quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A CEIA MEMORIAL OU SANTA CEIA




 Tenho Visto alguns que professam a fé cristã e que estão negando a realidade da santa ceia mas estão combatendo a sua natureza sacra e distinta, argumentando que a mesma era uma refeição que todos os cristãos tinham em comum (Chamada Agape). Com meias verdades, muitos “pós cristãos” enfim descobriram que a igreja e o cristianismo histórico estavam desviados  dos propósitos de Deus, essas novas celebridades, apelam para um revisionismo cristão, uma mudança completa de paradigmas, é a visão de que tudo está errado, e que precisa ser concertado, então nascem os novos profetas para tentar colocar a fé cristã no lugar em que ela fora. A santa ceia ou ceia memorial, é descrita de “santa ceia” pelo fato de ser um memorial que nos conduz a ter vivas lembranças do drama da redenção. O contexto em que se desenvolve a celebração é a páscoa. A páscoa era uma celebração, e Cristo estava junto aos seus discípulos celebrando esse memorial, chamado de Seder. Isso pode ser verificado em Mateus 26:20 a 30, Marcos 14:12 a 21 e Lucas 22:14 a 23. Em todas essas passagens, Cristo dá uma ênfase sobre o pão e o vinho, esses elementos representariam respectivamente o sangue e o corpo de Cristo, Paulo em I  Coríntios 11:17 a 34 deve ser lido e entendido dentro dos textos evangélicos.  Em Coríntios 11: 24 há uma ênfase sobre o pão e o vinho, no versículo 25 Paulo ensina que é um memorial; ”Fazei isso em memória de mim”. É lógico que há uma celebração dentro de uma refeição, qualquer leitor cuidadoso entende isso. Também é fato que havia uma continuação de uma refeição comunitária, ou pelo menos entendemos que a celebração se dava em meio ao ágape, isso ocorre talvez para dar continuidade ao contexto da refeição pascal celebrada por Cristo e seus discípulos. Não há duvida de que o Pão e o vinho foram um destaque dentro da celebração.  Essa percepção levou os primeiros seguidores de Cristo para uma celebração. Para dar força a visão da ênfase dada sobre os elementos principais que se destacam na ceia, lemos novamente a confirmação de Paulo em I Coríntios 10:5. A igreja e os primeiros cristãos encontraram nesse texto, os fundamentos para a celebração tal como conhecemos como santa ceia, o cristianismo histórico reconhece isso, os teólogos mais consagrados e os mais piedosos homens da igreja entendiam assim. Repito: dentro dos textos bíblicos citados a ênfase ao pão e ao vinho como parte de uma celebração memorial é evidente. Isso é indiscutível. Agora dentro do cenário,  do contexto da ceia, celebrava-se uma refeição onde todos tinham os alimentos em comum, e essa era a outra parte distinta, ao compararmos as coisas espirituais com as espirituais notaremos que essa distinção é importante (I Coríntios 2:13).  Pelo fato dessa celebração e refeição junta ter dado certos problemas, como vimos descritos em I Coríntios 11:17 e 34, posteriormente a santa ceia memorial com os elementos do pão e do vinho tornaram-se um padrão. Notamos quem em Atos 2:46 há uma refeição comunitária diária, a igreja cristã nascente tinham as coisas em comum, devido ao contexto em que ela estava se desenvolvendo, muitos irmãos eram expulsos de casa e precisavam ser socorridos pela igreja.  Essa celebração pode ser observada na historia da igreja desde os tempos primitivos, um dos documentos mais antigos da igreja, a Didaqué (Cerca de 120 DC) já menciona o memorial da santa ceia com o partir do pão e o cálice como uma celebração dominical.  Dentro desse contexto entendemos o que realmente quis Cristo dizer quanto toma o pão e o cálice e institui um memorial, para que possamos nos lembrar da obra perfeita e consumada de Cristo na cruz.
Ao SENHOR pertence a glória
Amém


Clavio J. Jacinto

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