da diversão.(II Timoteo 3:1 a 9) A visão de muitos lideres é desenvolver uma religião que induza as pessoas aos bons sentimentos, pautada pelo amor, não o amor á verdade, mas o amor aos prazeres e a tolerância. Assim nasce o germe da religião mundial, essas aspirações já foram regadas pelo espiritualismo, promovidas pelo ecumenismo e agora temos outras vozes que aderem a grande lema á unidade pelo preço da paz ao invés da separação por causa do compromisso pela verdade. Essa é a mentalidade de grande parte dos religiosos que levantam o estandarte do cristianismo, apenas como meio de identificação social, pois não há nesse fenômeno, qualquer indicio de realidades espirituais evangélicas. O cristianismo bíblico é uma religião exclusivista, isso pode soar um tanto antiquado e radical para nossos dias, mas a menos que alegorizemos tudo no Novo Testamento, não chegaremos a uma conclusão fundamental de que a Salvação só existe através de Cristo.(Joao 14:6 Atos 4:12 etc) O Novo Testamento apresenta um só Salvador e apresenta as características pessoais e singulares de Cristo, para que ninguém se engane com tantos falsos cristos que o mundo apresenta para substituir o verdadeiro na tentativa de amenizar os critérios do caminho estreito. Todavia se faz plausível admitir que a verdade cristã é uma mensagem de confronto ao homem caído e a sociedade perversa. A grande mensagem do evangelho é o amor, mas não o amor que tolera o pecado e aceita o erro. Há dois exemplos clássicos no Novo Testamento sobre a questão de viver a fé sem compactuar com o erro, a primeira é João Batista e o outro é Estevão. Batista confrontou o pecado desde a sua raiz e opôs-se com tenacidade ao erro que prevalecia, isso lhe custou a vida mas lhe preservou a honra de ser verdadeiro profeta. Ele poderia ser poupado, poderia continuar sendo um profeta para sua geração, mas diante da verdade do evangelho, ou o homem sacrifica o profeta para não deixar de amar o pecado, ou abandona o pecado para continuar ouvindo o profeta., da mesma forma Estevão pregou a verdade e não obteve aplausos, senão pedradas. a A pregação de Estevão confrontou uma geração de religiosos amparados pela superficialidade do formalismo. Crenças supérfluas não suportam verdades profundas, o coração que ama o engano, precisa desenvolver um sentimento antagônico pela verdade. Ouvir Estevão, foi sentir o poder da evidencia que desmascara a fina mascara do engano que precisa sustentar todo o cenário do erro religioso de seus algozes. A direção espiritual do verdadeiro cristão não pode ser sustentada pelo subjetivismo, deve a fé cristã genuína estar sustentada pela suficiência das Escrituras e o intelecto deve estar completamente submetido a obediência ao Livro Sagrado. Em meio ao relativismo moral que conduz a sociedade a obscuridade, o homem de Deus precisa estar ancorado pela palavra de Deus, de outra forma será conduzido fatalmente pelos ventos de conveniências que ela a sociedade ao naufrágio moral. Ao proclamar e defender a Palavra inspirada, o homem de Deus não espera aplausos das multidões, mas espera que alguns homens dobrem o joelho perante as verdades objetivas do evangelho. Quero apenas deixar claro algo inevitável no final desse artigo, não há posição neutra na vida cristã, a corrida consiste em fugir das paixões mundanas e do erro espiritual e correr com paciência a carreira proposta, alcançando sempre a justiça do evangelho, e a desaprovação do mundo relativista.
Clavio J. Jacinto
AS ONDAS DO MAR
As águas desse naufrágio se agitam
Nessa pobre areia, a alma do castelo
Como flores que brilham na viva praia
Esplendor firme desse dia mais belo
Por essas ondas que agitam a paciência
Berçário de tantas tempestades anormais
Nos rochedos fortes, açoute e beijos
Como suspiro de uma nau que se desfaz
É nesse sóbrio colossal das aguas
Que nasce a fé, não cega, a fonte do amor
Quando as fúrias sopram em vagos ventos
Eu velejo por cima das ondas do horror
Pois a fé que remove montanhas alicerça
As virtudes e apertam os laços da esperança
Que amarram minha alma em Cristo e seguro
Suas santas mãos, me protegem em segurança
Clavio J. Jacinto
A EVIDENCIA DA REVELAÇÃO E INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS.
Há uma controvérsia em nossos
dias, e isso não somente por causa dos modernistas incrédulos, mas também por
causa de certos teóricos da conspiração que não acreditam na veracidade das
Escrituras, e assumem a inverdade de proclamar que a bíblia não é a Palavra de
Deus, mas que somente contem a Palavra de Deus. Dessa forma, se caracteriza a
religião humanista, que coloca nas mãos dos homens corrompidos, a autoridade de
estabelecer o que é correto. Há também os mais céticos, esses não aceitam a
verdade de que Deus tenha de fato usado homens para tecer todo o monumento
literário que conhecemos como Bíblia. Além disso, postulam que essa é uma
incerteza, e que as Escrituras são o resultado da obra humana e nada mais. A
fim de solapara fé de uns e a esperança de outros, o diabo tem agido assim
desde o principio, pois que já nas primeiras paginas da Bíblia, encontramos
como o diabo tenta torcer, invalidar, adulterar, contaminar, e destruir a
autoridade da Palavra de Deus. O diabo remete o coração de Eva para a duvida,
Deus não teria falado exatamente assim. O diabo tomou a direção de toda a ordem
e a transformou em desordem. Em seguida tomou a Palavra de Deus e postulou que
ela estava errada e precisava de correção, e então minou as bases da autoridade
divina; a ordem da Palavra, e sem quaisquer escrúpulos, tomou a própria opinião
como autoridade para determinar o sentido da ordem divina, segundo seu ponto de
vista nefasto. O resultado foi devastador
Eu creio na preservação da
Palavra de Deus, porque o Deus da Palavra tem poder para isso, e a sua
providencia é a base pelo qual creio pela fé, que a essência da verdade não
pode diluir-se com o engano e as fábulas dos homens e muito menos de demônios.
