sexta-feira, 29 de junho de 2018

CRESCIMENTO ESPIRITUAL- Da infancia a Maturidade



                            CRESCIMENTO ESPIRITUAL

Da infância espiritual até a medida da estatura completa de Cristo
C. J. Jacinto


A  vida cristã começa com o novo nascimento, Jesus Cristo falou sobre isso em João 3:3 a 6, é uma doutrina bíblica importante a crença de que ao arrepender-se e converter-se dos seus pecados, o pecador é regenerado e nasce de novo. Assim um novo convertido é uma criança no âmbito espiritual que precisa crescer, até tornar-se maduro. A doutrina da maturidade espiritual é a abordagem desse estudo. (Leia II Coríntios 5:17)
O autor aos Hebreus,  fala sobre o problema dos cristãos judeus que ainda eram imaturos, ele aborda esse assunto e explica que os judeus em que esta carta foi endereçada, deviam ser mestres devido ao tempo de fé, mas ainda precisavam de leite e não de alimento solido. O  leite espiritual é para meninos na fé e o alimento solido para os perfeitos, que tem os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o mal (Leia Hebreus 5:12 a 14)
Da mesma forma encontramos os Corintos como meros meninos carnais e não adultos espirituais, Paulo escreveu: “E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo”(I Coríntios 3:1) Todo o cristão precisa crescer, na graça e no conhecimento (II Pedro 3:18) na medida da estatura completa de Cristo (Efésios 4:13) Pedro escreveu: “Desejai afetuosamente, como meninos novamente nascidos, o leite racional, não falsificado, para que por ele vades crescendo”(I Pedro 2:1) A vida  normal de um cristão é crescer, e tornar-se maduro. A maturidade espiritual deve ser o alvo de todo o cristão. Infelizmente muitos não alcançam essa maturidade, ficam estagnados na vida espiritual, causando problemas e vivendo debaixo de uma vida espiritual imatura. Há vários sintomas de alguém que professou a fé cristã, mas mantém debaixo de uma natureza espiritual subdesenvolvida, é na descrição bíblica, um menino. A confissão de Paulo serve muito bem para esse assunto: “Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino”(I Coríntios 13:11)  Na vida cristã, devemos começar como meninos, essa é a ordem natural, mas devemos alcançar um estagio de vida espiritual mais elevada: a maturidade cristã, um nível de vida que nos permite ter discernimento espiritual, prudência, coerência, responsabilidade, humildade, paciência, conhecimento, graça, sabedoria  e o mais importante, ser parecido com Cristo (Romanos 8:29)

Diagnosticando casos de Imaturidade
 É um problema sério quando cristãos não crescem espiritualmente, a igreja de Corinto era uma igreja espiritualmente infantil, o resultado disso era a desordem, divisões, disputas e uma serie de confusão. Um cristão imaturo é um “homem de palha” ele pode ser enganado facilmente por falsos profetas e é levado por todo o vento de doutrina (Efesios 4:14).  O cristão maduro é firme, mas o cristão imaturo não tem equilíbrio espiritual. Não consegue discernir e acima de tudo, não tem condições de receber alimento solido.  Enquanto que um cristão que tem um nível elevado de maturidade consegue ouvir sermões com duras exortações, o imaturo não! Ele não pode suportar conhecimento espiritual mais profundo (Veja João 16:12)   Outro sinal é com relação ao conhecimento avançado das doutrinas cristãs, as escrituras ensinam que a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito (Provérbios 4:18) ou seja, o conhecimento bíblico e a pratica da vida cristã crescem até a maturidade, quanto mais luz, mais discernimento, e o discernimento espiritual vem através do estudo da Palavra de Deus (Salmos 119:105) precisamos entender e praticar as doutrinas fundamentais do evangelho, um conhecimento amplo e pratico das doutrinas bíblicas conduzirá o cristão para níveis cada vez mais alto de maturidade (leia Tiago 1:21)
Alguns sinais de imaturidade podem ser observados em passagens que tratam sobre esse assunto, Pedro primeiro ensina o que devemos deixar: A malicia, todo engano, fingimentos, invejas e todas as murmurações. E depois devemos desejar afetuosamente, o leite racional não falsificado, para que por ele vades crescendo (I Pedro 2:1 e 2) Note que Pedro fala sobre o leite racional não falsificado. Aqui está algo importante, as Escrituras e não a psicologia, doutrinas bíblicas e não mensagens de auto-estima, o leite racional não falsificado é a sã doutrina, o leite falsificado são as teorias e as idéias dos homens, heresias e tudo o ensino espiritual  que não tem o respaldo bíblico. Paulo enumera certos aspectos do leite falsificado em Colossenses 2:8 advertindo que não sejamos enganados por fabulas e vãs filosofias. A abordagem de Paulo aos coríntios é que eles eram imaturos porque andavam segundo os homens, havia entre eles invejas contendas e dissensões, estavam promovendo grupinhos dentro da congregação, e estavam divididos com relação ao centro das atenções na igreja, ao invés de Cristo, estavam inclinados a venerar homens.
Somos chamados a crescer no conhecimento de Deus (Colossenses 1:10) e só conheceremos Ele quando conhecermos as Escrituras que contém tudo o que precisamos saber sobre esse assunto.  Maturidade significa chegar próximo a medida da estatura completa de Cristo (Efésios 4:13) é prosseguir para o alvo (Filipenses 3:14) Assim andai para que possas progredir cada vez mais (I Tessalonicenses 4:1) Somos convocados a abandonar a imundície da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor do Senhor (II Coríntios 7:1) Como pois recebestes ao Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele”(Colossenses 2:6)
Passos Para Crescer Espiritualmente
1 - O cultivo de uma vida devocional é fundamental para o crescimento espiritual, estabeleça tempo para orar, estudar as Escrituras com muito cuidado e reverencia ler bons livros e ter comunhão permanente com Deus.
2 - Freqüentar uma igreja bíblica e ter comunhão com outros irmãos
3 - Deve prestar atenção nas mensagens e nos estudos bíblicos (Leia: Hebreus 2:1 a 3) e deve colocar em pratica tudo o que  aprende. (Leia: Tiago 1:22)
4 -  Manter uma comunhão permanente com pessoas piedosas e tementes a Deus
5 – Refletir sobre a brevidade da vida e manter sob controle as oportunidades de cada dia para saber aproveitá-las.
6 – Ter uma visão bíblica do pecado e manter-se vigilante com relação as tentações
7 – Confiar e meditar muito sobre a graça e a misericórdia de Deus
8 - Cultivar pensamentos sagrados em todos os momentos da vida
9 – Deve opor-se  contra espécie de  mundanismo
10 – fazer uma auto confrontação periódica usando os ensinos das Escrituras, para aperfeiçoar a vida espiritual nos pontos mais fracos
As principais passagens devem ser estudadas periodicamente, seus princípios espirituais devem ser memorizados e aplicados em profundidade na nossa vida, pois possuem exortações e orientações fundamentais que ajudam no crescimento espiritual.
Romanos 12, Mateus 5, 6 e 7,  Efésios 6:10 a 18,  Colossenses 1:9 a 14, Romanos 8, Colossenses 3:1 a 17,  I Tessalonicenses 5:12 a 24, Tito 2, I João 3,   II Pedro 1: 5 a 21, Hebreus 11 e Tiago 1: 21 a 17.

