quarta-feira, 13 de dezembro de 2023

A PAZ QUE CRISTO OFERECE

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Um sermão de C. J. Jacinto

Em João  14:27 o Senhor Jesus  oferece uma paz, ela não é uma paz igual a que o mundo oferece, mas uma paz que nos livra da perturbação e do medo.  Já em João 14:1 ele diz: “Não se turbe o vosso coração” aqui temos uma paz interior que nos conduz para uma firme esperança inabalável. Victor Frakl disse certa vez que para um homem enfrentar as aflições mais severas ele precisa de um “suporte” um motivo sublime que sustenta a sua resiliencia. É essa a paz que Cristo nos oferece, o que nos possibilita a viver em serenidade interior face aos problemas mais severos da vida. Essa paz por tanto é um dom, é Cristo quem dá, ela vem através e por meio de Cristo, é Ele quem oferece e nos dá essa paz.

O mundo oferece uma paz circunstancial, efêmera e inconstante, a paz de Cristo é celestial, nobre, profunda, sólida e tem um caráter de imutabilidade, transcende todas as nossas perspectivas, é de duração ampla, do agora para todo o sempre e não sofre rupturas com os processos da vida presente, mas permanece, mesmo em meio às tragédias e infortúnios.  A paz de Cristo é real e faz parte das bem aventuranças do Evangelho.

O mundo dá uma paz conforme a natureza da essência em que ele consiste nada mais que isso. As vaidades e o materialismo podem conceder certa medida dessa paz mundana, as glorias da vida terrestre podem dar algo temporário, mas por fim tudo se reduz em ruínas, e a única coisa capaz do mundo dar a seguir é uma dose de amortecimento para infringir no mundano uma falsa segurança.  Mas Cristo dá uma paz elevada, a paz com Deus só é possível pela justificação por meio da obra consumada e perfeita de Cristo na cruz.

A paz de Cristo nos dá serenidade, fortalece a alma, é uma das riquezas insondáveis de Cristo, nos possibilita comunhão com Deus e acima de tudo alegria no Espírito Santo, Cristo nos dá essa preciosa paz como um presente duradouro e de valor incalculável.

Essa paz celestial é um tesouro divino, quando Cristo deixa a paz, Ele a dá a quem procura por essa verdadeira dádiva. É algo sublime, pois, sem uma verdadeira paz, não poderemos desfrutar de uma verdadeira felicidade, sem Cristo nunca poderemos ser felizes de verdade, a paz que excede todo o entendimento é uma das moedas mais valiosas do tesouro da redenção, e só podem desfrutar desse diamante espiritual aquele que realmente está em Cristo (I Coríntios 5:17) e tem uma comunhão intima com Ele (I João 1:3)

Olhamos o mundo, ele está dominado pelo caos, guerras, conflitos. Os filhos de Adão disputam e pelejam a defesa do próprio ego, as batalhas estão em cada esquina, o mundo tece a tapeçaria e as vestes de seus heróis, a mesma pedra lavrada para o altar de seus heróis também serve como lapide para marcar o lugar onde tombam os cadáveres de cada orgulhoso, cada invejoso e todos os que buscam a paz que o mundo dá. Porem Cristo diz que não devemos nos afligir, “Não se turbe o vosso coração” (João 14:1)  Ele dá uma paz que penetra no homem interior, é durável, essa é uma chama celestial no coração do homem, um desabrochar do jardim celestial que é mantida e cuidada por Cristo, Ele por manter a chama desta preciosa paz em nosso coração e nunca falha, essa é a paz que excede a todo o entendimento, e por isso mesmo vem de Cristo ao remido, a todos os que confiam no Senhor, Paulo quando passou por esse mundo, pregando e vivendo o evangelho disse “Tudo posso naquele que me fortalece” o homem que descansa em Deus e está em Cristo, ainda que ande pelo vale da morte, tem a presença consoladora de Cristo. Estevão no seu momento crucial frente aos seus mais algozes inimigos, sendo lapidado pelas pedras, de seus ferimentos fluiu paz, ele olhou para o céu, e o céu estava aberto, Cristo estava assistindo o martírio, Cristo nos assiste nos momentos mais escuros da nossa vida ali está o Senhor brilhando como no monte da transfiguração. Os discípulos estavam em meio ao mar revolto, as águas agitadas e o vento possante ameaçavam o frágil barquinho onde eles estavam, mas o Senhor também estava lá. Nosso corpo é um barco frágil flutuando nas agitações e os tormentos da vida, mas Cristo virá ao encontro daqueles que buscam a sua consoladora presença, Ele disse “A minha paz vos dou” é uma promessa feita por quem não mente e não engana ninguém, Deus consola-nos através do Seu unigênito Filho.  “Ele é a nossa paz” (Efesios 2:14) Tão somente devemos perceber que a paz que o mundo dá depende do engano que ele nos oferece, a paz que Cristo nos dá é a paz que Seu perfeito sacrifico garante. Em quem você confia? Essa paz é um legado divino, é uma graça preciosa que Deus nos oferece em Cristo.