Creio nisso, porque o Deus que se revela, sabe que o homem é irresponsável, e
por isso deve por suas mãos de graça sobre o destino deles, e pela
revelação conceder a eles a inspiração e
a responsabilidade, como que controlando a historia e agindo de modo a fazer
com que a sua vontade seja promovida sem alterações.
A revelação é a base pelo qual
foi aberto Canon das Escrituras. E pela revelação fechou-se esse Canon, assim
dos primeiros capítulos da bíblia, encontramos toda a narrativa histórica,
feita por Moisés, da criação, queda e dilúvio. Moisés não estava lá, mas a
maneira como Deus trata desse assunto é por revelação. A suma da experiência de
Moisés, é o Sinai, porem a prefacio é a sarça ardente. O Deus bendito e
misericordioso, entrou no espaço dos homens, a revelação é sublime, tremenda,
isso aconteceu na esfera da vida humana,
quebrou a rotina de Moisés, a sarça estava ardendo, era um fogo não consumidor,
não havia holocausto, havia uma intervenção divina no destino dos homens. Assim
do Sinai, do ápice da revelação da antiga aliança, com certeza saiu também os
primeiros capítulos de Genesis. Não é um épico mítico e religioso que se
destaca nos primeiros capítulos de Genesis, mas a historia que se realça na
revelação continua até a consumação dos séculos. A idéia central das Escrituras
com relação ao assunto da revelação é uníssona, um testemunho interno ecoa
desde o Sinai, o grande estrondo e os trovões das evidencias que moldam a
historia dos profetas e da redenção. O Espírito Santo do Senhor se encarregou
dessa obra, assim o próprio Cristo, do qual testifica Pedro que de sua boca não
saiu engano (I Pedro 2:22). Que Deus pode dar as palavras ais homens piedosos incumbidos
de levar a revelação ao pobre mundo dos caídos pode ser bem vista nas palavras
de Cristo, quando relata uma intervenção especial do Criador em um momento em
que os homens precisam ouvir a verdade que convence “Porque eu vos darei boca e
sabedoria a que não poderão resistir nem contradizer todos quantos se vos
opuserem”(Lucas 21:15) Assim vimos como o Antigo Testamento testifica acerca
desse falar divino na boca dos homens: “assim diz o Senhor”(Êxodo 4:22). Essa
expressão ocorre pelo menos 439 vezes no nos 39 livros do Antigo Testamento,
assim vimos como Deus é um Deus que se comunica com os homens, e desse principio vimos como
interage de forma clara no Novo Testamento: “E quanto aos anjos diz...”(Hebreus
1:6) “Mas do Filho diz...”(Hebreus 1:8) “E outra vez diz...”(Hebreus 1:6)O
testemunho do Novo Testamento é que Deus falou antigamente pelos profetas e nos
últimos dias através de seu Filho (Hebreus 1:1)
Entendemos que Cristo ensinou que
o homem não depende só do pão cotidiano mas também da Palavra de Deus, assim é
correto crermos que a Bíblia é a Palavra Inspirada (II Timóteo 3:16) pois de
forma coerente vimos que o testemunho total das Escrituras é “Disse mais o
Senhor”(Genesis 18:20) e “disse mais”(Genesis 18:30) aos personagens das
Escrituras, de diversas formas tem revelado seu propósito , e sem que haja
qualquer obstáculo, usa os meios mais inteligentes possíveis (Mateus 2:12 e 22)
entre tudo o mais, sabemos que Ele deseja anunciar a Sua salvação aos homens
(Hebreus 2:3). Paulo recebeu a mensagem e a verdade do Evangelho pela revelação
(Gálatas 1:11 e 12) Assim, a profecia não é produzida pela vontade do homem,
mas homens santos falaram inspirados pelo Espírito Santo (II Pedro 1:20) e que
devemos estar atentos a Palavra dos profetas, porque é luz que esclarece com
perfeição.(II Pedro 1:19) E dessa forma a bíblia, é um livro divino que nasce
no coração de Deus para trazer a verdade aos homens, como atesta o próprio
Cristo ao dizer a João a respeito do livro de Apocalipse “Revelação de Jesus
Cristo a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que
brevemente devem acontecer”(Apocalipse 1:1) é impossível ter conhecimento dessa
causa e não ficar atento a esses fatos (Hebreus 2:1)
Bem, vimos o quanto o testemunho
