segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

FALSOS E VERDADEIROS PROFETAS

É notável como João Batista confrontava o pecado. Não havia qualquer sinal de conveniência pessoal nele. Não havia resquícios de oportunismo na sua vida, ele tinha uma retidão inegociável. Seu confronto era direto, seja com quem fosse, ele estava ali, não pra negociar com o pecado, mas para confrontá-lo, reprová-lo e denunciá-lo, não é a toa que acabou sendo morto. Esse é o fim daqueles que confrontam a malignidade de um mundo que odeia a Deus. O mundo retribui com ódio aos verdadeiros santos. A luz da santidade descobre as obras de uma sociedade amante da impiedade, é isso, um verdadeiro santo incomoda o mundo, Cristo esta no mesmo caminho. João é precursor, a direção é a mesma, onde João encontrou a decapitação, Cristo, nosso Salvador encontrou a crucificação, Tiago encontrou a espada e e Estevão a lapidação. A Via sacra do homem consagrado a Deus não é feita de flores contaminadas pela iniqüidade de uma sociedade anticristã, o preço do discipulado tem um custo de perder a própria vida terrena para ganhar a celestial. Cristianismo não é show e vitupério.  João ensinou o caminho do verdadeiro profeta, com certezas não são esses moderninhos, que só profetizam o que é agradável aos ouvidos alheios. A única vez que João é descrito junto aos políticos, é pra denunciar a corrupção moral, e ele vai ao alvo que é mais atacado hoje: a família. Essa voz de denuncia profética era insuportável aos amantes do pecado. “temos que eliminar esse perturbador”  essa era a voz da alma escrava aos prazeres do mundo. O mundo e seus habitantes perdidos não suportam ouvir mensagens contra o adultério, contra a corrupção, contra seus pecados de estimação. Odeiam que se pregue contra a idolatria e o aborto, os mundanos amam apaixonadamente o mundo e os verdadeiros profetas ama apaixonadamente denunciá-los. Porque o sentimento de um verdadeiro profeta é a manifestação do próprio DEUS ao mundo.  Não é admirável que os verdadeiros cristãos busquem ouvir os solitários profetas do Senhor, assim como a multidão abandonava os sacerdotes e doutores da lei, e corriam para ouvir a mensagem revolucionaria de João no deserto. Ouçam o que digo, George Orwell tinha razão:  “Falar a verdade em tempos de mentira universal é um ato revolucionário”. Eu observo o grau d espiritualidade de um devoto pelo seu critério com relação ao tipo de sermão que ele deseja ouvir. A fome espiritual autentica te conduz para o profeta que te dá verdadeiro alimento espiritual, é por isso que as pessoas estão lá num deserto inóspito ouvindo um profeta rústico, muito grosseiro e simples, não havia pompa, linguagem sofisticada e nem carisma, não havia milagres, o próprio João tinha o maior de todos os milagres: negar-se a si mesmo, confrontar o pecado, denunciá-lo e estar disposto a morrer pela causa do Reino de Deus, sem alimentar qualquer desejo de glória e oportunismo pessoal. (Clavio J. Jacinto)

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