segunda-feira, 14 de novembro de 2016

A Vida Cristã e a Tranformação Interior


O homem possui  um espirito, que é chamado de homem interior. Vimos isso claramente quando lemos passagens como Hebreus 4:12, Efésios 3:16, II Corintios 4:16, I Tessalonicenses 5;23, Romanos 7:22 e 23 etc. O homem interior, ou o espirito, é o lugar mais profundo do homem, lugar onde Cristo vem habitar. Somos chamados de templo do Espirito Santo. Ora um templo é um local de morada, onde a presença de um ocupante pode ser estabelecida por uma comunhão e uma regeneração, no sentido bíblico, é isso que acontece com alguém que nasceu de novo e tornou-se nova criatura (II Corintios 5;17)
Um homem é espiritual quando tem o espirito de Cristo, e Cristo é formado nele, desde o seu interior. Esse homem interior é transformado pela presença e pelo poder do Espirito Santo na sua vida. O que ocorre é uma mudança profunda no seu caráter e na sua vida. A redenção da cruz abre a cortina do nosso tabernáculo interno, nosso espirito. Ali o Espirito de Cristo vem habitar e presidir (Galatas 4:4 a 7). Infelizmente, uma religião exterior pode processar numa pessoa, algo similar, uma imitação. A religião pode efetuar parte dessa mudança, porém essa mudança essa sumamente exteriorizada. Encontramos essa fenomenologia espiritual falsificada na vida dos fariseus. Eles eram bem exteriorizados. Tinham uma paixão pelas coisas exteriores, um zelo fora do comum. Suas vestes eram compridas, sua religião, embora forma, era bem detalhista. Havia um zelo por uma separação dos homens comuns. Os detalhes podem ser visto em diversas passagens das escrituras, Havia um cerimonialismo rígido, para evitar qualquer tipo de contaminação espiritual. Porém no interior, eram descuidados, ou melhor, eram completamente negligentes. Foi esse uns dos confrontos mais radicais que Cristo teve no seu ministério. Gente extremante religiosa com um zelo radical pelas coisas exteriores. Porém o interior era sujo. Não tinham cuidado com os detalhes, e nem classificavam o agravante de pecados interiores como sendo menos perigosos. Na minha experiencia de mais de duas décadas, tenho visto essa falha no movimento pentecostal.  A vida interior não é vista como sendo de grande importância, e os pecados interiores, os vícios e certas condutas, não são considerados como um agravo a lei do evangelho.  Assim se fabrica hipócritas em série! Você vai encontrar gente zelosa ao extremo em questões exteriores, como o tipo de roupa que se deve vestir, sobre a questão do cabelo, e certas formas de mundanismo que se exteriorizam, porém não aplicam esse rigor em questões pormenorizadas, mas que são não menos graves na sua pratica. Tomemos como exemplo, o partidarismo interno. Embora isso seja considerado como abominação perante os olhos do senhor. Por experiencia própria convivi com pessoas extremante zelosas que fizeram partidarismo dentro da congregação, mas que nunca foram repreendidos por sues lideres, nem nunca pediram desculpa a ninguém por tal atitude pecadora.  Os escândalos envolvendo lideres carismáticos nas ultimas três desadas, mostram a evidencia do que estou falando. Ora, o homem interior quando é transformado e tem o espirito de Cristo, não é glutão, não é desonesto, não é invejoso, não é orgulhoso, não é mentiroso, não é divisionista, não é trapaceiro, não é fofoqueiro, não é murmurador, não é acusador dos irmãos. etc etc.  A transformação espiritual da redenção, vem de dentro para fora. Mas ela é de um quilate tão precioso, que o interior do homem santo é completamente transformado. Sem esse caráter interior lapidado pela presença de Cristo, não existe evidencia de verdadeira regeneração. Muitas religiões e porque não dizer, de orientação protestante trata desse assunto de exteriorizar uma pessoa lhe concedendo regras exteriores e uma agenda cheia de liturgia. Cumpra essa agenda e faça as observações e tudo estará bem! que erro! Sem uma mudança interna, não há evidencia de vida espiritual verdadeira. Sem uma comunhão profunda com o Senhor, sem esse senso de presença de Deus no coração, lá no espirito do homem transformado pelo evangelho, não existe evidencia de que a pessoa foi regenerada.  Essa geração de cristãos tem sido diferente das demais por causa disso. Havia um tempo, em que a comunhão com Deus era uma realidade. O espirito de Cristo estava presente no espirito dos cristãos antigos. Havia vida interior, profundidade espiritual. Havia comunhão la dentro do coração, com um Cristo vivo. Eles viviam uma religião viva e real. Hoje temos uma geração de cristãos supérfluos. Dias atrás ouvi o lamento de um irmão que tinha sido roubado, levaram sua bíblia dentro do templo. Convivo com lideres que tomam emprestado, livros, e nunca mais devolvem. Pessoas que se dizem cristãs, mas são desonestas em seus negócios. Escândalos de ordem moral, vícios e pecados que se alojam no interior de um individuo, as obras da carne, olhe para os escândalos das divisões na igreja moderna, esse fracionamento constante do corpo de Cristo se processa de forma escandalosa por falta de humildade e de perdão de seus lideres. afinal de contas o orgulho é um dos pecados que não se aplica disciplina, embora dentro de uma cosmovisão bíblica seja um dos mais sérios que existe, do ponto de  vista eclesiástico nenhuma punição é dada a quem o nutre no coração. A vida interior nos livra desses pecados hediondos, mas que são vistos a olho grosso pelos lideres e cristãos modernos. Isso é exteriorização, religião puramente exterior, e que nada tem de verídica, pois seus frutos são desastrosos, pois que não emitem o caráter de cristo em suas ações mais intimas. Sim! o nosso pensamento cuidadoso, as nossas intenções puras, o nosso coração nutrindo a mais santa humildade, o andar na presença do Senhor nos conduz a uma vida de beleza interior e pureza. Não é isso que temos vistos hoje. Porque o formula para transformar pecadores em cristãos é rasa e supérflua: "Aceite a Cristo, faça a oração do pecador, cumpra uma agenda religiosa, lendo uns capítulos da bíblia por dia, frequentando um ou dois cultos semanais, praticando alguns preceitos denominacionais, via de regra seja fiel a esses preceitos de um regimento, e tudo estará certo" Isso nada mais é do que um neofarisaismo. Não ha vida interior nisso! não há fluir de vida espiritual.  Tal estilo de vida, produz pessoas insensíveis e duras. O exterior do copo está muito limpo, brilhante, mas o interior ainda continua poluído. O sepulcro está lustrado, mas sei interior está corrompido.
 há nas escrituras uma série de passagem praticas que nos conduzem ao fato de que se o homem cristão não for transformado desde o seu interior, o que ele vai viver é apenas uma vida religiosa exteriorizada, e que pode ser desenvolvida por intermédio de liturgias e remendos éticos. É uma forma dialética de viver uma religião com elementos cristãos, mas não é verdadeiro cristianismo. Vejamos algumas dessas passagens: Romanos 12:1 e 2, Ezequiel 18:31, Efésios 4:22 a 24, Colossenses 1:22 a 25, Tito 3:5 I corintios 2:16 e Filipenses 2:5 etc. Claro que a regeneração é a transformação interior do homem e a imposição divina de um novo espirito nele, para que Cristo possa viver dentro dele de forma a comandar a sua nova vida. Dai a afirmação de Paulo de que "se alguém está em Cristo, nova criatura é "(II Corintios 5:17) não é uma mera reforma, não é uma aceitação intelectual de um conjunto de regras e doutrinas. Mas uma nova criação. Se a experiencia espiritual não conduz a pessoa a isso, não verdadeiro cristianismo. Talvez aqui chegamos ao ápice do significado da regeneração (Grego : Palingenesia) Uma transformação radical do nosso interior, nosso ego sendo crucificado e Cristo ocupando o centro da nossa vida. Essa não é a experiencia da igreja moderna. Os cristãos atuais são extremamente egoístas, divisões e dissenções são marcas distintas dessa geração, mundanismo e idolatria, orgulho e materialismo são marcas distintas em uma igreja cujo membros, não possuem vida interior.
 ________________________________________________________________________________