Com relação a vida cristã gostaria de dar uma ênfase especial sobre três aspectos indispensáveis na vida daqueles que desejam crescer espiritualmente
Primeiro: Deve ouvir e guardar a Palavra de Deus (II Timóteo 3:16 com Hebreus 2:1 a 4)
Segundo: Deve cumprir e praticar a Palavra de Deus (Tiago 1:22 com I João 2:3 e 4)
Terceiro : Deve meditar e estudar todos os dias, a Palavra de Deus (I Timóteo 4:16 e Salmo 1)
Alguns exemplos de maturidade e firmeza

José e sua vida de aflições e provações - Genesis 37 a 50
Os Três amigos de Daniel e a fidelidade - Daniel 3
Jó adora em meio a fogo cruzado das mais duras provações   Jó 1
A vida de Cristo nos quatro evangelhos

Alguns exemplos de imaturidade

Is membros da igreja de Corinto  - I Coríntios 3
Roboão, não ouviu o conselho dos anciãos  I Reis 12
Geazi foi atrás dos presentes de Naamã -  II Reis 5
Saul vendeu sua primogenitura por um prato de lentilhas- Genesis 25


PARTE II
Esse é um momento de auto-confrontação, a lista abaixo não é exaustiva, mas é suficiente para dar um diagnostico sobre a condição espiritual de um cristão.
40 SINAIS DE UM CRISTÃO MADURO
1-      Possui a requerida dignidade de porte
2-      Aceita boa sugestão dos outros
3-      Sua paciência é bem resistente
4-      Mantém domínio próprio quanto está sob tensão
5-      Procura sempre conselho competente
6-      Fala e age com muita segurança
7-      É plenamente responsável em suas tarefas
8-      Possui iniciativa própria competente
9-      Adapta-se as condições necessárias para o bem comum de todos
10-   Usa juízo calmo e tranqüilo no desempenho de suas atividades
11-   Tem a credibilidade de das pessoas mais sabias
12-   Tem senso de humor
13-   É conciso e claro na comunicação da verdade
14-   Sua  presença e ação cria uma aparência favorável
15-   Inspira e mantêm moral elevada em situações extremas e conflitantes
16-   É  consciente das situações complicadas e procura refletir sobre os problemas
17-   Possui lealdade na amizade e a sua liderança
18-   Não abre concessões sob pretexto de benefícios pessoais.
19-   É alerta quando as condições são precárias e perigosas
20-   Consegue manter sob controle o essencial de uma situação
21-   Tem opiniões lógicas e coerentes.
22-   É exigente consigo mesmo
23-   É prudente no modo de agir e falar, principalmente em situações  conflitantes
24-   Permanece calmo sob provocações
25-   É exato em relatar os fatos sobre qualquer situação
26-   Sabe tomar uma decisão precisa em situações emergentes
27-   Reconhece os erros de sua responsabilidade
28-   É lógico quando apresenta suas idéias
29-   É ciente dos limites de sua capacidade
30-   Inspira confiança quando narra acontecimento ou conhecimento
31-   Estuda as circunstancias antes de agir
32-   Aceita ordens coerentes, que correspondem ao caso envolvido.
33-   Envolve suas atividades com otimismo
34-   É persistente em terminar o que começou
35-   Possui a habilidade de traduzir conhecimento em ação
36-   Leva a cabo uma tarefa árdua, ainda que as condições sejam precárias
37-   Cultiva a auto-disciplina
38-     É exemplo em cooperar dentro dos limites de seus recursos
39-   Seus hábitos pessoais estão acima da censura
40-   É  referencia em ser um exemplo de humildade.

(Parte dessas características foram extraídas do livro: Colunas do Caráter de S. Julio Schvantes- CPB)
TRINTA SINAIS DE UMA PESSOA ESPIRITUALMENTE IMATURA
1-      Exige mais dos outros do que de si mesmo.
2-      É  rápido em achar falhas nos outros, mas omite-se  reconhecer as próprias.
3-      Sente-se ofendido por qualquer coisa.
4-      Age mais por sentimentos do que pela lógica.
5-      Culpa os outros de seus problemas ao invés de aprender com eles.
6-      Combate coisa erradas com métodos errados, tipo: tentar apagar fogo com fogo.
7-      Vive em mundo narcisista, tudo precisa ficar focado em seus próprios sentimentos.
8-      Não assume com responsabilidade e paixão as tarefas sob suas responsabilidades.
9-      Não assumem seus erros e não reconhecem quaisquer responsabilidades pessoais por problemas que envolvem a si mesmos.
10-   Tem seus impulsos descontrolados e a agressão é uma resposta imediata.
11-   Sem noção das conseqüências de seus atos
12-   Não tem idéia de como as palavras podem afetar as pessoas.
13-   Age de modo a provocar os outros com fins pessoais egoístas.
14-   Não se auto-promove promovendo a inferioridade alheia.
15-   Enverga a correção como ofensa.
16-   É intrometido com assuntos que não lhes pertence
17-   Tenta exaltar-se a si mesmo
18-   Quer causar impressão através de falsa sabedoria (tenta discutir sobre coisas que não sabe)
19-   É indiferente aos sentimentos alheios
20-   Desejo de ter o que não se pode ter.
21-   Enxerga o mundo de forma dualista, preto e branco, os que são favoráveis aos interesses pessoais  e os  que são contra.
22-   Nutrem uma covardia por trás de falsa bravura, querem rugir como leão, mas o coração esconde a alma de um gato.
23-   Tende a ser levado pela opinião dos outros e as toma como se fosse dele mesmo, sem tomar os devidos cuidados para saber se são ou não verdadeiras.
24-   É imediatista e não se interessa por benefícios a longo prazo
25-   Percebe as conseqüências tarde demais, por  não teve a capacidade de evitar os problemas causados por decisões erradas
26-   Define as coisas pelas aparências e não pelos valores.
27-   Sua felicidade depende das suas vantagens pessoais.
28-   As dificuldades são forças que distanciam de Deus ao invés de serem forças que levam para mais próximo de Deus.
29-   Deseja impressionar os outros sustentando uma falsa identidade.
30-   Orienta-se mais pelos sentimentos do que pela Palavra De Deus.
(Elaborado e organizado por C. J. Jacinto)



