Por longas vias de todas as noites da vida
Surgiu prestes a minha alma a caminhar
Procurando uma luz pra orientar tal destino
Essa noite fria, que tentar congelar a esperança
As trevas assustam esse breu caminho
A madrugada é a ausência das vozes alegres
No reino do sono, até a primavera dorme
A escuridão consome as cores das flores
Meu coração nutre o medo, o temor não adormece
Conto os sustos e as frias incertezas da noite
Que desatino essa longa vereda tão tristonha
Nas ilhargas das vestes noturnas, sombras medonhas
Mas eu persisto em pé e olhos vigilantes
Correndo do medo e assombros em todo instante
No orvalho que é choro vivente da serenidade
Prossigo a coragem e a longanimidade
Uma luz se abrasa por trás da montanha
Uma estrela vespertina, a lampada da alva
Que acende a minha alma e faz o amor reluzir
É o triunfo sobre o escuro, a Estrela da manhã.
Eu pulo, grito e celebro aquele puro êxtase
Levanto as mãos e danço perante a morte da noite
Chegou a aurora mais bendita, é fim da vida
A luz prevalecerá no coração que venceu as trevas.
Clavio Juvenal Jacinto
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