sexta-feira, 20 de julho de 2018

Pequena Fé, Grande Fé e Falsa Fé




Pelo menos durante cinco vezes, Cristo se dirigiu aos discípulos e os chamou de homens de pequena fé (Mateus 6:30, 8:26, 14:31 16:8 e Lucas 12:28). Traço característica de pessoas que estavam dentro do convívio diário com o Senhor e de alguma forma, estavam  ligados pelo fio condutor de um bom relacionamento.  Ser chamado de “homem de pequena fé”, mesmo diante da presença daquele que era o Verbo que se fez carne, é de fato uma péssima classificação, pois revela a natureza Arida das incertezas de seus seguidores, que mesmo presenciando coisas espantosas, não somente em termos doutrinários, mas também práticos, pareciam sucumbir ao lamaçal da desconfiança.  O que chama a atenção, porém, é que uma historia dentro das Escrituras, narra a epopéia espiritual de uma estrangeira e pagã, uma mulher Cananéia,  que de certo modo, mesmo que a intenção de Cristo não seja ofensiva, tratou-a de modo a classificá-la como “Cachorrinhos”.  Sei que mesmo dentro de todo o contexto do Novo Testamento, Cristo nunca usou de preconceito, e de certa forma, foi o jardineiro que se voltou mais para a floresta das nações do que para o Jardim judaico, embora tenha crescido nos campos de Jerusalém. Jesus disse para a mulher Cananéia: “Grande é a tua fé”(Mateus 15:28). Enquanto que há gente chegada ao mestre, que é de pequena fé, uma estrangeira que pouco se relaciona com Cristo  é chamada de “mulher de uma grande fé”.  Isso não é maravilhoso?  Não se engane, há pelo menos três tipos de vida espiritual no Novo Testamento, o primeiro são os de pequena fé. Gente dúbia, superficial, que mesmo diante da possibilidade de mostrar muito amor e muita confiança, mergulha na ansiedade e nas preocupações da vida, teme o futuro e tem testemunho fraco, desconfia das próprias convicções e é tardio para crescer na vida espiritual. Há os de grande fé, que mesmo diante de uma situação difícil, ainda que passando por momentos de crises, onde os centos controversiais sopram querendo derrubar as quatro paredes da vida, ainda sim está na áurea paz de uma atmosfera celeste, porque sabe que está próximo ao Deus Soberano e coloca na grandeza de Deus a sua pequena e fraca confiança, e ela cresce, porque em assuntos espirituais, é o Senhor que dá o crescimento. Agora me deixe falar sobre outro nível, e é este: “Acaso quando vier o filho do homem se achará fé na terra? (Lucas 18:8) É a pior de todas as condições. Quando a fé verdadeira é substituída por uma falsificada, Pois daí vem a falsa esperança e o falso evangelho. E creio que no contexto profético, as paixões desse mundo e o conforto e o materialismo convidam sempre os cristãos para devotarem-se até a alma ao mais terrível de todos os ídolos que é Mamom. A apostasia semeia falsos conceitos espirituais e produzem uma falsa fé, que é praticamente nula aos olhos de Deus, e esses ventos dos mais crassos erros vem semeando as mais nefastas distorções a respeito da fé, banindo completamente o seu verdadeiro significado bíblico do coração humano. E nós estamos inseridos nesse campo minado, nesse fogo cruzado contra a sã doutrina e a ortodoxia. Sejamos vigilantes, pois os dias são confusos.

Clavio J. Jacinto

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