terça-feira, 20 de março de 2018

SACERDOTE, LEVITA E SAMARITANO

SACERDOTE, LEVITA E SAMARITANO
A parábola do bom samaritano revela a essência da misericórdia e a mascara da hipocrisia, no vale. Nós encontramos essas figuras de fechada, passando de largo, escravos de interesses egoístas. A parábola é um véu rasgado para as realidades mais profundas da vida cristã pratica. Um homem é vitima da violência de ladrões. Está caído a beira da estrada, sangrando, gemendo e pedindo socorro. Então aparece no cenário um sacerdote, e passa de largo. Logo em seguida, um levita e também passa de largo. Ambos, homens de fé morta. O que fazer diante de um ferido? Ao invés de receber uma oferta, o sacerdote teria que arrancar dinheiro do seu bolso para ajudar o infeliz ferido. Colocaria em risco a própria vida e conforto, tocar num ferido e cuidar dele, requer tempo, sacrifício, dedicação, e risco de vida, os ladrões deve estar à espreita e o sacerdote poderia ser a próxima vitima. Nosso mundo religioso está cheio desses sacerdotes. São os artistas da infâmia espiritual. O ferido está no campo do anonimato, então fazer ou não fazer não faz a diferença, porque não há gente disposta a aplaudir o grande feito. Não há perspectivas de vantagens pessoais, não há lucro nessas circunstâncias, só prejuízos pessoais. A maneira mais conveniente é passar de largo. A maior parte dos sacerdotes atuais é assim, a maior parte dos ministros cristãos são sacerdotes sem rumo certo. Aquele que acha o endereço do templo e perde o endereço do necessitado, conduz a própria alma para a escuridão da insensibilidade. E agora temos um levita. E ele age da mesma forma, a conduta é a mesma, um promove o sistema, para o outro tornar-se escravo do sistema. O levita ouve o sacerdote, e aqui temos o que prega e não vive o que tem pregado, e, o outro que ouve e não pratica o que o que lhe é ensinado. Não há funcionalidade na espiritualidade dessa gente, mera hipocrisia. O ferido é um indigente chorão, clama, pede socorro, mas como isso representa desconectar o curso da vida sacerdotal, dedicando-se a ao estancamento das lagrimas das feridas do próximo, como isso representa prejuízos, pois inverte os valores, ao invés deles receberem ofertas dos outros, eles teriam que dar a oferta ao pobre ferido, então, omitem-se. O sistema não funciona assim. Você geralmente não encontra ministros ofertando aos pobres, você encontra pobres, ofertando aos ministros. Conheço ministros comprometidos em angariar fundos para o sustento missionário e ajudar os pobres e necessitados, não me refiro a esses, são ministros de Deus! Mas raramente conseguimos encontrar essa classe de gente assistindo e ajudando os feridos. O foco deles é o templo. O bem, feito no anonimato, não lhes interessa, o prejuízo material assusta essa gente, a quebra do conforto pessoal, pelo sacrifício ao próximo, não é muito atrativo. Estão longe dos passos de Cristo, estão longe do evangelho, estão distantes da luz da justiça divina. Aquele que é movido por um verdadeiro amor divino é capaz de sacrificar a si mesmo em beneficio do próximo.E o samaritano? Ah! Ia me esquecendo. Numa atitude corajosa, mostrou a si mesmo o que é ser um homem de fé diante dos olhos do Senhor e nada mais...E os judeus aprenderam com um samaritano o que ser filho de Deus...
Clavio J. Jacinto

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