 Mas a paz que o mundo vos dá, é uma paz que fenece, frágil como a vida de um orgulhoso, uma paz sem raízes, mas superficial.   É uma paz mundana, muitas vezes uma condição de entorpecimento da consciência ou de um obscurecimento do coração. Quando nos acordamos dessa paralisia dos sentidos, vimos a nossa volta a verdadeira condição que se encontra o mundo, cheio de perturbações e abalos, um mundo fragmentado moralmente e espiritualmente falido. Fala-se muito sobre a mudança do eixo da terra, mas o eixo espiritual do mundo já está fora do lugar já faz muito tempo, o amor se esfriou, a paz mundana é como uma neblina frágil, uma cortina de fumaça que esconde os horrores que brotam de seus vales, um pouco de luz da verdade e a paz do mundo se dissipa e a realidade aparece. Mas há uma realidade que nos garante a verdadeira paz e tranqüilidade da alma, nosso coração pode experimentar a serenidade da presença de Deus “Viremos para ele e faremos nele morada” (João 14:23).

“Tu conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti; porque ele confia em ti.” (Isaias 26:3)

Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (João 16:33)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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O Espírito do Senhor sempre nos induz para dentro do centro do Evangelho que é Cristo, Sua obra é revelar mais de Cristo ao redimido e manter a consciência de comunhão com Ele como uma necessidade absoluta.”

 

 

 

 

sexta-feira, 8 de dezembro de 2023

Pensar e Crer

 






UNIÃO E SANTIFICAÇÃO COM CRISTO

UNIÃO E SANTIFICAÇÃO COM CRISTO

 

 

 

O mundo cristão pensa e fala muito sobre santificação; como crescer na piedade e viver uma vida santa. Amém! Oh, se fizéssemos isso cada vez mais! Mas quero afirmar que, ao pensarmos na santificação de um crente, não podemos fazê-lo corretamente sem primeiro pensarmos na nossa união em Cristo.


            Toda a distorção da teologia de Paulo (incluindo a sua teologia da santificação) está fundamentada na sua compreensão de quem ele é (e, portanto, de quem somos) 
em Cristo. É a sua doutrina da união em Cristo que pulsa como uma grande linha melódica que percorre todo o pensamento de Paulo. Ele é um teólogo da preposição usando frases como “em Cristo”, “com Cristo” ou “através de Cristo” centenas de vezes em seus escritos. E isso faz sentido, considerando como Paulo chegou à fé. Enquanto perseguia os cristãos, Paulo é confrontado pelo Jesus ressuscitado e a primeira pergunta que Cristo lhe fez foi: “Saulo, Saulo, por que você está me perseguindo?” Não cristãos, mas eu!
       Essa pergunta deve ter lhe parecido incrivelmente significativa porque Saulo levou mais três anos de estudo concentrado ( Gl 1.7 ) para compreender mais plenamente que Jesus Cristo era de fato um com aqueles que acreditavam nele como o Messias. Quando Saulo estava aprisionando cristãos, ele estava aprisionando, por assim dizer, aqueles que estavam em união com Cristo. Ele estava perseguindo Jesus. Mas como pode ser isso?


            A resposta, envolvida na revelação da Trindade por Jesus, é a obra centrada em Cristo do Espírito de Deus, o Espírito do próprio Cristo habitando nos crentes. E é na habitação do Espírito que ele leva os crentes a se unirem espiritualmente com Cristo e assim se tornarem participantes de tudo o que há 
em Cristo . Pelo Espírito Cristo está em nós ( Efésios 3:16-17 ) e nós estamos Nele ( Efésios 2:10 ). Mas a pergunta de um milhão de dólares é esta: Por que precisamos ser encontrados em Cristo? Ou melhor ainda, o que há exatamente em Cristo que exige que eu esteja unido a ele? Acontece que bastante!
            Sabedoria, justiça, santificação e redenção ( 1Co 1.30 ). Toda bênção espiritual e celestial ( Ef 1.3 ). Graça ( 
2 Timóteo 2.1 ). As riquezas imensuráveis ​​de sua graça em bondade ( Ef 2.7 ). O amor paternal de Deus ( Romanos 8.39 ). Humildade ( Fp 2:5-7 ). Sofrimento e conforto (2 Coríntios 1:5). Compreensão iluminada ( 2Co 3.14 ). Liberdade ( Romanos 8.2 ). Paz ( Ef 2.14 ). Herança ( Romanos 8.17 ). Vida eterna ( Romanos 6.23 ). Salvação ( 2 Timóteo 2:10). E isso está apenas arranhando a superfície!


