Balaão é um protótipo de apostata mercenário, um misterioso
figurante que mescla espiritualidade com benefícios pessoais, é um negociante
religioso, poderoso mestre da subtilidade, mas a figura nata de uma história
tão controvertida é a mula de Balaão, ora o profeta mercenário, tornou-se o símbolo
da infâmia espiritual. Pedro escreveu sobre o caminho de Balaão (II Pedro 2:15)
Judas mencionou sobre o engano do premio de Balaão (Judas 1:11) e Cristo sobre
a doutrina maligna de Balaão (Apocalipse 2:14). O cara era ruim mesmo! Sua história
é narrada em Números 22. Mas a mula, era apenas uma doce serva do profeta dúbio , ela três vezes viu o anjo do Senhor, três
vezes foi espancada pelo profeta, ironicamente tentou protegeu Balaão por três vezes,
e como recompensa foi espancada cruelmente. A mula tinha discernimento e o
profeta era cego. Ela, e não ele viu o anjo do Senhor. Nessa reação magnífica da
mula, vimos à fidelidade de um servo, embora sendo um mero animal, a mula acompanhava
o profeta por muitos anos, o tempo mostrou a marca da fidelidade do pobre
animal, depois encontramos a marca da disponibilidade, ela estava disposta a
carregar o profeta, a obedecer ao profeta, a estar completamente condicionada a
servidão, é um caso de intima amizade, como é tão comum entre homens e animais
bondosos. Logo em seguida podemos encontrar na dócil mula, o discernimento. Puxa! A mula viu o anjo! Que
visão maravilhosa, que privilegio, até parece que ela era mais espiritual do
que Balaão. Cá pra nós, ela viu o mundo espiritual e seus habitantes. Ai está,
quando percebeu que o anjo do Senhor ia
matar seu senhor, ela protegeu Balaão, usou de prudência e responsabilidade
para com a vida de seu mestre. Foi persistente e não encarou o anjo mas desviou-se
do confronto, seu senhor estava em iminente perigo, precisava protegê-lo, frente
a humildade de ser apenas uma mula, usou do bom senso talvez tenha ponderado: “
meu mestre pode ser até um profeta ruim, mas não merece morrer.” Moral da
história; a mula tinha uma boa performance:
fidelidade, disponibilidade, prudência, discernimento, persistência, humildade
e visão espiritual e era protetora, virtudes que muitos dos cristãos que
conheço nem de longe parecem possuir...
CLAVIO J JACINTO
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