quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Anelo de Uma Pobre Alma



Em mim, morada fizeste
Templo, santuario intimo, lugar  interno
Jardim bendito, do meu pobre  coração
És Cristo, meu centro, minha matriz da vida

Neste meu pantano,um  coração duro
A cruz cruel revolveu sulcos silenciosamente
Lirios celestes, neles crescem e perfumes
Semeadura  de primavera da ventura eterna

Oh! Vem, doce mestre Salvador
Dentro de mim, fazer  perene habitação
Onde os frutos sacros  da videira verdadeira
Amadurecem no intimo da santa aurora

Em mim morada fizeste
Bom mestre e eterno, precioso redentor
No meu santuario vivo no coração interno
Uma cruz cravada, que aniquila meu eu

Nessa minha alma de noites sem estrelas
Nesse espirito frio, vieste com  o fogo  aquecer
Acendestes candeias, derramastes  incensos
O teu amor, a tua sempiterna ternura

Oh! Vem, doce cordeiro imaculado
Com a tua glória, ao meu santuario do coração
Abraça minhas magoas, apaga minhas vergonhas
Não sou merecedor de tuas singelas graças

Vem verbo de Deus, com  teu perdão
Habitar nessa alma atroz e tão fraca
oh! Transforma a minha vida, aniquila minhas trevas

Faz de meu coração, cidade sagrada de ditosa luz

Clavio J. Jacinto

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