quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

O SAGRADO MINISTERIO DA DIMINUIÇÃO.



 Você já ouviu falar do profeta João Batista? Ele era um homem do deserto. Uma pedra no sapato nos maníacos por grandeza. Olhe a nossa volta, veja como as pessoas têm sede de serem grandes, querem um universo só  para elas. Olha o mundo religioso a nossa volta, quanta pompa e glamour, quantos títulos de nobreza eclesiástica. Aquele vírus satânico do orgulho é muito resistente ao antídoto da humildade de Cristo.  João era o profeta informal, não havia uma catedral para ele, nem púlpito, nem holofotes, nem aplausos ele era um homem em processo de diminuição, esse era o eco da sua vida espiritual: É necessário que ELE CRESÇA e que eu diminua”(João 3;30)  O profeta batista tinha um senso de humildade porque tinha uma visão correta de Cristo, pois declara que o que vem do alto é acima de todos (João 3;31) Sua performance ministerial é um punhal afiado que rasga o manto do sacerdotalismo religioso, sua pregação  desbravadora era acompanhada de um estilo de vida que o fazia sobreviver de forma tão rudimentar, que você não verá ele pedir sequer um centavo para ninguém, não era um ministério de lucros ou promoção pessoal. Creio que ele tinha um bom numero de simpatizantes e outro bom numero de  inimigos. Ele era uma mensagem de vida muito clara aos abastados e políticos: Não estou interessado por luxo, fama, dinheiro e status” por isso mesmo havia ódio nutrido e escondido no coração de muita gente, porque ao contrario dos profetas de Jezabel que comiam na mesma mesa com ela, das mais requintadas iguarias palacianas, a dieta de João era demasiadamente paupérrima para seu oficio, sua catedral era o deserto e seu holofote as estrelas. Típica dos desertos eram as serpentes, mas as víboras mais terríveis vieram em forma de gente pomposa, e religiosamente orgulhosa: os fariseus. João brada:” Raça de víboras”. Não havia curvas na retidão de João, você entende? Ele não precisava de uma carruagem, andava a pé, não precisava de plataforma, tinha o deserto, não se vestia  com glamour, eram peles de camelo, e não precisava manipular palavras para agradar gente grande, porque não dependia deles. O negocio de João era a diminuição. Se existe um homem no Novo Testamento que reconhece a plenitude da grandeza de Cristo aqui está: João Batista. Ele não estava envenenado com o senso de grandeza, Cristo e não ele, deveria ser o centro.  O contrario disso, é a lógica daquele aforismo mundano que se encaixa muito bem em um regime religioso também mundano “Todo mundo quer ser cacique e ninguém quer ser índio” Ninguém se contenta com o nome próprio que merece: “moribundo pecador salvo por graça imerecida”(Tito 3:5). Ninguém se contenta com a posição de  ser “ex-defunto espiritual “(efésios 2;2).   A breve vida de João Batista revela lições preciosas que os cristãos modernos odeiam aprender. Mas fica aí a dica, que enquanto temos o Batista como um mártir por causa da verdade do evangelho, hoje  temos muitos ídolos e artistas por causa da religião falsificada.  Profeta no estilo de João batista, com sua diminuição e sua vida rude e extremamente humilde, dificilmente  iria achar entre nós, um púlpito para pregar, se não o expulsassem dos templos, ele ficaria no ultimo lugar sob vigilância constante por ser um perigo iminente contra o sistema evangélico pós-moderno.


CLAVIO J. JACINTO

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