 Se não a vida espiritual não nos leva para mais perto de Cristo, se a pratica da vida cristã, não conforma o nosso coração ao caráter de Cristo, nossa religião é vã.

 Uma religião egoísta não tem nada de Cristo, tem um pouco do mundo e quase tudo é de si mesmo.

 Um coração transformado não busca a glória do eu, mas a glória de Cristo.

 A vida interior não pode ser verdadeira, se o nosso eu ainda está no comando do nosso coração.

 De nada vale uma religião que tem um pouco de cristianismo e um pouco de velho homem, no final das contas o velho homem rouba o pouco que se tem do cristianismo, e o homem morre sem salvação.

 A vida interior consiste em reconhecer que Cristo é tudo em nós, por nós e para nós, e sem ele nada poderemos ter em termos de progresso espiritual.

A religião nos convida a procurar Cristo nos templos, o cristianismo bíblico nos orienta a busca-lo dentro do nosso coração.

A oração é um caminho interior que nos conduz a presença majestosa de Cristo Jesus.

As vezes é no silencio da solidão, que as escrituras se aprofundam no nosso coração, encontrando a fertilidade necessária para transformar o nosso caráter.

Ter mais de Cristo é ter mais vida fluindo em direção a eternidade.

--------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Autor: Clavio J. Jacinto



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Footer Left Content