Feridas Emocionais


Paciencia


Avareza


Valor das Aflições


Cego Guiando Cego


Humildade


Renuncia e Prosperidade


segunda-feira, 25 de junho de 2018

A ARTE DE TRANSFORMAR AS AMARGURAS DA VIDA EM DOÇURA ESPIRITUAL


A ARTE DE TRANSFORMAR AS AMARGURAS DA VIDA EM DOÇURA ESPIRITUAL

“Porque grande amargura tem me dado o Senhor” (Rute 1:20)

Às Vezes precisamos clamar; “estive em grande amargura, tu porem amorosamente abraçaste a minha alma”(Isaias 38:17) Homens amados por Deus sofrem dores e amarguras. A  carne de Estevão rasgou-se perante Seus  algozes.  Homens piedosos como João Batista, padeceram a morte prematura de forma horrível.  Paulo ouviu do Senhor a realidade da fé cristã “Te mostrarei o quanto deves padecer pelo meu nome”(Atos 9:16). Já sofri bastante na vida, o choro e a dor é algo constante no ser humano, e o cristão não está fora dessa realidade. A historia do homem é uma historia de sofrimentos, o drama da redenção também é. A dor é um mistério, uma escola e uma bigorna, onde a alma piedosa recebe os golpes para tornar-se mais preparada para a eternidade. É a dor que nos torna humano, esse é um fato  que faz com que os seres criados fiquem subordinados a realidade do pecado.  A dor portanto, pode ser aliviada quando compartilhada. Quando levamos as cargas uns dos outros e quando choramos com os que choram, então seremos mais humanos e teremos mais forças para suportar nossos próprios lamentos. É na assistência ao sofrimento alheio que podemos oferecer um pouco de orvalho de consolação, para que as rosas do amor possam se sobressair acima dos espinhos que são permanentes. Viktor Frankl afirmou “O homem que se levanta acima de sua dor, para ajudar o seu semelhante, transcende ao humano”. Frankl foi testemunha dos horrores dos campos de extermínios dos nazistas durante a segunda guerra mundial. Frankl viu pessoas emergirem do mais intenso sofrimento, almas lapidadas pela dor violenta, transpondo os mais terríveis obstáculos e saindo de situações que pareciam impossíveis.  Tias mostraram ao mundo pós guerra que o heroísmo se alcança na resistência ao sofrimento através de um motivo que os leve a crer que a vida vale a pena.
 O sofrimento é um enigma, parece que existe para ser sentido e não explicado, os filósofos divergem acerca do entendimento sobre este assunto, os teólogos não conseguem colocar um ponto final sobre a questão. Sabemos que o ápice da questão da dor humana, se encontra no Calvário e mais precisamente se encontrou em Cristo. Nem mesmo o drama da redenção escapou das garras da dor. Creio definitivamente que não se pode ter uma margem de entendimento real fora da cruz, a encarnação de Cristo, o Deus que se fez homem, sua morte na cruz e sua posterior ressurreição é a luz mais intensa que brilha encima da obscuridade da dor humana. Cristo é despedaçado emocionalmente pela dor da cruz. Seu rosto se rasga fisicamente nela, mas desse desespero vem a redenção, o fim do sofrimento humano começa com o sofrimento do Filho de Deus. Na violência contra a bondade do Messias, na desumanização da vergonha da cruz, ali na agonia do Calvário, o tempo torna-se o cálice onde a amarga dor de Cristo produz a doçura do perdão que vem pela graça de Deus. Isso é um tanto escandaloso para a filosofia que perdura sorvendo o cálice do hedonismo, isso é uma afronta para uma religião que se sustenta dos méritos humanos, isso é um insulto para a lógica viciada no orgulho, é inexplicável aos intelectuais presos na mecânica de uma vida fechada dentro de um universo fatalista. A cruz brutal, violenta e profana, prende o Filho de Deus e consome a vitalidade do Cordeiro, e como a semente que na tumba da terra rasgada pelo arado, entrega as forças da germinação, para que da morte possa surgir a vida possante, como de uma pequena semente que reduzida num jazigo, recebendo o orvalho que é derramado do cálice da noite, faz eclodir um carvalho que cresce em vigor e avança como se quisesse encontrar-se com as estrelas. Assim, Cristo morre, para dar a sua vida em resgate de muitos. Na horrenda cruz, no Calvário tenebroso,  morreu o Filho de Deus, e quando encerra as comportas do sofrimento, em gemidos e num brado “está consumado!” abre os portais da mais bela primavera espiritual, aquela em que desabrocham todas as flores da misericórdia divina. Por isso, da dor humana Cristo dá aos homens a salvação divina. Esse é o caminho transcendental da dor. E na eternidade, os redimidos entenderão o papel do sofrimento na sua totalidade. Um certo teólogo certa vez escreveu “Seja que preço for, é preciso que Deus fique satisfeito” essa é a alma do sacrifício de Cristo na cruz.  Porque a justiça divina ficou satisfeita com a obra vicária de Cristo na cruz. 
Pela cruz, na intensa amargura, Cristo nos dá a doçura da graça divina, e por ela vem o perdão dos nossos pecados. Aqui está o poder de Deus em ação, pela bendita misericórdia, Deus toma o sofrimento vicário de Seu Filho, e então aceita como substituição. O Santo morrendo pelos pecadores. Isso é radical, Deus em Cristo reconciliando homens pecadores, e a benção da salvação vem através das dores mais intensas que Cristo teve que suportar por nós na cruz. Mas ainda nos deparamos com ações de homens que por Cristo suportam a dor e pelo evangelho resistem com paciência ás aflições que muitas das vezes assolam o coração humano. Com Cristo, aprendemos a transcender a dor e fazer com que brote o mel da esperança ao invés das lagrimas da rebelião contra nós mesmos e contra Deus.  Ficar no caminho da sensatez, na hora em que as aflições nos remetem o desespero é um modo simples de viver em sabedoria, quando as circunstancias nos convida a vivermos a loucura, mas a insensatez não convém aos santos. Acho que foi Corrie Teen Boom quem disse: “olhe ao seu redor e verás as aflições, olhe para dentro de si e  ficarás deprimido, olhe para Cristo e encontras descanso”. Temos um refugio, Cristo está conosco no caminho da aflição. Há uma fonte de consolo em Jesus Cristo o Senhor, mesmo nas dificuldades mais intensas, quando os espinhos das aflições perfuram a nossa alma, encontramos no Senhor uma plenitude de descanso, pois Ele é nosso refugio.