interno das Escrituras é compacto sobre o Deus que se revela, e alem disso,
desde os dias mais antigos Ele ordena que suas palavras seja escritas como bem
vimos em diversas partes do Antigo Testamento (Êxodo 17:14, 34:27, Isaias 8:1,
30:8 Jeremias 30:2, 36:2 e 28, Ezequiel 43:11, Habacuque 2:2) Cristo vez o uso
dessas palavras reveladas e escritas como testemunho e da autoridade do texto
inspirado hebraico (Mateus 4:4, 4:6, 4:7,4:10, 11:10, 21:13, 26:24,31, Marcos
9:12,13, 11:1714:21 e 27, Lucas 4:4,
10:26, 19:46, 24:46, João 6:31,10:34) assim também os autores inspirados do Nov
Testamento, fizeram uso corrente do Antigo Testamento(Mateus 2:5 Lucas 2:23
Atos 1:20, 7:42, 15:15, 23:524:14, Romanos 2:24, 3:4, 3;10, 4:47, 8:36, 10:15,
11:26, 12:19, 14:11, 15:3 e 9, I Coríntios 2:9 10:7 15:45 etc.) e então o Próprio
Senhor Jesus Cristo ordena que João escreva o que o que lhe está sendo revelado
(Apocalipse 1:11, 19, 2:1, 8, 12, 3:7 e 14 etc.), tudo isso é evidente, pois o
Senhor selou o seu propósito de revelar-se ao homem com evidencias irrefutáveis
(Hebreus 2:4) e posto a prova pelos séculos, pois que no final e já no
fechamento do Canon sagrado do Novo Testamento o próprio Cristo testifica que
“Essas palavras são fieis e verdadeiras”(Apocalipse 22:6) encerrando com duras advertências
aos que se levantam contra o livro sagrado (Apocalipse 22:19)
Fazendo uma boa apologia ao livro
Sagrado, o teólogo A. A. Hodge comenta a respeito das evidencias internas das
Santas Escrituras: “Encontram-se reveladas nelas verdades transcendentais, uma
moralidade perfeita, uma revelação das perfeições absolutas da deidade, uma
previsão de eventos futuros, um conhecimento perfeito e intimo dos segredos do
coração humano, uma luz que esclarece a razão e uma autoridade que obriga a consciência,
uma compreensão de todos os motivos da experiência e vida humanas, que não
podiam vir de outra fonte que não fosse divina. Tudo isso é característico
tão-somente das Escrituras (Esboços de Teologia, Paginas 91 e 92)
Clavio J. Jacinto
A ARTE DE TRANSFORMAR AS AMARGURAS DA VIDA EM DOÇURA ESPIRITUAL
“Porque grande amargura tem me
dado o Senhor” (Rute 1:20)
Às Vezes precisamos clamar;
“estive em grande amargura, tu porem amorosamente abraçaste a minha
alma”(Isaias 38:17) Homens amados por Deus sofrem dores e amarguras. A carne de Estevão rasgou-se perante Seus algozes.
Homens piedosos como João Batista, padeceram a morte prematura de forma
horrível. Paulo ouviu do Senhor a
realidade da fé cristã “Te mostrarei o quanto deves padecer pelo meu nome”(Atos
9:16). Já sofri bastante na vida, o choro e a dor é algo constante no ser
humano, e o cristão não está fora dessa realidade. A historia do homem é uma
historia de sofrimentos, o drama da redenção também é. A dor é um mistério, uma
escola e uma bigorna, onde a alma piedosa recebe os golpes para tornar-se mais
preparada para a eternidade. É a dor que nos torna humano, esse é um fato que faz com que os seres criados fiquem
subordinados a realidade do pecado. A
dor portanto, pode ser aliviada quando compartilhada. Quando levamos as cargas
uns dos outros e quando choramos com os que choram, então seremos mais humanos
e teremos mais forças para suportar nossos próprios lamentos. É na assistência
ao sofrimento alheio que podemos oferecer um pouco de orvalho de consolação,
para que as rosas do amor possam se sobressair acima dos espinhos que são
permanentes. Viktor Frankl afirmou “O homem que se levanta acima de sua dor,
para ajudar o seu semelhante, transcende ao humano”. Frankl foi testemunha dos
horrores dos campos de extermínios dos nazistas durante a segunda guerra
mundial. Frankl viu pessoas emergirem do mais intenso sofrimento, almas
lapidadas pela dor violenta, transpondo os mais terríveis obstáculos e saindo
de situações que pareciam impossíveis.
Tias mostraram ao mundo pós guerra que o heroísmo se alcança na
resistência ao sofrimento através de um motivo que os leve a crer que a vida
vale a pena.
