EM ESCURIDÃO SE ENCONTRAVA A MINHA ALMA
Andei por tristes e sombrios caminhos
Minha alma cega tanto chorava
As sombras frias em meu coração gelado
Açoite da escuridão me assolava
Barco sem vela meu pobre coração
Sem um destino e passo tão inseguro
No breu dessa noite infestada de medo
A tinta das trevas escreviam meu futuro
Nas cálidas manhãs sem terna luz
Porquanto de angustia minha alma tanto chorava
Eram as espadas afiadas do véu noturno
Que rasgando minha esperança, me assolava
Uma estrela errante caindo em abismo
Num portão caído de um vale de terror
Assim meu coração assustado tanto batia
No sinistro cálice de um grande terror
Temeroso e tão frio eram meus pensamentos
A dor de dentro que ferindo-me, eu chorava
Assustado e temeroso fugidia a minha alma
Os urros do fel, triste susto que me assolava
Ai de mim entre esses portos tristonhos
Que de morte correndo o terror me acudia
Num brado de temores, um luto medonho
No caos das sombras minha alma jazia
Eu todo triste, na prisão de meus pecados
Lambendo as feridas doloridas, eu tanto chorava
Angustiado e só nas caladas da noite
Cada voz noturna do susto me assolava
Oh imensa luz de glória me cercou
Banindo em intrépido golpe, minhas discordias
Numa calma nuance de cores vermelhas
O véu rasgado da santa graça e misericórdia
Grilhões que pesavam tanto meu semplante
Que em fardos pesados eu tanto chorava
Quebrou-se os ferrolhos dessa maldita escravidão
Aquele domínio do pecado que tanto me assolava
Achei em Cristo a bendita luz do puro perdão
Que por sangue santo, trouxe o a real redenção
Livre em um caminho de esplendor, o Senhor me alumia
Na estrada real da graça, a celeste luz do novo dia
CLAVIO J. JACINTO
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