As vezes encontramos as flores desabrochando nos lugares mais extremos como no cume dos montes, outras vezes encontramos os lírios desabrochando nos pântanos. Muitas vezes, quando feridas, as flores não choram, mas liberam perfumes. Tal é a nossa posição em Cristo, como a cruz, na dor violenta, foi liberado o refrigério da reconciliação, a condenação de Cristo nos deu a justificação. Isso foi possível porque a dor de Cristo é a causa de todas as nossas bênçãos, pelas suas pisaduras fomos sarados, pela sua morte nos deu a vida, pelo seu desespero a nossa redenção foi consumada, do sofrimento do Senhor, brotou a doçura da regeneração, de um juízo tão amargo, Cristo nos dá a paz.  Noemi passou por esse dilema da dor, perdeu seu amado esposo, seus filhos, volta para seu povo carregando um fardo de amarguras, e ela desabafa “Grande amargura tem me dado o Todo Poderoso”, mas por trás daquele cenário de noite escura, despontava o sol da justiça. A estrada de lagrimas de Noemi era a estrada da redenção. Na sua noite, as farpas dilaceravam o coração, todavia o alvorecer trazia a redenção. Diz certo hino que “os mais belos hinos e poesias foram escritos em tribulação”. Deus permite que a terra da alma seja arada pelas laminas do sofrimento, para produzir os mais sublimes testemunhos de Sua misericórdia. Muitas vezes tudo parece desaba a  nossa volta. A dor chega como uma espada afiada. Mas o sofrimento é uma janela pelo qual enxergamos a essência do mundo sem Deus. E quem resiste ao sofrimento por amor a Deus sai transformado para compreender realidades ainda maiores. Cristo ensinou “No mundo tereis aflições” (João 16:33). Mas a semente da fé deve ser jogada nos sulcos abertos pela dor, elas devem ser regadas constantemente por nossas orações.  Na dor que suportamos e na dor que devemos ajudar outros suportarem, colocaremos a humanidade mais perto de Cristo, assim como Ele esteve mais perto dos homens quando se tornou um homem de dores. Disse o sábio Salomão que para a alma faminta o amargo é doce, isso se dá pela compreensão da providencia divina. Em meio as turbulências da vida, Jó adorou e Paulo e Silas cantaram. Há um caminho mais elevado, o caminho da confiança em Deus, e ainda que a noite se prolongue sobre nossa vida, ainda que tudo pareça tão escuro a nossa volta, a aurora da consumação de todas as coisas resplandecerá. O fulgor da glória de Deus iluminará a nossa face, PIS se com Ele padecemos, com Ele também reinaremos.
Homens de pequena fé temem a tempestade (Mateus 8:26) todavia o Senhor diz “Tem bom animo”(Mateus 9:2 e 22).  A questão da dor pode ser complexa, o sofrimento pode ser um mistério de difícil compreensão quando ela está relacionada com a fé cristã. Os teólogos têm lutado intelectualmente para tentar provar que existe compatibilidade entre o sofrimento e a bondade de Deus. Acho que é pela doutrina da cruz que entendemos a mensagem do sofrimento. Quando Deus quis dar uma resposta a dor humana, ela envia seu Filho para morrer por nós.  A redenção e a justiça de Deus são fatos conectados ao sacrifício vicário da cruz de Cristo. Quando nosso coração está mais intimo de Cristo e quando compreendemos mais profundamente a mensagem da cruz e a obra da cruz, mais teremos forças para suportamos as tempestades da vida. Não há como encarar a dor do homem com uma teologia coerente sem estudar e entender a profundidade da obra da cruz. Nossa sociedade e a igreja contemporânea estão alheia ao entendimento da dor porque ela também está alheia ao entendimento da doutrina da cruz de Cristo. A mensagem da cruz é o começo para o longo trajeto da compreensão da fé cristã e as aflições que acompanham os seguidores de Cristo até a consumação de todas as coisas.  Quanto mais um homem ama os prazeres da vida mais sofre, quanto mais ama a Cristo mais suporta o sofrimento.  A pequena fé traz temor as coisas passageiras e nos torna indiferente a felicidade eterna, uma grande fé nos capacita a confrontar as dores do mundo presente por convicções de que há em Cristo, um mundo vindouro melhor. É através dessa visão madura da fé cristã, que as dores e as aflições lapidam a glória do salvo, isso é transformar a amargura presente em doçuras celestiais. Há para o homem piedoso um manancial de consolações em Cristo, assim como um tesouro de lições espirituais na encarnação do Verbo e nas dores que suportou, quando ali na cruz padeceu as dores mais extremas, suportou a mais infame de todas as vergonhas, ali mesmo Cristo nos deu também o real valor das aflições, porque através delas, veio a realidade da expiação vicaria. Quanto mais estudamos a mensagem da cruz, maus aceitaremos as aflições da vida, como uma lição que nos torna mais espirituais. Amem  (Clavio J. Jacinto)

