quarta-feira, 18 de março de 2015

Falsos Cristos e Visão Espiritual-II












“Você não está olhando para Morris Cerullo -você está olhando para 
Deus, está olhando para Jesus”.
— Morris Cerullo (Cristianismo Em Crise-Hank Hanegraaff -Pag 10-CPAD)



“Nunca foi dito que ao que o Senhor ama, Ele enriquece, mas a quem o Senhor ama, Ele corrige” (Charles Spurgeon)


Nada pode ser tão comprometedor quanto uma afirmação tal como vimos acima. Ela vai direto ao cerne da questão do aparecimento de falsos cristos, dentro do cristianismo e não fora dele. Desde o advento da Nova Era e da metafísica do novo pensamento, que foi a força espiritual propulsora de uma nova teologia, não ortodoxa, que é a teologia da prosperidade, tem se atribuído ao homem uma natureza divina. As escrituras ensinam que o verbo se fez carne, mas nunca ensina as escrituras que a carne humana torna-se divina.
Encontramos essa afirmativa no movimento da Nova Era: "O homem é Deus quando ele se enxerga parte do Divino e aí ele começa, na sua caminhada, a adquirir os poderes divinos, entre eles, a Onipresença. E o homem deixa o egoísmo de lado, porque ele se torna um pouco Deus. E esse Deus jamais será egoísta no sentido de se preocupar apenas com o seu bem-estar."(1)
Isso não soa nada ortodoxo, do ponto de vista cristão, porém sob a ótica escatológica, isso se encaixa perfeitamente com as advertências de Cristo sobre o aparecimento de falsos cristos, porque essa perspectiva espiritual, de que o homem é um deus, entra na mesma temática do aparecimento de falsos cristos. Como entendemos isso? através do discernimento. Uma vez que João declara que o Verbo era Deus, e o Verbo se fez carne, declarar que o homem de carne, torna-se divino, é tentar subir um degrau na escala espiritual para querer comparar-se com Cristo. Se o homem pode ser deus, então ele pode ser seu próprio salvador, e se ele pode ser um salvador de si mesmo, ele se compara a Cristo. é nesse sentido que também devemos perceber o aparecimento de falsos cristos, e não somente um aparecimento constante, mas uma multiplicação de falsos cristos, que surge no cenário profético dos últimos dias, com o advento da Nova Era. Pregadores evangélicos da atualidade vem fazendo declarações semelhantes, afirmando que somos pequenos deuses.
Hanegraaff, na sua monumental obra "Cristianismo em Crise" escreveu: "Desde alvorecer dos tempos, Satanás tem se desdobrado para apresentar a mentira de que meros homens podem se tornar deuses. Seu  atraente silvo: “Sereis como Deus”, ouvido primeiramente no capítulo terceiro de Gênesis, tem reverberado através dos séculos com uma sensual 
freqüência. Ele empacota e reempacota essa mentira, no tamanho e formato necessários para fazê-la vender"(Pag 85). Essa fusão ideológica e doutrinaria acontece diante de nossos olhos, as idéias dos místicos da Nova Era se fundiram com as idéias do pensamento da metafísica da teologia da prosperidade e o resultado foi o surgimento de pregadores "cristãos evangélicos" afirmando que somos pequenos deuses.  John Avanzini, famoso tele-evangelista norte americano,  afirmava que o propósito de Deus é se duplicar na terra" Keneth Haggin, mais conhecido no Brasil, afirmava: "O crente é chamado de Cristo... Eis quem somos; somos Cristo!” (Citado em Cristianismo em Crise -Pag: 88). Dá pra perceber isso se encaixa com Mateus 24:24 e passagens paralelas? ESTAMOS DIANTE DE UM FATO IMPRESSIONANTE. muitos cristãos enxergam os falsos cristos que aparecem no mundo, e fazem vista grossa, numa cegueira sem proporções, quando os falsos cristos aparecem dentro da igreja. A falta de discernimento faz com que  isso passe de forma sutil. Tele-evangelistas brasileiros se envolvem com pregadores que foram irresponsáveis por essas heresias, mas eles são denunciados publicamente? é um fato claro, que ao invés disso, promovem seus livros e seus ensinos, de forma obscura, e poucas vozes soam, dando advertência sobre essas coisas! 
É claro que quando a bíblia adverte sobre o aparecimento de falso cristos, está fazendo uma referencia, sobre os falsos cristos, desenvolvido por uma teologia pro-mundanismo e pró-liberalismo (Tratei desse assunto na primeira parte desse estudo) e também sobre o aparecimento de falsos cristos, cuja a forma de se expressar é mais sutil, quando esses falsos cristos se apresentam como duplicatas de Deus, ou pequenas divindades ou ainda como algum tipo de Cristo, perambulando pelos arraiais da cristandade.
 Esses falsos cristos tem ressurgido no cenário mundial, de forma como podemos perceber: por uma teologia doentia, que se infiltrou de forma sorrateira na comunidade cristã, usando o neo-pentecostalismo como seu principal veiculo de propagação. Hanegraaff, faz uma excelente apologia contra a essa falsa doutrina de que somos pequenos deuses ou cristos, sobre a terra, ele então conclui: "O fato é que a Bíblia em parte alguma ensina ou confirma a doutrina dos “pequenos deuses”. Deus é infinita e eternamente exaltado acima da humanidade. E o cúmulo da arrogância pensar que os seres humanos podem ao menos se equiparar a Deus em sua espantosa santidade e majestade. Não obstante, é isso que os proponentes da teologia da Fé estão ansiosos por fazer." (Cristianismo em Crise-Pag 99). O fato mais interessante, que esses conceitos propagados e defendidos por profetas da prosperidade, também tem um alto teor escatológico, e se encaixam nas advertências das escrituras sobre o aparecimento de falsos cristos. Deveríamos ficar mais atentos, e começara estudar os fatos de dentro para fora, e não somente fora. é admirável que o nível de cegueira seja tão grande, que as pessoas de um modo geral, não conseguem detectar a apostasia e a decadência espiritual diante de seus próprios olhos, permanecendo completamente indiferente com relação a isso. Isso é uma prova real de que a apostasia tem um poder enorme de cegar suas vitimas.



Se somos sábios, não tenhamos confiança alguma em nós mesmos e coloquemos confiança no poder preservador de Deus.
John Owen









Pr Clavio Juvenal Jacinto
Igreja Evangelica Caminho da Paz

Paulo Lopes SC


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