A Presença de DEUS
Conhecimento
Percepção
Afeto
Desfrute
Clávio Juvenal jacinto
Atenção: Se voce quiser receber uma copia desse estudo, em formato e-book (Pdf) mande um e-mail para o autor (O endereço eletronico está no final do estudo). Com muita alegria estarei atendendo cada pedido.
Atenção: Se voce quiser receber uma copia desse estudo, em formato e-book (Pdf) mande um e-mail para o autor (O endereço eletronico está no final do estudo). Com muita alegria estarei atendendo cada pedido.
Que a glória da tua presença
Ilumine o meu caminho
Pois só assim, minha alma nunca se dissolverá,
Pois só assim, minha alma nunca se dissolverá,
Na escuridão
Que a tua luz ilumine toda a
minha jornada
Pois só assim, estarei em
segurança permanente,
Para todo o sempre
( C. J. Jacinto)
“O
homem é um nômade no deserto da vida, á procura de algo tão perfeito, tão
sublime, tão absoluto que só pode encontrar em Deus.”
(Rafael
Llano Fuentes)
Conhecimento
Ora, sem fé é impossível agradar-lhe; porque é
necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é
galardoador dos que o buscam.
Hebreus 11:6
Hebreus 11:6
É impossível caminhar pela senda
da glória do Senhor, se não andarmos em direção a sua luz. As escrituras
afirmam que sem fé em Deus é impossível agradar a Deus. As escrituras em Hebreus também falam de uma
necessidade: ao se aproximar de Deus, devemos crer que Ele existe, e então
conclui que ele é galardoador daqueles que o buscam. A presença de Deus nunca pode ser
experimentada sem os requisitos necessários. A fé deve estar acesa dentro de
nosso coração, deve nos levar ao foco principal da nossa vida: DEUS. Só depois
de o coração ser iluminado pela fé, podemos seguir na jornada ter conhecer e
prosseguir conhecendo a Deus. “Então
conheçamos, e prossigamos em conhecer ao Senhor; a sua saída, como a alva, é
certa; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra"
(Oseias 6:3).
Deus
existe! É verdade que nosso tempo é sinalado por um numero cada vez maior de
almas que perderam a fé, outros inventaram um deus, a sua própria maneira, para
servi-los aos seus caprichos e desejos egoístas. Mas existe um Deus verdadeiro,
Criador de todas as coisas. Revelado na Biblia Sagrada, um Deus pessoal, Cristo
chamou esse Deus de Pai, isso significa acima de tudo que esse Deus deseja ter
uma afeição profunda e paternal pelas almas que se rendem incondicionalmente e
Ele, e desejam servi-lo e ama-lo com todas as forças do pensamento, do coração
e com todo o entendimento. (Deuteronomio 6:5 e Mateus 22:37). Esse Deus é
pessoal, deseja ter um relacionamento intimo com seus filhos, foi Jesus, quem
mais revelou essas verdades, para cada um de nós, e deixou o exemplo claro, de
que esse relacionamento com Deus é possível, e aperfeiçoou as coisas
espirituais, pois sendo Parte da
divindade, O Deus filho revela a paternidade de Deus de tal forma, que a
comunhão com o Deus único e verdadeiro é possível e viável para cada ser humano
que deseja viver uma vida de devoção e amor a Ele. Deus criou o homem para ser
adorador, e nessa revelação, entendemos que ao criar o homem, e ao enviar seu
Filho ao mundo, na aurora do evangelho, nasceu a possibilidade de termos uma
comunhão e um relacionamento intimo com o Senhor Triuno, por causa a obra de
redenção descrita no Novo Testamento. A. W. Tozer dizia: “Um Deus infinito pode
Se dar inteiramente a cada um de Seus filhos. Ele não Se distribui de modo que
cada um tenha uma parte, mas a cada um Ele Se dá inteiro, tão integralmente
como se não houvesse outros”
O
conhecimento de Deus, vem de forma intelectual, essa é a primeira condição. O
fato de crer que Deus existe é o primeiro passo, para uma comunhão plena com
ele, mas desejo lembrar que uma simples crença na existência de Deus, não nos
coloca em comunhão com Ele, as escrituras afirmam que os demônios também creem
(Tiago 2:19) porém aos homens é dado o privilegio de conhecer a Deus buscando a
sua presença e amando a Ele com a obediência. As escrituras nos exortam a
buscar ao Senhor enquanto se pode achar, e invoca-lo enquanto Ele esta perto.