Experiencias Misticas


Homem Sabio


Sobre Pregação


Salvação por Obras?


Hipocrisia


Temor


Mentira


Ilusão


Galardão


CONSELHOS PARA VENCER A DEPRESSÃO


CONSELHOS PARA VENCER A DEPRESSÃO

A depressão é um problema que afeta muita gente hoje em dia. Chamada de “doença da alma” costumo também identificá-la como “Enfermidade dos sentimentos”. Foi o patriarca Jó que fez um diagnostico muito simples e verdadeiro sobre esse problema, pois ele fala sobre “amargura da alma”(Jó 10:1) e amargura do coração (Jó 21:25) Davi também citou o vale da sombra da morte, um lugar de tristezas e inquietações, sabemos que é assim, porque logo após sua declaração ele conclui que a vara e o cajado do bom Pastor consola ele (Salmos 23:4). Eu gostaria de compartilhar com você alguns conselhos sobre esse o problema, e espera que ajude a superar a sua dor emocional, ou pelo menos lhe dê a capacidade de ajudar outros que sofrem com a depressão.  Primeiro desejo dar uma peq uena ênfase sobre as lagrimas. Chorar é algo bom, faz parte da vida, e serve como terapia natural para amenizar os sentimentos que muitas vezes ficam aprisionados dentro do coração. Chore suas dores, recolha em seguida suas lagrimas, e regue o jardim da esperança.  Em seguida posso prosseguir nos conselhos.  As aflições são um grande desafio para a humanidade. Todos sofrem, em maior ou em menor grau. Mas a dor emocional gera um problema maior, porque ela não pode ser diagnosticada de forma comum. Há outro problema ligado a depressão, seu modo de remedia-lo. Uma vez que a doença é da alma, aplica-se remédio a ela, anestesiar os sentimentos é um processo complicado, inclusive com conseqüências terríveis, quando o depressivo fica dependente de medicamentos. O melhor caminho seria a ajuda espiritual, já que dentro de uma perspectiva bíblica, podemos entender a depressão como uma doença de âmbito espiritual, por ser afetada a alma e não o corpo (I Tessalonicenses 5:23). A verdade é que nunca devemos nos prostrar diante das batalhas da vida, devemos prosseguir lutando, até que a dor fique prostrada diante de nossa paciência. Isso é correto, porque em parte, a dor e as aflições fazem parte da vida nesse estagio de existência. Aqui, estaremos sempre lidando com esses problemas, e as vezes precisamos entrar no caminho do desespero, mesmo contra nossa vontade.  Mas devemos entender que nunca devemos desistir de esperar contra toda a esperança, porque essa sempre foi a condição necessária para forjar os grandes heróis da vida. A história de muitos heróis, é escrita em grande parte com as lagrimas que foram  vertidas em suas lutas. A honra é uma medalha que  pertence aqueles que superam suas dores e aflições , através de uma confiança paciente na providencia divina.
O  que fazer quando a dor da alma chega?
O fardo das amarguras não pode ficar atado ao coração, de outra forma, a nossa alma afunda no abismo do desespero. O chamado de Cristo é “Vinde a mim os sobrecarregados” (Mateus 11:28) quando as aflições nos alcançam, devemos imediatamente alcançar a presença de Deus, pois somente Ele tem o consolo eterno para curar as nossas feridas interiores e verdadeiro consolo para as nossas dores passageiras. Além disso, é colocando nossa esperança em Cristo, é tendo a Cristo como Senhor e Salvador, como nosso maior tesouro, que estaremos  recebendo consolo divino.  Nosso coração não deve estar posto sobre nossas feridas, deve estar posto sobre o nosso tesouro: Deus.  A dor da alma nunca pode obstruir o poder da graça de Deus. Sofrer com Cristo é viver o evangelho, Cristo sofrendo conosco é a plenitude da consolação.  Segue o conselho, devemos nos aproximar mais de Deus, devemos buscar mais a presença de Cristo. Quanto mais olhamos para as nossas feridas do coração, mais dores encontraremos nelas, quanto mais olhamos para as feridas de Cristo na cruz, mais encontraremos cura para as nossas feridas interiores. Observemos com paciência: as mais furiosas ondas do mar nunca alcançam as montanhas, as ondas não podem remover as montanhas, assim as aflições nunca podem remover a doce esperança daqueles que crêem em Cristo. E é pela superação das aflições que permaneceremos mais fortes, pois Cristo passou por grandes angustias, mas elas foram um pedestal onde Cristo, nosso Salvador, alicerçou os grandes ideais da redenção.  Aqui está um bom conselho,  enfrente suas dores ao lado de Cristo, porque Ele nos dará as forças necessárias para superarmos as aflições da alma

O caminho bendito do perdão.

O caminho da cura pode ser simples, pela fé levamos nosso coração ferido até o trono da graça, pela fé aceitamos o perdão de Cristo,  e por santa atitude começamos a perdoar a todos os homens á nossa volta, por meio disso virá a cura para muitos de nossos males sentimentais e emocionais. Parte do problema das angustias que tornam-se em complexas feridas na alma são conseqüências de falta de perdão. Não é o caso de todos, mas a maioria dos problemas de depressão podem ser diagnosticadas a partir dessa perspectiva. Creio piamente que a fonte da felicidade eterna é Deus. A cura da alma vem através de uma entrega incondicional a Deus, a felicidade se experimenta em aceita-lo como nosso tudo. Mas, todavia, a entrega ao Senhor vem por meio do perdão. Perdoar é o ato mais elevado do amor de Deus, e perdoar nosso semelhante é o ato mais libertador para o ser humano. Assim, entendemos que a dor no coração de um homem sábio é uma lâmpada acesa que ilumina a misericórdia de Deus. Assim como o perdão de Deus é maior do que as nossas ofensas, e a misericórdia de Deus é maior do que as nossas falhas, assim também as promessas de Deus são maiores do que nossos temores, e o remédio de Deus mais poderoso do que as feridas abertas pelos pecados.  Eu aconselho, perdoe sempre, assim como nosso Pai celestial perdoa nossas ofensas, devemos perdoar sempre aqueles que nos ofendem e nos maltratam.

Olhando para os Benefícios do Senhor.
Você não deve se render as feridas, nem deve centralizar a dor na sua vida. O centro da sua vida deve ser Cristo (Efésios 1:10) Em seguida, há de contar os benefícios do Senhor, pois solitária que seja a noite, há estrelas que acompanham na caminhada, por mais escura que seja a noite, as estrelas não brilham diante de nossos olhos? Olhe para as estrelas e não para a escuridão, e seu coração contemplará as maravilhas de Deus ao invés de ficar desconsolado com a noite escura. Na verdade, sabemos que a vida é feita de alegrias e aflições, foi Jesus mesmo quem disse que no mundo teríamos aflições (João 16:33) mas todavia, se contarmos todos os benefícios do Senhor, não sobrará muito tempo para contar as nossas lamentações. Assim, olhando para a graça divina, olhando para a grande misericórdia de Deus, para suas bênçãos e para a vida eterna, quando olhamos para  Cristo e para a redenção, encontraremos razão de sobra para viver momentos de alegria. Olhai para os lírios do campo, disse Jesus. Quantas maravilhas na natureza, quantas promessas no evangelho, quantas providencias para a vida eterna. Quando olhamos para as aflições e por sabedoria olhamos também para os benefícios do Senhor, encontramos meios de consolo, bálsamos para nossas feridas interiores. O homem para ser sábio e crescer em sabedoria, precisa também aprender através das dores e das aflições. A graça divina e a infinita misericórdia de Deus são fontes de perpétuos consolos. O fogo intrépido da dor pode ser apagado, quando contamos todos os benefícios e todas as maravilhas de Deus. A pequena flor que desabrocha no nosso caminho será sempre uma mensagem favorável ao nosso coração. Orar, cantar, ler as Escrituras e ter comunhão com pessoas santas, nos ajudam a superar os momentos de sofrimentos. Nenhuma escuridão espiritual pode prevalecer no coração que recebe a luz do evangelho da graça de Deus. Na cruz, o Senhor morreu por nós, e assim Ele convida “Vinde a mim todos os cansados e sobrecarregados”
Não escolha o Suicídio

Por ultimo, gostaria de falar sobre algo extremamente importante: o suicídio.  Tal ato é uma infâmia contra a vida. A vida é preciosa e não pode ser escoada pela obscuridade do desespero. Se você não tem a luz da esperança, o suicídio então  é uma maneira de jogar a sua alma num abismo de incertezas. Se uma gota de dor faz do seu coração um rio caudaloso de sofrimento, saiba que o suicídio causa na família um oceano tempestuoso de sofrimentos. Nunca opte pelo suicídio porque tentar abortar a vida de si mesmo, para se livrar da própria dor, você acaba dando aos amigos e familiares, a multiplicação de seus próprios sofrimentos. Na hora do sofrimento intenso, vá aos campos e conte a flores que desabrocharam para você e a noite conte as estrelas. E para cada estrela e para cada flor, liberte o coração para agradecer a Deus por cada uma delas.

