terça-feira, 1 de março de 2016

SOBRIEDADE



“Mas tu sê sóbrio em tudo” (II Timóteo 4:5)


Sobriedade significa moderação e equilíbrio, as vezes é aplicado a uma pessoa não alcoolizada. Num sentido bíblico, é a condição espiritual de quem tem discernimento equilibrado, tem visão clara que conduz a uma percepção cuidadosa. A sobriedade é uma condição fundamental para a vida cristã. Ela nos permite enxergar a realidade como de fato é. É o contrario da ilusão, que induz o coração a acreditar em fabulas ou em coisas irracionais. A sobriedade permite que as coisas sejam vista com moderação, e concede a possibilidade de fazermos julgamentos com equidade e reta justiça. É fato inquestionável que poucos cristãos tem sobriedade. Na vida cristã, muitos se emprenham por caminhos obscuros que trazem confusão ao invés de esclarecimentos. Uma pessoa não sóbria, adultera a própria realidade, e engana-se a si mesma. Entre muitos novos convertidos ou em pessoas que professa uma fé, sem moderação, acaba se desequilibrando e provocando uma serie de contradições, normalmente isso acaba trazendo sérios conflitos para todos a sua volta. Certa vez ouvi de certo cristão que toda a doença procede do diabo, e que era inconcebível que um cristão ficasse doente. Para outros, a falta de sobriedade leva-os para um terreno perigoso. Uma vez que nutre-se um fé na fé, ou tece uma crença mística de que estão isentos de sofrimento ou tribulações, acabam decepcionados quando surgem problemas pessoais. Outra forma de falta de sobriedade está na falta de  equilíbrio quando trata-se de isentar-se de qualquer tipo de responsabilidades quando o assunto é pecado. Ao invés de tomar o cuidado para verificar com dedicação o que as escrituras falam sobre a natureza humana, colocam a culpa de todos os males pessoais em demônios. Assim inventaram boas desculpas para justificarem atos pecaminosos. Se cair em adultério, então foi um “espírito de adultério”, se foi um vicio, como o alcoolismo, então a culpa foi do “espírito da cachaça”. Atribui-se as responsabilidades, as influenciam malignas, “espírito de inveja” “espírito de fofoca” etc. quando na verdade trata-se de obras da carne. O pecado pode ser produzido dentro do nosso coração e a responsabilidade é do homem que peca, as ações procedem de um coração maligno. O homem é responsável pelos mais nefandos pecados, isso é algo certo. Alguns se isentam das responsabilidades pessoais e transferem a culpa aos espíritos malignos. Não estou afirmando que os espíritos imundos e o próprio diabo não interferem na vida dos homens. Sabemos que há casos em que o diabo de fato sugestiona o pecado no coração do homem, mas nem sempre isso ocorre. O homem tem a semente maligna do pecado dentro do próprio coração, e por isso peca com ou sem a influencia demoníaca. A sobriedade traz equilíbrio a fé. Uma fé equilibrada consegue ver as coisas em seu devido lugar. Sobriedade produz discernimento e moderação. As escrituras nos exortam a sermos sóbrios em tudo. Em todas as áreas de nossa vida, podem ser aplicada essa virtude fundamental. Quando somos sóbrios, sabemos que direção devemos tomar, temos responsabilidades em nossas ações e em nossas decisões. A falta de sobriedade produz consequências devastadoras na vida espiritual. Nossa caminhada será segura se formos sóbrios. Nossa percepção será acurada quando estivermos sóbrios, então é muito importante que cultivemos a sobriedade, pois ela permite que tenhamos discernimento espiritual e então possamos viver nesse presente século com piedade e sobriedade.

Pr Clavio J. Jacinto

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