terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Cristo: Desde os tempos antigos





Serie Preexistencia de Cristo Parte II

O cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Apocalipse 13:8) aqui temos uma passagem mui profunda, que por ter suas complexidades teológicas, pode nos levar as mais nobres dificuldades de uma interpretação clara do que o texto quer dizer. Ela deve ser lida e interpretada de acordo com outros textos que tratam do assunto. Encontramos em I Pedro 1;20 lemos a respeito de Cristo: “O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” Em Hebreus 9:26 encontramos essas palavras: “Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes, desde a fundação do mundo, mas agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo”. Outra passagem que quero anexar a esse assunto, é I Coríntios 10;4, porque ali Paulo fala que a pedra que seguia ao povo judeu no deserto, durante a peregrinação era Cristo. Juntando todas essas informações, de forma indireta, já encontramos a preexistência de Cristo. Uma atenção mais dedicada aos textos nos mostra que buscar uma prova dessa doutrina é algo muito coerente. Pedro nos diz que Cristo foi conhecido, lá no passado, Paulo diz que a pedra era Cristo, o autor aos Hebreus afirma que Ele padeceu muitas vezes, desde a fundação do mundo. Algo Esta claramente implico nessas passagens. Cristo estava lá, se dissermos que foi somente de forma simbólica, essa interpretação foge ao texto de I Pedro 1:20 e I Coríntios 10:4, porque Paulo não disse que a pedra simbolizava Cristo, mas era Cristo, e também Pedro afirma que Cristo era conhecido antes da fundação do mundo. Está claro que por essas palavras, que além do símbolo, estava a presença real. Como entendemos isso? Basta um pouco de coerência lógica! A pedra era realmente a pedra, mas Moisés ao tocar a pedra, vertia água. Não era Moisés quem estava fazendo um milagre, mas a presença de Cristo.  Como a progresso da revelação se amplia com o passar do tempo, vimos como o poder de Cristo fez verter água da rocha no Antigo Testamento, sendo que no Novo Testamento seu primeiro milagre foi transformar água em vinho, e então pregar que ele mesmo era a água da vida, e isso foi lá junto a mulher samaritana, assim vimos como a benção da redenção está associada a água, que de uma forma geral está amplificada nas paginas do Novo Testamento e no ministério do Salvador. Desde a fundação do mundo, porque só pode conceder uma salvação eterna, que tem a eternidade, só pode nos conceder uma redenção sem fins de dias, quem não teve começo de dias, porque a dimensão da redenção deve estar implícita na própria natureza do redentor.  Que a redenção alcança todas as eras, não há duvida nenhum, prefigurada nos sacrifícios do Antigo Testamento entendemos claramente esse fato, porém, muito mais do que o símbolo da redenção, a própria essência do redentor deve estar lá também. Porque entendo assim? Porque uma presença espiritual também é uma presença real, Jesus disse que estaria conosco até a consumação dos séculos (Mateus 28:20) isso é evidente: que se sua presença espiritual e real se estende para o futuro, desde a sua ascensão aos céus, então porque essa presença também não se estende ao passado, se Jesus mesmo declarou ser “Eu Sou”? Além disso, ao declarar sua presença espiritual, isso nos leva para uma lógica ainda mais ampla: sua onipresença. Jesus afirmou ”onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles”(Mateus 18:20) A onipresença de deus, creio eu, não é somente estar presente em todos os lugares, mas estar presente em todo o tempo e em todas as eternidades (passado, presente e futuro). Fica claro que a presença de Cristo nos tempos antigos, revela que ele estava de fato lá.  Não somente a sombra das coisas vindouras, porque a sombra sempre é o resultado de uma realidade presente. Só existe sombra se o real projetar a sua própria presença, isso seria uma maneira razoável de entendermos a preexistência de Cristo, porém expressões positivas com as de Pedro, que afirma que Cristo foi conhecido ainda, antes da fundação do mundo, reforça o fato de que a preexistência de Cristo é um fato bíblico. Ele estava lá no antigo Testamento, e muito antes da Criação, de forma simbólica, pelas sombras e tipos, mas não somente através dessas coisas, mas em realidade sendo Ele redentor, estava realizando a redenção desde a fundação do mundo, estava efetuando uma eterna redenção, diz as escrituras, ora se a redenção tem qualificações eternas, (Hebreus 9:11 e 12) sua presença estava lá, nos tempos antigos.

Pr Clávio Juvenal Jacinto 

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