JÓ NÃO OPTOU PELO SUICIDIO

Eu preciso ler o livro de Jó periodicamente, a história desse patriarca revela as profundezas da amargura de um homem, é o limite só superado pelo Calvário. Jó ultrapassou todas as fronteiras da amargura, bebeu todos os cálices das aflições, foi ferido no mais profundo do seu ser, ele desceu a casa dos vermes, e fez a sua habitação no mais desprezível monturo. Ele mesmo declarou ter fartura de amarguras (Jó 9:18) ele reclama sentido o aço frio da dor aguda no seu coração “Os dias da aflição se apoderaram de mim”(Jó 30:16) muitos testificaram dele: “Sua dor era muito grande” (Jó 2:13) A provação de Jó era o ápice da dor, o cume do sofrimento, o vale da amargura o abismo do desespero. Eu ainda ouço o grito, o lamento e todos os gemidos de Jó, quando leio a sua história. Ele navegou muito tempo pelo mar das lagrimas mas não naufraga nas profundezas do desespero. Pelo contrario, ele grita “Prova-me e sairei como o ouro”(Jó 23:10). Agora, deixe me dizer algo, mesmo convivendo lado a lado com a mais assombrosa amargura, mesmo beijando os lábios do mais intenso tormento, mesmo convivendo face a face com a mais terrível dor, Jó não procura o caminho do suicídio. Essa não é a sua alternativa, na sua cosmovisão não há espaço para ela. Ele pode ter sido tentado a isso, a esquecer Deus e render-se a morte, mas ele não permite tal coisa. Ele trilha a senda de espinhos que perfura toda a sua alma, mas a esperança nunca vazou pelas feridas abertas pelas tribulações que teve que suportar. É isso! Muitos precisam ouvir isso. Diante da mais intensa escuridão que queria se apossar da sua alma e obscurecer seu pobre coração, ele grita, no oceano acido de todas as dores mais profundas, as suas palavras ecoaram até os confins da plenitude dos tempos (Gálatas 4:4) “eu sei que o meu redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra”(Jó 19:25). Jó espera em Deus, corre para os braços da graça, experimenta a agridoce espiritualidade de esperança intensa com amargura profunda, e deixa um legado: Sobrevivente de todas as tribulações. O livro de Jó é mais que poesia, é a luz consoladora que aponta o caminho do mais nobre heroísmo, a fervorosa convicção de uma devoção a Deus em meio as turbulências da vida, fazem o duro aço das aflições se derreterem, e do arado que rasga a alma humana, o Senhor semeia as mais lindas flores que adornam a entrada do Paraíso. (Clavio J. Jacinto)