O sofrimento é um enigma, parece que existe
para ser sentido e não explicado, os filósofos divergem acerca do entendimento
sobre este assunto, os teólogos não conseguem colocar um ponto final sobre a
questão. Sabemos que o ápice da questão da dor humana, se encontra no Calvário
e mais precisamente se encontrou em Cristo. Nem mesmo o drama da redenção
escapou das garras da dor. Creio definitivamente que não se pode ter uma margem
de entendimento real fora da cruz, a encarnação de Cristo, o Deus que se fez
homem, sua morte na cruz e sua posterior ressurreição é a luz mais intensa que
brilha encima da obscuridade da dor humana. Cristo é despedaçado emocionalmente
pela dor da cruz. Seu rosto se rasga fisicamente nela, mas desse desespero vem
a redenção, o fim do sofrimento humano começa com o sofrimento do Filho de
Deus. Na violência contra a bondade do Messias, na desumanização da vergonha da
cruz, ali na agonia do Calvário, o tempo torna-se o cálice onde a amarga dor de
Cristo produz a doçura do perdão que vem pela graça de Deus. Isso é um tanto
escandaloso para a filosofia que perdura sorvendo o cálice do hedonismo, isso é
uma afronta para uma religião que se sustenta dos méritos humanos, isso é um
insulto para a lógica viciada no orgulho, é inexplicável aos intelectuais
presos na mecânica de uma vida fechada dentro de um universo fatalista. A cruz brutal,
violenta e profana, prende o Filho de Deus e consome a vitalidade do Cordeiro,
e como a semente que na tumba da terra rasgada pelo arado, entrega as forças da
germinação, para que da morte possa surgir a vida possante, como de uma pequena
semente que reduzida num jazigo, recebendo o orvalho que é derramado do cálice
da noite, faz eclodir um carvalho que cresce em vigor e avança como se quisesse
encontrar-se com as estrelas. Assim, Cristo morre, para dar a sua vida em
resgate de muitos. Na horrenda cruz, no Calvário tenebroso, morreu o Filho de Deus, e quando encerra as
comportas do sofrimento, em gemidos e num brado “está consumado!” abre os portais
da mais bela primavera espiritual, aquela em que desabrocham todas as flores da
misericórdia divina. Por isso, da dor humana Cristo dá aos homens a salvação
divina. Esse é o caminho transcendental da dor. E na eternidade, os redimidos
entenderão o papel do sofrimento na sua totalidade. Um certo teólogo certa vez
escreveu “Seja que preço for, é preciso que Deus fique satisfeito” essa é a
alma do sacrifício de Cristo na cruz.
Porque a justiça divina ficou satisfeita com a obra vicária de Cristo na
cruz.
Pela cruz, na intensa amargura,
Cristo nos dá a doçura da graça divina, e por ela vem o perdão dos nossos
pecados. Aqui está o poder de Deus em ação, pela bendita misericórdia, Deus
toma o sofrimento vicário de Seu Filho, e então aceita como substituição. O
Santo morrendo pelos pecadores. Isso é radical, Deus em Cristo reconciliando
homens pecadores, e a benção da salvação vem através das dores mais intensas
que Cristo teve que suportar por nós na cruz. Mas ainda nos deparamos com ações
de homens que por Cristo suportam a dor e pelo evangelho resistem com paciência
ás aflições que muitas das vezes assolam o coração humano. Com Cristo,
aprendemos a transcender a dor e fazer com que brote o mel da esperança ao
invés das lagrimas da rebelião contra nós mesmos e contra Deus. Ficar no caminho da sensatez, na hora em que
as aflições nos remetem o desespero é um modo simples de viver em sabedoria,
quando as circunstancias nos convida a vivermos a loucura, mas a insensatez não
convém aos santos. Acho que foi Corrie Teen Boom quem disse: “olhe ao seu redor
e verás as aflições, olhe para dentro de si e
ficarás deprimido, olhe para Cristo e encontras descanso”. Temos um
refugio, Cristo está conosco no caminho da aflição. Há uma fonte de consolo em
Jesus Cristo o Senhor, mesmo nas dificuldades mais intensas, quando os espinhos
das aflições perfuram a nossa alma, encontramos no Senhor uma plenitude de
descanso, pois Ele é nosso refugio.
As vezes encontramos as flores
desabrochando nos lugares mais extremos como no cume dos montes, outras vezes
encontramos os lírios desabrochando nos pântanos. Muitas vezes, quando feridas,
as flores não choram, mas liberam perfumes. Tal é a nossa posição em Cristo,
como a cruz, na dor violenta, foi liberado o refrigério da reconciliação, a
condenação de Cristo nos deu a justificação. Isso foi possível porque a dor de
Cristo é a causa de todas as nossas bênçãos, pelas suas pisaduras fomos
sarados, pela sua morte nos deu a vida, pelo seu desespero a nossa redenção foi
consumada, do sofrimento do Senhor, brotou a doçura da regeneração, de um juízo
tão amargo, Cristo nos dá a paz. Noemi
passou por esse dilema da dor, perdeu seu amado esposo, seus filhos, volta para
seu povo carregando um fardo de amarguras, e ela desabafa “Grande amargura tem
me dado o Todo Poderoso”, mas por trás daquele cenário de noite escura,
despontava o sol da justiça. A estrada de lagrimas de Noemi era a estrada da
redenção. Na sua noite, as farpas dilaceravam o coração, todavia o alvorecer
trazia a redenção. Diz certo hino que “os mais belos hinos e poesias foram escritos
em tribulação”. Deus permite que a terra da alma seja arada pelas laminas do sofrimento,
para produzir os mais sublimes testemunhos de Sua misericórdia. Muitas vezes
tudo parece desaba a nossa volta. A dor
chega como uma espada afiada. Mas o sofrimento é uma janela pelo qual
enxergamos a essência do mundo sem Deus. E quem resiste ao sofrimento por amor
a Deus sai transformado para compreender realidades ainda maiores. Cristo
ensinou “No mundo tereis aflições” (João 16:33). Mas a semente da fé deve ser
jogada nos sulcos abertos pela dor, elas devem ser regadas constantemente por
nossas orações. Na dor que suportamos e
na dor que devemos ajudar outros suportarem, colocaremos a humanidade mais
perto de Cristo, assim como Ele esteve mais perto dos homens quando se tornou
um homem de dores. Disse o sábio Salomão que para a alma faminta o amargo é
doce, isso se dá pela compreensão da providencia divina. Em meio as
turbulências da vida, Jó adorou e Paulo e Silas cantaram. Há um caminho mais
elevado, o caminho da confiança em Deus, e ainda que a noite se prolongue sobre
nossa vida, ainda que tudo pareça tão escuro a nossa volta, a aurora da
consumação de todas as coisas resplandecerá. O fulgor da glória de Deus
iluminará a nossa face, PIS se com Ele padecemos, com Ele também reinaremos.
