“Sofre as aflições”(II Timóteo
2:2) “Apto para ensinar, sofredor”(II Timóteo
2:24) O sofrimento é a marca distintiva do um obreiro do Senhor. É cômico como vimos tanta gente com sede de
poder, querendo saciar seu ego com febre, através do porte de um titulo
espiritual e eclesiástico. Essas nuvens que pairam no coração dessas almas
insalubres, são enfermas. O teste a autentica chamada vocacional é a dor, o
despojamento, e a solidão. Se há sucesso, fama e aplausos, algo está errado.
Deixem que Moises fale por nós. Tão intensa foi a pressão que sofreu que o
homem da mansidão fere a rocha por causa
dos corações robustecidos pela rebelião. Deixe que Cristo, mestre dos mestres,
Senhor dos Senhores, fale por nós. Suas mãos santas amenizavam as feridas
alheias, suas palavras eram bálsamos para a alma enferma, mas a retribuição
humana é a cruz, a ofensa, o desprezo, a zombaria. Esse caminho. O caminho dos
verdadeiros lideres espirituais, já está consagrado pela dor, já está selado
pelo sofrimento agudo, ninguém pode mudar isso. Você pode ter um desejo sincero
de ter um titulo, pois deseja ser visto por todos, amados por todos,
compreendido por todos, mas então só quando alguém vira as costas para a moral
de Cristo é capaz de transformar sua função num circo de prazeres, os holofotes
do orgulho não iluminam senão as lamas que amam os primeiros lugares e as
glórias mundanas. Os verdadeiros lideres
ganham o premio das pedradas que os falsos merecem, ganha as ofensas e os
insultos dos erros que não cometeu. Os malignos cães mancham a reputação dos
santos, e os cegos colocam os dois no mesmo nível. Mas a liderança espiritual é
pautada na dor solitária de alguém que faz e não é reconhecido. Olhe para Paulo, ele é um bom exemplo,
considerou tudo como escoria, para ganhar a Cristo, viu a morte como lucro, foi
seu coração salgado no fogo da dor dos naufrágios, nos chicotes que abriram
trincheiras em suas costas, e então pelo bem da humanidade endemoninhada, ele
vai cantar nas trevas de um presídio a meia noite com um raro companheiro de
dor: Silas. Isso é liderança bíblica. No
baluarte do caminho da revelação messiânica está João Batista. Aprendamos com
ele, a verdade era inegociável, mesmo nos ambientes políticos onde tantos
falsos líderes se vendem por um punhado de lentilhas, ele perde a cabeça, mas
não perde a sua alma, já os falsos lideres perdem a cabeça e vendem a alma em
troca de uma sopa de prazeres. Eu tenho visto, repetida vezes como a maior parte dos portadores de cargos eclesiásticos tornam-se em semi-deuses, é
verdade que Nabucodonosor ergueu uma estatua no campo de Dura, mas é mais
verdadeiro ainda o fato de que os lideres modernos erguem o próprio eu como ídolo,
dentro do próprio coração duro. É lamentável, que o homem apto e sofredor, que
deseja proclamar o evangelho e servir o próximo, tenham caído numa arrogância tão
enfermiça. E eu titular de cargo eclesiástico, apenas navegando no mar fugidio
do anonimato, na alegria de ser nada diante dos homens, com a esperança de que
CRISTO seja tudo pra mim.
CLAVIO J. JACINTO
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