A Bíblia e o Projeto Genoma



         Em Daniel 12:4, lemos que Deus falou: “E tu, Daniel, encerra  estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará”.   Muitos têm, realmente, corrido de uma parte para outra, neste planeta, como jamais aconteceu antes do século XX. E como se não bastassem os aviões supersônicos, apareceram o Fax e o computador, que transportam as palavras geradas pelo pensamento humano a todos os recantos da terra, em fração de minuto. Deus também disse, em Gênesis 3:22: “Eis que o homem é como um de nós, sabendo o bem e o mal..”  Em Jó 5:12, lemos: “Ele aniquila as imaginações dos astutos, para que as suas mãos não possam levar coisa alguma a efeito”.  Provérbios 23:7, diz: “Porque, como imagina no seu coração, assim é ele”  (o homem). Deus disse, logo após a queda do homem, que esse ser criado à sua imagem e semelhança e agora transformado segundo a imagem de Satanás, iria causar ao Criador muitos problemas e por isso, em Gênesis 3:15, anuncia o nascimento virginal do Senhor Jesus Cristo. Quem crê em Jesus e O aceita como Salvador, recupera a imagem perdida no paraíso e se transforma em filho de Deus.
         Em Romanos 1:20,  Paulo diz: “Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis”.  Os Salmos 14:1 e 53:1, dizem: “ Disse o néscio no seu coração: Não há Deus...”
            Muitos cristãos têm se voltado para a obra da criação  como prova do desenho do Desenhista maior, isto é, do Criador. O ateu insiste em que a ciência resolverá todos os problemas da humanidade, acabando, desse modo, com a necessidade da existência  de um Deus para explicar tudo que existe. Contudo, isso é pura ilusão, pois sempre que a ciência descobre algo importante, mais dez incógnitas maiores se apresentam diante dos cientistas e, desse modo, eles jamais poderão se igualar ao Criador. E mais irresistível se torna a evidência de um Deus Perfeito e Onisciente, que habita nos céus. Cada porta aberta pela ciência  revela a existência de pelo menos dez portas ainda fechadas. Em Deuteronômio 29:29a o Senhor declara: “As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus”... Mesmo com o conhecimento sobre o universo se expandindo assombrosamente, o desconhecido se expande mais ainda e o homem se torna uma figura perdida dentro de um corredor de espelhos. As descobertas científicas revelam, cada dia mais, a existência de uma Sabedoria que ultrapassa todo o conhecimento humano, deixando os cientistas em estado de perplexidade.
         Em parte alguma a existência de Deus é mais forte do que nas formas de vida, especialmente desde a descoberta do microscópio eletrônico e da invenção dos computadores. Investigando o nível molecular da vida, descobrimos que o seu intrincado desenho e engenhosa função estão muito além da imaginação humana. Refletindo esse fato, Davi já dizia, 3.000 anos antes: “ Eu te louvarei porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem”. (Salmos 139:14). Quando observamos a função de um micróbio ou inseto, sem levar em conta o corpo humano, somos forçados a admitir que Davi tinha razão. Nada é produto da evolução e todos os seres vivos só podem mesmo ter sido criados.
Até mesmo um defensor ardoroso da evolução, como Richard Dawkins, confessa que as coisas “dão a impressão de ter sido designadas para um propósito específico”  (The Blind Watchmaker, Richard Dawkins, Longman, England, 1986, p. 1). Dawkins até mesmo admite que o núcleo de cada célula (a menor unidade viva, da qual existem trilhões no corpo humano) “possui dados básicos digitalmente codificados, superiores em conteúdo informativo a todos aqueles contidos nos 30 volumes da Enciclopédia Britânica reunidos” (Ibid, p. 18). Por outro lado, a maravilhosa operação matemática de obter milhões de letras alinhadas em ordem correta está fora de toda possibilidade humana.
         Para que haja vida, algo mais extraordinário está envolvido do que o alinhamento, por acaso, de bilhões de moléculas químicas na ordem correta. Dawkins se refere a dados básicos digitalmente codificados. Esta terminologia é recente e jamais foi imaginada por Charles Darwin.  Não apenas as moléculas do DNA devem ser colocadas juntas de maneira correta, como precisam, como as letras, expressar informações  numa linguagem correta, dando instruções que devem ser seguidas.
         Cada pessoa, no momento da concepção, começa a existir como uma simples célula. Como essa célula sabe o que fazer para construir um corpo composto de trilhões de células individuais de diferentes espécies e diferentes funções? Toda criança em idade escolar pode responder: impressas naquela célula original estão as instruções  para a construção e operação do corpo humano, as quais precisam ser seguidas corretamente. O DNA estampa esse “blueprint” em cada célula produzida. E de maneira admirável, cada célula sabe qual a parte dessas direções que ela deve seguir. As crianças também sabem que o DNA tem uma incrível capacidade de armazenar informações.  As informações contidas no DNA do tamanho da cabeça de um alfinete  encheriam uma pilha de livros 500 vezes mais alta do que a distância da Terra até a Lua. Levaria milhares de “desktops”  de computador par armazenar e processar essa quantidade de dados. O computador mais rápido do mundo já está concluído. Ele é chamado “Bluegene” e realizará um quatrilião (o número 1 seguido de 15 zeros)  de cálculos por segundo. Foi construído para mapear os 3 bilhões de letras químicas do Genoma humano, que eqüivalem a 100 mil páginas corridas de sentenças  com instruções   operacionais para formar  um ser humano. Será que tudo isso foi posto ao acaso?
         A primeira tarefa do “Bluegene” será descobrir como o corpo fabrica uma simples molécula de proteína. Para resolver esse problema ele terá de trabalhar 24 horas por dia, sete dias por semana, durante um ano inteiro.  Contudo, o corpo, seguindo as impressões contidas no DNA, cria essa proteína numa fração de segundo. Será que essas instruções que o computador levará um ano para entender poderiam chegar através do acaso?  E tudo isso apenas para uma simples molécula de proteína. “A probabilidade  da ordem exigida para uma simples molécula de proteína básica crescer puramente ao acaso é estimada em o número 1 seguido de 43 zeros.  E visto como milhares de complexas moléculas de proteína são necessárias para a construção de uma simples célula, a probabilidade vai além de toda possibilidade” (“In Six Days”, Jerry R. Bergman, John Aschton – New Holland Publ., 1999, p.29). 
O DNA fabrica muitas espécies diferentes de enzimas (feitas de proteínas), a fim de decodificar/traduzir a informação genética codificada dentro do DNA – e  as enzimas são independentemente codificadas para fazê-lo. Então não seria bom para a Evolução (mesmo se fosse possível) imprimir informações genéticas no DNA e ao mesmo tempo ter de, independentemente,  codificar as enzimas, para traduzi-las. Com o DNA e as enzimas para decodificar, ele não poderia “evoluir” por um determinado período de tempo. Tudo deve estar em perfeita ordem de funcionamento, desde o princípio. Isso mostra que a nível molecular, a  Evolução não passa de uma piada de mau gosto.   
Anos atrás  a questão em voga era: “O que veio primeiro, a galinha ou o ovo?” Agora ela mudou para: “O que veio primeiro, a proteína ou o DNA?” É preciso que haja proteína para se construir o DNA, mas é preciso haver o DNA para se construir a proteína. Isso deixa claro que ambos foram criados ao mesmo tempo. E que nada pode ter evoluído.
Dez anos de pesquisa foram gastos no Projeto Genoma Humano, a fim de montar o quadro completo de informações do código genético humano – o genoma. Ao contrário do que os cientistas supunham, os genes são apenas um pálido esboço de como um ser vivo é fabricado. Esses genes contêm as proteínas, porém não contêm as instruções de como deve ser organizado o resultado final para a construção de um ser humano normal e saudável. O número de genes humanos chega a 30 mil, para uma cifra de, no mínimo, 10 vezes mais proteínas a ser fabricadas, isto é, 300 mil proteínas diferentes, número que pode chegar a um milhão. Considerando que a mosca tem 13 mil genes e um verme nematódio tem 19 mil, está bem claro que o ser humano ficou bastante desacreditado em matéria de genoma. O gene é uma parte ínfima do processo que envolve milhares de substâncias e reações orgânicas. O “busillis” é combiná-los adequadamente, a fim de se tranformarem numa usina bioquímica geradora de proteínas.
Pelo visto, ainda serão necessários pelo menos 30 anos de estudos científicos para que se chegue a entender o funcionamento desse complexo programa da cosntrução da vida humana.  Não existe o propalado determinismo genético da parte dos cientistas. Ao mesmo tempo em que o Projeto Genoma decifrou algumas questões importantes, levantou outras mais enigmáticas, na proporção de dez contra um. Pelo visto, os genes não produzem serem idênticos, assim como também não podem justificar as diferenças raciais.