Homens de pequena fé temem a tempestade
(Mateus 8:26) todavia o Senhor diz “Tem bom animo”(Mateus 9:2 e 22). A questão da dor pode ser complexa, o
sofrimento pode ser um mistério de difícil compreensão quando ela está
relacionada com a fé cristã. Os teólogos têm lutado intelectualmente para
tentar provar que existe compatibilidade entre o sofrimento e a bondade de
Deus. Acho que é pela doutrina da cruz que entendemos a mensagem do sofrimento.
Quando Deus quis dar uma resposta a dor humana, ela envia seu Filho para morrer
por nós. A redenção e a justiça de Deus
são fatos conectados ao sacrifício vicário da cruz de Cristo. Quando nosso
coração está mais intimo de Cristo e quando compreendemos mais profundamente a
mensagem da cruz e a obra da cruz, mais teremos forças para suportamos as
tempestades da vida. Não há como encarar a dor do homem com uma teologia coerente
sem estudar e entender a profundidade da obra da cruz. Nossa sociedade e a
igreja contemporânea estão alheia ao entendimento da dor porque ela também está
alheia ao entendimento da doutrina da cruz de Cristo. A mensagem da cruz é o
começo para o longo trajeto da compreensão da fé cristã e as aflições que
acompanham os seguidores de Cristo até a consumação de todas as coisas. Quanto mais um homem ama os prazeres da vida
mais sofre, quanto mais ama a Cristo mais suporta o sofrimento. A pequena fé traz temor as coisas passageiras
e nos torna indiferente a felicidade eterna, uma grande fé nos capacita a confrontar
as dores do mundo presente por convicções de que há em Cristo, um mundo
vindouro melhor. É através dessa visão madura da fé cristã, que as dores e as
aflições lapidam a glória do salvo, isso é transformar a amargura presente em
doçuras celestiais. Há para o homem piedoso um manancial de consolações em
Cristo, assim como um tesouro de lições espirituais na encarnação do Verbo e
nas dores que suportou, quando ali na cruz padeceu as dores mais extremas,
suportou a mais infame de todas as vergonhas, ali mesmo Cristo nos deu também o
real valor das aflições, porque através delas, veio a realidade da expiação
vicaria. Quanto mais estudamos a mensagem da cruz, maus aceitaremos as aflições
da vida, como uma lição que nos torna mais espirituais. Amem (Clavio J. Jacinto)
Um Homem Incomum
“Quando entrardes na cidade,
encontrareis um homem levando um pote de água”(Lucas 22:10). Uma cena incomum,
um homem incomum, uma atividade comum. Um homem andando pelas ruas de Jerusalém
com um cântaro de água. Não era algo freqüente, e então tal homem torna-se a
referencia de Cristo. Você talvez nunca tenha ouvido falar sobre ipseidade,
este é um termo filosófico, é a soma das características de um homem incomum,
virtudes especiais de uma pessoa, que a tornam diferentes de todas as outras.
Aquele homem com um cântaro de águas percorria o caminho da diferença, a
atividade era comum, quem estava fazendo não. No Antigo Testamento, alguém
notou que Eliseu era um homem santo de Deus, os judeus notaram que o rosto de
Moisés resplandecia, os amigos de Enoque perceberam que ele tinha desaparecido
sem deixar rastros, alguns inimigos da fé cristã notaram que Estevão tinha
rosto de anjo, os nativos da ilha de Malta perceberam que Paulo era imune ao
veneno das serpentes, João batista vestia-se de roupas feitas de pelos de
camelo e se alimentava de gafanhotos e mel silvestre, Abel ofereceu uma oferta
mais preciosa ao Senhor, Abraão teve a ousadia de ofertar seu próprio Filho ao
Senhor, José suportou todas as contrariedades com paciência, Daniel dormiu
confortavelmente entre leões famintos. Em Jerusalém um homem levava um cântaro
de água, essa era a diferença, porque mulheres eram responsáveis por essa
atividade. Ninguém sabe quem é este homem, ele é anônimo nas paginas das
Escrituras, mas sua atividade era incomum. Em Atos 9:36 a 42, vimos que Dorcas
com uma agulha, exercia uma atividade especial. Ela era especial porque todas
as viúvas choravam e mostravam os vestidos que Dorcas tinha feito quando ainda
estava viva. Hoje em dia, há ima grande necessidade de homens que sejam
diferentes, almas que sejam luz e sal, num mundo escuro que se corrompe.
Precisamos de homens dispostos a ser diferentes, a serem santos. Sim! Nosso
mundo carece de homens transformados pelo evangelho, que representem os valores
do Reino de Deus, que estejam sustentados pelo cetro da equidade do Senhor.