            Como João Calvino disse de forma tão memorável: “devemos compreender que enquanto Cristo permanecer fora de nós, e nós estivermos separados Dele, tudo o que Ele sofreu e fez pela salvação da raça humana permanecerá inútil e sem valor para a humanidade”. nós… Pois, como eu disse, tudo o que Ele possui não é nada para nós até que cresçamos em um corpo com Ele. É verdade que obtemos isso pela fé.” [1]
            E é precisamente aqui, na união do crente com Cristo, que a nossa santificação – o nosso crescimento na piedade – realmente encontra impulso. [2] Primeiro, vemos que existe uma santificação definitiva e posicional para aqueles que se encontram em Cristo. Como crentes unidos a Cristo, há algo definitivamente novo em nosso relacionamento com o pecado, o mundo e Satanás que não era verdade para nós antes. Em Cristo somos separados posicionalmente. Este é todo o argumento de Paulo em Romanos 6 :

 “Que diremos então? Devemos continuar no pecado para que a graça abunde? De jeito nenhum! Como podemos nós que morremos para o pecado ainda viver nele? Você não sabe que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados em sua morte? Fomos, portanto, sepultados com ele na morte pelo batismo, para que, assim como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, também nós possamos andar em novidade de vida.” [3]


            A partir desta santificação posicional – sermos batizados em Cristo – somos levados a participar do poder pelo qual crescemos na semelhança de Cristo. Como Paulo argumenta em Efésios 2 , é “pela graça vocês são salvos, por meio da fé. E isso não é obra sua; é dom de Deus, não resultado de obras, para que ninguém se glorie. Porque somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” ( 
Efésios 2:8-10 ).
            Você vê? Nossa união em Cristo, a que Paulo se refere aqui como sendo criada em Cristo Jesus, é o que leva às boas obras; obras que iremos percorrer! Em última análise, isto ajuda-nos a lembrar que a nossa santificação – o nosso crescimento na piedade – não é, em primeiro lugar, uma questão de esforço ou esforço, mas sobretudo uma questão de fé. É em Cristo que se encontra a nossa obediência e é no Espírito de Cristo que essa obediência, que Deus preparou de antemão, é exercida em nossas vidas.


            Então aqui está a pergunta de dois milhões de dólares: você está olhando para si mesmo para crescer em santidade ou está olhando, confiando e acreditando em Cristo? Talvez Paulo tenha dito melhor: “Vocês receberam o Espírito pelas obras da lei ou pelo ouvir com fé? Você é tão tolo? Tendo começado pelo Espírito, agora vocês estão sendo aperfeiçoados pela carne” ( 
Gálatas 3:2-3).). Oh, que nossa santificação seja fundamentada em nosso Salvador, Jesus Cristo. “Vós estais em Cristo Jesus , o qual se tornou para nós sabedoria de Deus, justiça, santificação e redenção, para que, como está escrito: “Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor” ( 1 Coríntios 1:30-31). ).

Stephen Unthank (MDiv, Capital Bible Seminary) serve na Igreja Batista Greenbelt em Greenbelt, MD, nos arredores de Washington, DC. Ele mora em Maryland com sua esposa, Maricel, e seus dois filhos, Ambrose e Lilou.


[1] João Calvino,  Institutos da Religião Cristã , John T. McNeill, ed, Ford Lewis Battles, trad, Biblioteca de Clássicos Cristãos (Filadélfia: Westminster, 1960 [1559]), III.i.1.

[2]  Além disso, se você nunca fez isso, você deveria ler e reler os fantásticos capítulos de John Murray sobre Santificação Definitiva e Santificação Progressiva encontrados em suas obras completas. Eles o levarão a um estudo mais profundo do que pode ser fornecido em uma breve postagem no blog. John Murray, Escritos Coletados de John Murray, Volume 2: Teologia Sistemática (The Banner of Truth Trust, 2001), pp.

[3] Como diz John Murray, “nossa morte para o pecado e novidade de vida são efetuadas em nossa identificação com Cristo em sua morte e ressurreição, e nenhuma virtude resultante da morte e ressurreição de Cristo afeta qualquer fase da salvação mais diretamente do que a ruptura com o pecado e a novidade de vida. John Murray, Escritos Coletados de John Murray, Volume 2: Teologia Sistemática (The Banner of Truth Trust, 2001), pp.

 

 

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