sábado, 18 de outubro de 2014

A adoração como estilo de vida espiritual



A. W. Tozer certa vez escreveu que a adoração é a jóia perdida da igreja evangelica, De certa forma a sua percepção sobre o assunto foi bem clara.
Jesus ensinou que DEUS é Espirito, e quem pretende adora-lo, precisa adora-lo em espirito e em verdade. De fato Paulo afirma que quem se ajunta com o Senhor é um espirito com Ele, então temos no ato da adoração um relacionamento intimo de satisfação mutua, Deus e o homem numa unidade numa intimidade relacional. Adorar seria uma comunhão espiritual magnifica, onde Deus recebe nosso amor, nossa gratidão, nosso louvor, tudo isso  de forma radical, com toda a força de nossa alma, do nosso pensamento e do nosso intelecto. Estamos vivenciando em nossas comunidades cristãs esse tipo de adoração? certamente que não, salvo as raras excessões.
 A pedra preciosas da adoração, já não se acha mais incrustrada na coroa da celebração da igreja moderna: o culto. Jesus Cristo não é o centro, os homens centralizaram a si mesmos, assim a estrela que brilha no palco, é o cantor, o pregador, o apostolo moderno e o profeta, enquanto que na verdade a igreja como comunidade espiritual deveria ter Cristo no centro, já que o mover da igreja não pode ser um movimento que se distancie de Efesios 1:10 mas que se aproxime desse propósito.
 Tudo isso precisa ser  repensado na nossa vida cristã, a adoração não está condicionada a circunstancias ou as coisas que recebemos. Nós precisamos  resgatar a soberania absoluta e Deus na nossa devoção antes de resgata-lo  na nossa teologia e na nossa fé. Processar dentro do nosso coração estilo de vida,fundamentado num conceito elevado de Deus, da sua bondade, da sua misericórdia, da sua santidade e do seu amor. A mobilidade funcional da nossa fé é sempre uma aproximação cada vez maior de Deus, porém quanto mais nos aproximamos, mas o terreno torna-se sagrado, e isso trás sérias implicações para nós, porque vem a questão do contraste, haverá sempre o choque de naturezas, o finito se aproximando mais do infinito, o homem cheio de falhas e defeitos se aproximado do perfeito e santíssimo, o frágil se aproximando do eterno, o fraco se aproximando do onipotente, e pecador se aproximando do puro. Isso é muito profundo!
 Vamos nos despertar para a realidade, creio que ao  declarar que a verdade nos libertará, Cristo estava falando da verdade da realidade, temos que penetrar na atmosfera da verdadeira adoração, aqui nada de superficial acontece. Ao se aproximar de Deus através de um sacrifício, Abel não apresentou algo superficial, sem custo, ou baixo padrão. Todos os requintes litúrgicos do sacrifício no tabernáculo exigiam o sacrifício de animais, nada era superficial naqueles rituais da antiga aliança. a cruz não é um ato superficial, tudo o que pertence a Deus tem uma natureza profunda. mas então como definir a adoração que devemos apresentar a Deus? vamos ver se consigo definir isso: A adoração é um ato radical que coloca Deus em primeiro lugar e acima de todas as outras coisas, na adoração, o coração do homem torna-se santuário, e dentro dele forma-se um deposito de coisas sagradas e santas, o coração do homem torna-se o jardim e semeia nele as sementes da gratidão, do amor, do temor, da felicidade e a paz, a glória de Cristo se acende dentro dele, o cordeiro que será a lampada da Nova Jerusalém, também será a lampada acesa no nosso  coração.

DEUS ABENÇOE A TODOS

Clavio J. Jacinto

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