Homens incomuns, no meio de uma geração acostumada com a iniqüidade, alienadas
pelos valores mundanos. Homens que sejam luminares espirituais em meio a
escuridão espiritual. Para sermos incomuns, temos que viver foram do comum, e
enquanto que a civilização está sendo corroída desde os fundamentos pelos
excessos do pecado, a homem santo torna-se incomum porque não se conforma com
esse século. Viver para Deus, em consagração ao Senhor, com o coração voltado
para as realidades espirituais, é viver uma vida incomum. A maioria opta pelos fins que justificam os meios, adaptam-se aos conceitos
relativistas da nossa era. Mesmo confessando a fé cristã, a maioria faz parte
do clube da religião comum, a empreitada da fé consiste em adaptar-se a moda
vigente, seria humilhante demais subjugar-se a vontade divina no meio da
cultura das delicias hedonistas que cimentam a sociedade materialista. O culto
do prazer é a moda, e até a fé cristã foi contaminada pelo “Sentir-se bem a
qualquer custo”, ter uma experiência religiosa prazerosa é um degrau exigido
para nutrir o sentimento de ser especial. Mas carregar um cântaro de água e ser
exposto aos olhos alheios é algo muito pobre de sentimentos de honras sociais.
E então? Você, Afinal de contas é
incomum? A santidade as vezes parece ser ridícula aos olhos da filosofia
humana, desprezível aos conceitos humanistas, inaceitável aos valores do mundo,
porém, é uma exigência básica aos que desejam viver pelas veredas do evangelho,
que sejam diferentes, que sejam incomuns, que sejam santos. (Clavio J. Jacinto)
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O QUE SIGNIFICA SER SAL DA TERRA ?
Cristo ensinou que os seus
seguidores são o sal da terra (Mateus 5:13) notemos que é da terra e não da
igreja, isso significa que nossa influencia não deve ser somente no circulo
espiritual de uma irmandade, mas tem uma abrangência social. O sal (Cloreto de sódio)
teve uma influencia muito grande na sociedade do Novo Testamento. Era precioso
e de grande importância para a manutenção da vida. Assim entendemos o papel do
cristão no espaço operacional das atividades humanas, pois somos o sal da
terra. Como essa questão deve começar com a nossa família, creio que, quando a
influencia cristã é fraca dentro de casa, o mundo será mais forte em
influenciar nossos filhos. No que tange a vida social, se o testemunho cristão
for fraco, isso compromete a própria identidade dele. Quando Cristo disse que o discípulo é o sal
da terra, varias implicações praticas estão presentes nessa afirmação, porque o
sal era um agente anti-séptico, tinha influência econômica e ação alimentar,
dentro do contexto cultura, porém a sua importância era ainda maior com relação
a ser um agente conservador. Por essas características vimos a importância da
declaração de Cristo com respeito ao papel do cristão na sociedade. Cristo
adverte que se o sal for insípido, para nada presta. O sinal da ineficiência compromete
o seu todo. Se o sal sofresse uma alteração química, comprometeria tudo, seu valor, sua eficiência e tudo mais.
Nesses dias em que estamos vivendo, onde as influencias do relativismo moral se
alastra e contamina a imoralidade, o papel do sal espiritual é de grande importância.
Agentes conservadores, de limpeza moral e espiritual combatem a corrupção espiritual. O avanço da decadência
acelera-se na medida em que a influencia do sal espiritual diminui. Soldados
que iam para a batalha levavam tabletes de sal, pois o tratamento de ferimentos
era feito com ele. Isso impediria infecções e contaminação dos ferimentos,
portanto aqui temos o sal como um agente que evita a contaminação. Na área da culinária,
o sal preservava os alimentos e servia de condimento. O sal insípido é imprestável,
inútil. A vida precisa de equilíbrio, de fervor e de sentido. As respostas para
a vida podem ser preservadas por quem tem uma verdadeira esperança, o equilíbrio
espiritual e a manutenção da vida com os
valores elevados dos princípios evangélicos só podem ser conduzidos por homens
regenerados, e pelo fatoi de se falar muito pouco sobre regeneração e
arrependimento dos pecados hoje em dia, verdadeiras conversões estão ficando
cada vez mais raras, de um modo geral, a igreja pós moderna está cheia de
pessoas mas está completamente vazia do evangelho. Está faltando sal na sociedade, e não há
outra resposta mais viável para esse fato, senão de que os verdadeiros
cristãos, criados segundo Deus em verdadeira justiça e santidade, parecem estar
diminuindo cada vez mais.
Clavio J. Jacinto
quarta-feira, 15 de agosto de 2018
PRINCIPIOS PARA O CRESCIMENTO ESPIRITUAL
A vida cristã começa pelo novo nascimento,
nossa decisão por Cristo nos leva para uma vida transformada, o tudo se fez
novo (I Coríntios 5:17) constitui-se de muitas coisas necessárias para a vida
cristã. A ordem é crescer na graça e no conhecimento. Não existe uma vida
passiva, no que concernem as coisas espirituais, mas uma vida de atividades.
Desejo nesse breve estudo, abordar algumas atividades essenciais para o
crescimento na fé, sem isso, a vida espiritual se apaga, a devoção se esfria e
o discernimento espiritual não se desenvolve. Note que as omissões dessas
coisas relacionadas ao crescimento cristão são importantes, justamente porque
envolve a nossa piedade, nosso testemunho e nosso fortalecimento espiritual.
