Tenho Visto alguns que professam a fé cristã e
que estão negando a realidade da santa ceia mas estão combatendo a sua natureza
sacra e distinta, argumentando que a mesma era uma refeição que todos os
cristãos tinham em comum (Chamada Agape). Com meias verdades, muitos “pós
cristãos” enfim descobriram que a igreja e o cristianismo histórico estavam
desviados dos propósitos de Deus, essas
novas celebridades, apelam para um revisionismo cristão, uma mudança completa
de paradigmas, é a visão de que tudo está errado, e que precisa ser concertado,
então nascem os novos profetas para tentar colocar a fé cristã no lugar em que
ela fora. A santa ceia ou ceia memorial, é descrita de “santa ceia” pelo fato
de ser um memorial que nos conduz a ter vivas lembranças do drama da redenção.
O contexto em que se desenvolve a celebração é a páscoa. A páscoa era uma
celebração, e Cristo estava junto aos seus discípulos celebrando esse memorial,
chamado de Seder. Isso pode ser verificado em Mateus 26:20 a 30, Marcos 14:12 a
21 e Lucas 22:14 a 23. Em todas essas passagens, Cristo dá uma ênfase sobre o
pão e o vinho, esses elementos representariam respectivamente o sangue e o
corpo de Cristo, Paulo em I Coríntios
11:17 a 34 deve ser lido e entendido dentro dos textos evangélicos. Em Coríntios 11: 24 há uma ênfase sobre o pão
e o vinho, no versículo 25 Paulo ensina que é um memorial; ”Fazei isso em memória
de mim”. É lógico que há uma celebração dentro de uma refeição, qualquer leitor
cuidadoso entende isso. Também é fato que havia uma continuação de uma refeição
comunitária, ou pelo menos entendemos que a celebração se dava em meio ao ágape,
isso ocorre talvez para dar continuidade ao contexto da refeição pascal
celebrada por Cristo e seus discípulos. Não há duvida de que o Pão e o vinho
foram um destaque dentro da celebração.
Essa percepção levou os primeiros seguidores de Cristo para uma
celebração. Para dar força a visão da ênfase dada sobre os elementos principais
que se destacam na ceia, lemos novamente a confirmação de Paulo em I Coríntios
10:5. A igreja e os primeiros cristãos encontraram nesse texto, os fundamentos
para a celebração tal como conhecemos como santa ceia, o cristianismo histórico
reconhece isso, os teólogos mais consagrados e os mais piedosos homens da
igreja entendiam assim. Repito: dentro dos textos bíblicos citados a ênfase ao
pão e ao vinho como parte de uma celebração memorial é evidente. Isso é indiscutível.
Agora dentro do cenário, do contexto da
ceia, celebrava-se uma refeição onde todos tinham os alimentos em comum, e essa
era a outra parte distinta, ao compararmos as coisas espirituais com as espirituais
notaremos que essa distinção é importante (I Coríntios 2:13). Pelo fato dessa celebração e refeição junta
ter dado certos problemas, como vimos descritos em I Coríntios 11:17 e 34,
posteriormente a santa ceia memorial com os elementos do pão e do vinho
tornaram-se um padrão. Notamos quem em Atos 2:46 há uma refeição comunitária diária,
a igreja cristã nascente tinham as coisas em comum, devido ao contexto em que
ela estava se desenvolvendo, muitos irmãos eram expulsos de casa e precisavam
ser socorridos pela igreja. Essa
celebração pode ser observada na historia da igreja desde os tempos primitivos,
um dos documentos mais antigos da igreja, a Didaqué (Cerca de 120 DC) já menciona
o memorial da santa ceia com o partir do pão e o cálice como uma celebração dominical.
Dentro desse contexto entendemos o que
realmente quis Cristo dizer quanto toma o pão e o cálice e institui um
memorial, para que possamos nos lembrar da obra perfeita e consumada de Cristo
na cruz.
Ao SENHOR pertence a glória
Amém
Clavio J. Jacinto
Nenhum comentário:
Postar um comentário