quinta-feira, 23 de abril de 2015

O Que Fazer, Quando Tudo dá opɐɹɹǝ?


Entendo o proposito da dor e do sofrimento na vida cristã


Quem não enfrenta problemas? Qual cristão que não passa por situações difíceis?  Paulo, o apostolo, em II Corintios 12, depois de receber uma revelação espiritual muito profundo, passou por um momento cruciante, digamos, difícil. Um “mensageiro de Satanás” afrontava o apostolo, um espinho na carne, assolava ele, Paulo orou, pelo menos três vezes pedindo,a cura ou o livramento (não sabemos ao certo, do que se tratava, mas com certeza causava um terrível sofrimento). “Tres vezes orei...” a resposta: “A minha graça te basta...”(II Corintios 12:8 e 9).

Existem situações na nossa vida que as coisas tornam-se difíceis, enfrentamos muitos momentos enigmáticos, em que as coisas não podem ser compreendidas de forma clara e contundente, é algo simplesmente difícil, porque envolve a nossa fé em um DEUS bom e santo. Ainda a pouco tempo, uma irmã em Cristo, expressou sua dor, por causa de sua mão, também cristã, que embora tenha passado toda uma vida com um nível de piedade bem elevado, onde serviu a Cristo com zelo, e agora sofre com diversas enfermidades que produzem dores e situações incomodas. Como isso pode acontecer? Eis um grande enigma, um mistério, que tenta testar a nossa fé, até as raízes mais intimas de nossas emoções, nossa razão e a nossa confiança. Quem passa por esse tipo de experiência, faz as perguntas, e quem as ouve, não tem uma resposta, que leve por palavras, um alivio imediato aos que sofrem, e enfrentam situações, cuja adversidade é intensa.

O que parece, é que nossa fé está errada, nossa esperança, nossa confiança, tudo parece desmoronar, quando as coisas estão difíceis. É o que sentimos isso ocorre tanto com quem sofre, como com quem participa do sofrimento alheio, principalmente quando se trata de um ente querido.
O sofrimento é um elemento disciplinar, mas nem sempre, podemos entender por essa ótica.  Na perspectiva humana, nem sempre alguém que sofre, merece estar sofrendo. Esse princípio também se aplica a conseqüência do pecado. Pessoas remidas, que vivem uma vida de piedade, as vezes sofrem mais que pecadores impenitentes. Como podemos entender o sofrimento, em situações que parecem tão contraditórias? É difícil de responder!


“No mundo tereis aflições” essa é a resposta de Cristo, ela não é minha resposta, mas é a resposta do Salvador (João 16:33). Apesar do sofrimento, nossa esperança não morre jamais. A presente condição da nossa existência, nos remete para situações difíceis, porém isso jamais deve ser motivo de desanimo, muito pelo contrario, pelo fato de Cristo e as escrituras falarem muito sobre a dor e o sofrimento nesse estagio de nossa existência, devemos nos apegar a DEUS, mesmo que o sofrimento seja intenso. O que acontece é que na economia de Deus as coisas são progressivas, e sabemos que, a igreja cristã, vem percorrendo a vereda dos séculos em intenso sofrimento, como que trazendo as marcas de Cristo. A transformação completa do cristão, se dará por ocasião de sua vinda. Paulo fala sobre a questão do corpo corruptível em I Corintios 15. Nesse texto ele fala muito sobre o assunto. No estagio em que vivemos, nosso corpo é mortal, corruptível, envelhece, adoece e morre. Todo o universo criado está em processo de desgaste, a entropia é uma realidade.  Todo o universo se desgasta, o tempo faz com que o novo fique velho, a vela que se acende, se desgasta, se apaga. O carro novo, a maquina nova, tudo se desgasta e envelhece, quebra-se em muitos casos torna-se inútil. É o estado das coisas presentes, esse é o estagio do desgaste. Para o cristão, não existe um sofrimento pessoal. Todo o sofrimento precisa ser coletivo, porque somos um corpo, e cada cristão um membro desse corpo. Entendendo isso, é fácil concluir que não existe na igreja, a minha dor ou a sua dor. Existe A NOSSA DOR, seja ela minha ou sua. Nesse caso, o sofrimento nos remete para a experiência do cuidado mutuo da assistência mutua, da cooperação mutua. É verdade que não vivemos na pratica isso, não estamos aprendendo a lição, a escola do sofrimento, precisa unir os cristãos, eu repito, na comunidade dos redimidos, não existe uma dor pessoal, não existe um sofrimento pessoal, nossa dor é coletiva, somos membros de um só corpo, então a dor de cada membro também é a nossa dor, e a nossa dor é a dor de cada membro. Dentro dessa visão espiritual, a dor é um chamado a comunhão, a chorar com os que choram, a levar as cargas uns dos outros. Nesse espaço de compartilhar a dor alheia, está o testemunho triunfante de que o amor supera a dor, de que a piedade supera o sofrimento, e de que o evangelho é verdadeiro. Não há espaço para o egoísmo na vida cristã, nem para a insensibilidade. Talvez aqui esteja uma resposta de DEUS permitir que uns sofram mais, pois assim outros podem amar mais, podem servir mais, podem ter uma comunhão mais intima, mergulhar no sofrimento de um irmão é mergulhar o nosso coração no coração de Cristo. “Estive enfermo, e fosse me ver...” eis a alma do evangelho.  Creio que o alivio do sofrimento está no amor que cresce na verdadeira piedade. Não estamos aprendendo a lição, a escola do sofrimento é a escola da unidade, da participação coletiva de cada cristão inserido no corpo pelo novo nascimento. Quando começarmos a entender o que estou tentando transmitir, talvez a vida de cada crente que sofre, seja mais amenizada, a experiência espiritual seja mais profunda, o corpo de Cristo seja mais unido, e o testemunho será poderoso. O que você está fazendo? Está visitando os enfermos, conhece os sofredores inseridos em sua comunidade cristã? Tem sido um assíduo assistente aos desesperados, ou a sua vida está sendo gasta em coisas triviais e sem valor, enquanto seu irmão sofre o desespero de uma doença terminal ou coisa parecida? Nossa geração é uma geração egoísta, e o egoísmo gera a insensibilidade, a insensibilidade nos afasta dos princípios evangélicos. A dor e o sofrimento, nesse atual estagio da nossa vida não é para ser compreendido, sem antes não ser um vinculo de aperfeiçoamento do nosso caráter e da nossa espiritualidade, pois quando isso acontece, a dor não torna-se uma água que apaga a fé, mas um combustível que aumenta a nossa esperança

Pr Clavio J. Jacinto
Igreja Evangelica Caminho Da Paz
claviojj@gmail.com

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