Primeiro: A leitura da Bíblia. Precisamos
ler a bíblia e estudá-la todos os dias. Ela nos dá a luz para a nossa caminhada
daria (Salmos 119:105) ela também é o nosso alimento espiritual (Mateus 4:4 e I
Pedro 2:2) encontramos nas Escrituras, todo o conselho de Deus (Atos 20:27 )
ela é inspirada e de utilidade para nos corrigir e nos ensinar acerca das
verdades eternas (II Timóteo 3;16 e 17). Devemos decorar versículos, principalmente
aqueles mais importantes, as passagens chaves que nos dão as respostas fundamentais
da fé cristã. Precisamos ler a bíblia e estudá-la,
meditar em seus ensinos e decorar muitos versículos, porque ela é um livro
pratico (Tiago 1;22) as pessoas incrédulas precisam ler a bíblia em nossa vida,
de outra forma, como poderemos pregar sobre uma vida cristã que não estamos
vivendo.
Segundo: A Vida de oração. A oração é a base do
relacionamento intimo com Deus, assim como ouvimos Deus falar através das
Escrituras, Deus nos ouve através de nossas orações. A oração é o respirar do
homem regenerado, varias passagens nas Escrituras nos exortam a viver uma vida
de oração (Mateus 5:44 e 26:41, Marcos 14:38, I Tessalonicenses 5:17, Tiago 5:16
etc). É na oração que se estabelece o nosso relacionamento com o Senhor.
Através da oração as pessoas são abençoadas com a nossa intercessão, nossa vida
é agraciada com as bênçãos divinas, nossa família receber proteção. Devemos
viver em continua gratidão e isso se faz por meio da oração, devemos viver uma
vida completamente devota ao Senhor, adorando na beleza da sua santidade,
devemos contemplar a sua misericórdia, e tudo isso podemos fazer através da
oração. (Salmos 24:7)
Terceiro: Comunhão com outros
cristãos. A igreja é um conjunto de homens regenerados que foram chamados para
fora. Essa comunhão funcional é a base
da igreja, na sua forma bíblica. Somos membros do corpo de Cristo. É de
grande valor, melhor dizendo fundamentais, as reuniões cristãs e a fraternidade
contínua entre irmãos. Algo importante
que devemos levar em conta são os princípios
bíblicos da separação. Porem cristãos
que confessam o verdadeiro evangelho e estão firmados nas doutrinas fundamentais
da fé cristã, devem viver em laços de comunhão , e essa verdade é basicamente a
essência de uma igreja local. Varias passagens nas Escrituras atestam para a
vida de unidade e comunhão, eis alguns exemplos: para levar as cargas uns dos outros e cumprir a
lei de Cristo (Gálatas 6:2) Comunicar aos santos das nossas necessidades e
seguir a hospitalidade (Romanos 12;13) Cuidar uns de outros (I Coríntios 12:25)
Para demonstrar nossa misericórdia (Efésios 4:32) para o ensino e a admoestação
entre mutua(Colossenses 3:16) para crescer no amor fraterno (I Tessalonicenses
3:12) para consolação entre uns e outros (I Tessalonicenses 4:18) etc.
Quarto: A nossa santificação. A
vontade de Deus é a nossa santificação (I Tessalonicenses 4:3) isso é uma
santificação integral (I Tessalonicenses 5:23) as santidade cresce e se
desenvolve quando consagramos nossa vida ao Senhor. Assim, entregamos nosso
intelecto e coração a consagração, nossas atitudes e pensamentos, nossa família
e relacionamentos devem estar debaixo da santificação. Nossas vestes, nossos comportamento,
nossos negócios, linguagem, tudo deve estar no domínio sagrado da santidade.
Tudo o que devemos entregar a Deus deve ser consagrado a Ele, a santidade é um
mandamento atemporal (I Pedro 1:16). A vida de santidade nos posiciona para uma
vida de temor a Deus e obediência ao evangelho, aliás a obediência é a marca
distinta de um servo fiel, de um homem regenerado (Hebreus 5:9) as Escrituras
afirmam que as orações que chegam á Deu são as orações dos santos (Apocalipse
5:8 e 8:3) A paciência dos santos é marcada por uma vida de obediência a Deus
(Apocalipse 14:12) É pelo caminho da santidade que iremos encontrar e experimentar
a vitoria sobre as tentações (Romanos 8:37) é pelo caminho da santidade que temos
refletir a imagem de Cristo e viver no poder da ressurreição. Portanto permita
que o Espírito Santo possa guiá-lo diariamente através de uma vida consagrada
ao Senhor, vivendo para a glória do Salvador.