A lição aprendida com o DNA aponta para muito além da impossibilidade estatística de tudo acontecer de um modo simultâneo, através de puro acaso, durante um longo tempo. Os três milhões de letras químicas expressam informações numa linguagem que deve ser lida, a fim de se tornar utilizável. A linguagem envolve necessariamente idéias contidas dentro de regras gramaticais, as quais somente podem ser criadas e expressas através da inteligência. Isso nos leva para muito além das estatísticas e trata de assuntos de outra esfera, envolvendo itens que não podem ser compreendidos pelos tecidos.
A linguagem expressa pensamentos e os pensamentso não são físicos. Eles podem ser articulados de forma física, através de palavras ou sentenças, numa página, ou em letras químicas codificadas do DNA. Contudo, já que, obviamente, esses pensamentos são transportados através da linguagem, eles são independentes da matéria através da qual são expressos. Uma sentença pode ser escrita em papel, madeira, areia, chip de computador, fita, porém nada disso se origina na própria mensagem. Deve haver, sem dúviuda, uma fonte inteligente  não física, independente dos meios físicos da armazenação ou comunicação. Por isso a Bíblia diz que foi Deus quem codificou o DNA, visto como Deus é Espírito (João 4:24). O fato de que a vida é criada e que as funções através da linguagem se originam numa fonte inteligente não física dá um golpe mortal na evolução.
Somos levados pela ciência  e pela lógica a admitir que a vida, em qualquer forma, somente pode ter sua fonte em Deus, um Ser Superior, independente do universo material. Que não pode haver mais de uma fonte, fica provado pela uniformidade e universalidade da linguagem. Estes fatos irrefutáveis anulam, não apenas o ateísmo, mas também o panteísmo e o politeísmo, os maiores engodos do paganismo.
O DNA sem dúvida não pode entender as informações codificadas dentro dele. Elas dependem de um mecanismo construído e programado pelo Originador da linguagem  codificada para seguir automaticamente suas instruções. E o mais complexo mecanismo construído pelo DNA é o cérebro humano. Este é mais avançado do que qualquer computador jamais construído pelo homem, pois contém 100 bilhões de células nervosas conectadas entre si por 240 milhas de fibras nervosas, que envolvem 100 trilhões de conexões.
Contudo, apesar de toda a sua complexidade, o cérebro não origina nem entende o que faz mais do que o DNA. O cérebro não cria pensamentos. Se  o fizesse, teríamos de realizar tudo  o que ele decidisse. Pelo contrário, nós (a pessoa real dentro de nós) pensamos e decidimos, enquanto o cérebro simplesmente apanha esses pensamentos e os traduz em ações físicas, através da conexão entre o espírito e o corpo, que a consciência não pode medir.
Wilder Pennfield, um dos cirurgiões mais importantes do mundo, descreve o cérebro como um computador programado por algo mais independente de si mesmo – a mente. A ciência não pode fugir ao fato de que o próprio homem (como o seu Criador) é obviametne um ser imaterial, a fim de poder originar os pensamentos processados pelo cérebro. Contudo, o homem não origina o própriopensamento. Ele não criou a si mesmo e nem deu a si mesmo a capacidade de pensar. A Bíblia diz que o Deus que é Espírito criou o homem “à sua imagem” (Gênesis 1:27) e que esse homem é “alma vivente” (Gênesis 2:7) e que ele é um ser não apenas físico, mas é feito conforme  o seu Criador, capaz de pensar e tomar decisões. Essa capacidade o torna moralmente responsável diante de Deus. Escapar dessa responsabilidade é o objetivo maior dos ateus.
A ciência não apenas tem falhado em fazer o mesmo que Deus fez, pois segundo os últimos dados dos computadores  e o exame da vida a nível molecular, confirma o que a Bíblia sempre tem dito. Os cristãos tentaram entender durante séculos o significado de Hebreus 4:12: “Porque a palavra de Deus  é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração”.  Agora entendemos que a linguagem por Deus codificada no DNA, no ato da criação, faz exatamente  isso. Contudo, Deus se comunica com o homem através do seu espírito numa linguagem mais elevada que é “discernir os pensamentos e intenções do corações”. A Bíblia diz ainda: “para sempre, ó Senhor, a tua palavra permanece no céu” (Salmo 119:89). Muito antes de existir a moderna ciência, Deus já havia dito, no Salmo 19:1-4; “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz. A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo...”
Torna-se cada vez mais excitante e interessante glorificarmos a Deus por permitir que a Escritura  exponha o papel especial que a linguagem desempenha em toda a criação. Em Gênesis 1 lemos que Deus disse: “Haja luz” etc.,  e através de sua palavra tudo foi criado. O Novo Testamento nos diz:  “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus”  (João 1:1-2). Lemos em Hebreus 11:3: “ ...que os mundos pela palavra de Deus foram criados” .  Em 2 Pedro 2:7:  “Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro...”  Jesus diz em João 12:48: “... A  palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último dia”. A maior causa da decadência da humanidade é a rejeição à santa, pura e infalível Palavra de Deus.
A capacidade do homem de estudar e entender a linguagem do DNA prova que ele é um ser não físico, semelhante ao Originador do DNA, sendo, assim, capaz de ter um relacionamento espiritual com o seu Criador, o qual é diferente deste em qualquer parte do corpo humano. Sua habilidade de formar idéias conceituais e expressá-las em palavras  permite que o homem receba comunicação do seu Criador (o que não acontece com os animais), possa entendê-Lo e obedecer-Lhe a vontade. E quando não Lhe obedece, logo é advertido pela consciência. A Bíblia diz que crer em Deus e obedecer essa comunicação é essencialmente importante para a vida espiritual. Há 3 mil anos Moisés declarou: “...O homem  não viverá só de pão, mas de tudo o que sai da boca do Senhor viverá o homem”(Deuteronômio 8:3).
A partir da rebelião de Adão, os homens são, por natureza, “mortos em ofensas e pecados” (Efésios 2:1) e precisam nascer de novo para receber a vida espiritual através da Palavra escrita pelo Espírito Santo, a fim de poderem se tornar membros da família de Deus (João 1:12). “O que é nascido da carne é carne” (João 3:6) e todos homens precisam ser “de novo gerados, não de semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus, viva, e que permance para sempre... A palavra de Deus permanece para sempre”  (1 Pedro 1:23,25).
Como por um milagre, os filhos que antes tinham por pai o Diabo (João 8:44),  podem se tornar filhos de Deus, pela fé em Cristo Jesus (João 1:12 e Gálatas 3:26). E só então poderão adorá-lo em espírito e em verdade (João 4:24).
Fica patente o grande erro que se comete ao considerar as coisas físicas, como o batismo e a comunhão da hóstia, como fonte de vida espiritual.  É verdade que Jesus disse: “Na verdade, na verdade vos digo que , se não comerdes a carne do Filho do homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis vida em vós mesmos” (João 6:53) . Contudo, esse “comer” e “beber” significam simplesmente o mesmo que Ele disse nos versos 35-40. Devemos ler o que ele explicou aos que não o entenderam: ”O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e são vida”. 
A existência do homem como um ser físico jamais termina com a morte do seu corpo material. Para os cristãos a morte é apenas  uma separação temporária, tanto da alma como do espírito. “Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor” (2 Coríntios 5:8). Essa separação terminará quando estivermos habitando com o Senhor. Paulo explica a necessidade da libertação do corpo perecível com estas palavras: “E agora digo isto, irmãos: que a carne eo sangue não podem herdar o reino de Deus, nem a  corrupção herdar a incorrupção. Eis que vos digo um mistério: na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados; num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão icorruptíveis e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da ioncorruptibilidade, e isto que é mortal se revista da imortalidade” (1 Coríntios 15:50-53). “Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tronará a trazer com ele. Dizemo-vos pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com essa palavras” (2 Tessalonicenses 4:13-18). Isso não é fantástico? Sim, porém não mais do que o ato da criação.
Conforme diz a Bíblia, em Apocalipse 19:11-16, o Nome pelo qual se chama o Fiel e Verdadeiro é a Palavra de Deus!

Mary Schultze – Linbach Oberfrohna, março 2001.
Tradução e adaptação da “The Berean Call Letter”,
janeiro 2001, Dave Hunt.

Esse artigo foi publicado no antigo site do CPR 

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