Quinto. Viva por fé. Muita gente tem distorcido o significado da
fé em nossos dias. A fé não é pensamento positivo, não é uma força mental, fé
não é crença otimista, a fé bíblica é confiança incondicional em Deus. Entender
isso é muito importante, porque hoje muitas pessoas acham que a fé é uma força
que pode mudar as circunstancias ou até mesmo alterar o destino e as
circunstancias por simples declarações, isso é chamado de confissão positiva em
muitos setores carismáticos. Trata-se de uma idéia metafísica e de influencia
espiritualista. A fé é uma confiança em Deus. Há um capitulo no Novo Testamento
consagrado a fé (Hebreus 11) Viver por fé é uma marca do homem justificado
(Habacuque 2:4) a fé é o oposto da duvida (Mateus 21:21) a fé é o oposto do
medo e da insegurança (Marcos 4:40) um cristão pode ser um homem cheio de fé
(Atos 6:5) parece que uma das marcas distintas de um homem ser cheio do Espírito
Santo é ter muita fé (Atos 11:24) a fé produz certeza e segurança em meio as
aflições da vida (Atos 14;22) a fé confirmada de uma igreja é um dos segredos
do crescimento dela (Atos 16:5) a fé santifica o cristão (Atos 26:18) a fé nos
leva a obediência e não a rebelião (Romanos 1:5) enfim, as Escrituras afirmam
que a fé vem pelo ouvir a Palavra de Deus (Romanos 10:17) eis a importância de
permanecermos em uma igreja que pregue
fielmente a bíblia. A grande pergunta que Cristo fez com relação aos últimos
dias é “Quando porem vier o Filho do homem, porventura achará f[é na terra?”(Lucas
18:8)
Sexto: Evangelismo. Devemos
compartilhar a fé com o nosso próximo, interceder pelos perdidos, convidar
nossos vizinhos para virem a igreja,
proclamar as boas novas, visitar os enfermos, socorrer os órfãos e as viúvas,
despertar os desanimados, ajudar a fortalecer aqueles que estão fracos, buscar
restabelecer a fé dos que estão desviados, tudo isso são atividades santas de
pessoas consagradas a Deus. A percepção
dessas necessidades será sempre o sinal de que realmente somos santos e estamos
crescendo na vida espiritual. Não devemos viver uma vida de passividade,
acomodados, a vida cristã é um combate do começo até o fim, e enquanto
estivermos vivendo no tabernaculo do nosso corpo, é a nossa obrigação como
salvos refletir o caráter de Cristo em nossas palavras e em nossas atitudes.
Amém.
Autor Clavio J. Jacinto.
sábado, 11 de agosto de 2018
terça-feira, 7 de agosto de 2018
Ansiosa e Afadigada
Ansiosa e Afadigada
Eis o diagnostico que Cristo deu á Marta: ansiosa e afadigada (Lucas 10:41 e 42) Observando o comportamento daquela mulher, Jesus avalia as escolhas de seus seguidores. Uma escolhe o descanso, como se as palavras de Cristo fossem os mais doces frutos do Paraíso, como se Sua presença fosse o Oasis para uma alma sossegar e desfrutar de uma intimidade mais profunda com o Senhor. A outra procurou a vida de ansiedade buscando atividades secundarias no momento em que deveria fazer escolhas essenciais. Toda a nossa vida é envolvida por uma gama variedade de grandes e pequenas escolhas. A dificuldade está em perceber quando elas fazem parte do que a bíblia ode determinar como prioridades. Cristo, nosso Senhor, no sermão da montanha já tinha orientado acerca da busca pelo Reino de Deus e a sua justiça como prioridades fundamentais ao verdadeiro cristão. Consiste de uma grande luta interior, manter a confiança no Senhor e viver cada dia, sem se preocupara com o amanhã, mas apenas descansando na suprema Sibéria do Altíssimo. Nosso coração não consegue conexão permanente com a sacralidade da providencia divina. Então deixamos o medo e a preocupação dominar a nossa vida. Louvamos as atividades, a grande luta da maior parte dos cristãos é uma luta onde o eu posso girar violentamente em torno de nossas satisfações materiais. Aliás, há aquela fome de demonstrar aos outros que estamos fazendo, e que isso deve ser o centro da existência de um homem, pois dessa maneira, todas as coisas giram em torno de um centro que somos nós. Essa era a posição de Marta, ela desejava ser um centro, onde a atenção de Cristo pudesse convergir, e por causa disso, ganhar os méritos por suas atividades. Havia uma ânsia de ser, uma luta constante de ter a atenção, uma seqüência de ações que a conduzisse para um patamar de atividades que a fariam ser mais espiritual do que todos os outros. Uma força que a impulsionava a agir de forma a fazer para receber pelos próprios méritos a aceitação divina. Esse foi o grande erro de Marta. Ao invés de um descanso na obra consumada e perfeita de Cristo, que Ele realizou uma vez por todas na cruz do Calvário, muitos caem no erro de fazer uma religião para si mesmo, e fazer com que todas as coisas fiquem em orbita do próprio coração, a fim de alcançar uma ampla variedade de sentimentos que aplaquem a voz de uma consciência perturbada pelo pecado. Não vive feliz quem se preocupa com o amanhã, só pode ser feliz quem crê em Cristo e descansa em suas promessas. Além disso, posso afirmar com convicção que é melhor descansar na obra de Cristo do que tentar apagar o fogo da consciência pecadora com as palhas de nossas obras mortas. Não devemos lançar sobre os nossos problemas, as nossas preocupações, mas devemos lançar nossas preocupações sobre o Senhor e descansar na divina providencia. (Veja I Pedro 5:7) Que o Senhor possa abrir os nossos olhos sobre esse assunto, pois é evidente que a ansiedade escraviza o nosso coração, mas a fé em Deus nos liberta para que possamos desfrutar da vida em cada momento. (Clavio J. Jacinto)
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