Ainda devo alertar ao fato de que devemos conhecer o Deus verdadeiro, ai entra
a dimensão teológica. O Deus revelado nas escrituras, não um deus falso,
inventado pela imaginação humana, mas o Deus Verdadeiro, Imortal, invisível mas
real, Soberano, justo e Santo. O Salmista tinha sede de relacionamento com esse
Deus (Salmos 42:2)
A
existência de Deus é um fato, quando um homem começa a negar a existência de um
Deus soberano, que existe lá fora do seu coração, acaba por divinizar a sua
própria razão dentro da sua cabeça. A existência de Deus é o alicerce da
verdadeira justiça, é o fundamento de uma verdadeira esperança. Como disse
certa vez Robert Horn “Deus não deve ser provado, mas proclamado, não
discutido, mas aceito”. Muitos ateus acabam lutando contra a ideia de um deus
re-imaginado por eles mesmos. De fato, elaboram ideias absurdas sobre uma
divindade e então concluem que tal divindade não existe. Mas o Deus Criador de
Todas as coisas, revelado nas escrituras, é um Deus verdadeiro, o ateísmo é o
contrario do teísmo. Desde o berço da civilização, o homem crê em Deus, a fé do
Deus de Abraão, é uma fé remota, cuja antiguidade foge completamente da
historia dos homens, ela é testificada nas escrituras, através do encontro de
Abraão com Melquisedeque, rei de Salem (antiga Jerusalém) aqui há um profundo
mistério, porque Melquisedeque, tinha um estandarte, tinha uma fé, era um
sacerdote, e cria em um Deus Soberano, o mesmo que se relevou para Abrão, o
mesmo que se revelou para Moisés no Sinai, o Deus das escrituras. Melquisedeque
era sacerdote do Deus altíssimo, sobre esse personagem fica um grande mistério,
não desvendado completamente pelas escrituras, e prova que numa antiguidade
muito remota, desde os tempos primevos, havia um remanescente vindo da
civilização adâmica, que permanecia fiel ao culto e a crença ao verdadeiro
Deus, Criador e mantenedor de todas as coisas (Para saber mais sobre
Melquisedeque leia Hebreus 7 e Genesis 14:18 a 24).
O
conhecimento teológico nos capacita a conhecer que Deus é Triuno, pessoal,
eterno, soberano, Santo, etc. ele deseja ter um relacionamento intimo com os
homens, e pode fazer isso. No capitulo 33 de Êxodo, O Senhor diz a Moisés: “Irá
a minha presença contigo, para te fazer descansar” (Êxodo 33:14) Como Deus é
onipresente, então há duas formas de presença, sendo Ele onipresente, sua
presença está em todos os lugares, mas há a presença manifesta do Senhor, o que
difere completamente da sua presença por onipresença. Deus se manifesta no
Sinai, Fala com Abraão, Pelo Espírito Santo se manifesta no Pentecostes, no
monte da transfiguração se revela aos apóstolos ali presentes, sua glória
encheu o templo de Salomão, Ele está lá na sarça ardente, tem um encontro na
virada do dia com Adão e Eva, Escreve a sentença a belsazar, na parede de seu
palácio, Fala com Samuel, Conversou com Jó através de um redemoinho, etc. essas
são manifestações especiais, onde Deus revelou a sua glória a sua vontade e
suas virtudes no espaço e no tempo.
O
Conhecimento de Deus vem por meio do estudo aprofundado e dedicado das
escrituras sagradas e de uma vida de oração e comunhão constante com Ele. Deus
é o centro da felicidade do homem, enquanto ele não descobrir que a comunhão
com Deus é o ato mais elevado que um homem pode realizar e experimentar nessa
vida, nada terá sentido verdadeira nessa existência. A felicidade não consiste
em ter tudo o que Deus nos dá, mas sim ter a Deus que nos dá todas as coisas.
Concordo com Lewis Sperry Chafer quando afirma que: “Para o homem regenerado,
Deus é real, e na confiança de que Deus é o criador e Senhor de todas as
coisas, ele encontra satisfação e certeza”
“Apresse-se
em ter o mais intimo relacionamento com Ele” (Madame Guyon)
PERCEPÇÃO
“Devemos
crer que Deus é grande sem medida, eterno sem tempo, e que contém todas as
coisas sem limite: e quando nossos pensamentos chegarem ao ápice, paremos,
maravilhemo-nos e adoremo-lo.” (Joseph Hall)
“Resolvi,
então, dar tudo a quem é TUDO e dei-me completamente a Ele” (Irmão Lawrence)
Adão
tinha percepção da presença de Deus, Moisés tinha percepção da manifestação da
presença de Deus. Encontramos varias passagens nas escrituras da presença manifesta
de Deus, porém nem sempre a manifestação é visível aos olhos naturais, Jesus
abriu as chaves da vida espiritual para a mulher samaritana, desde então poucos
entendem isso, mas Jesus explicou a mulher, que os verdadeiros adoradores
adorarão ao Senhor em espírito e em verdade. (João 4:24) esse é uma revelação
muito profunda e maravilhosa. Paulo também afirmou: “Mas o que se ajunta com o
Senhor é um mesmo espírito” Há uma comunhão intima, sua presença é real porque
Ele é onipresente, e desde que foi inaugurada a nova aliança, o homem
regenerado tornou-se o templo do Espírito Santo do Senhor. Aqui temos algo que
a maioria não entende, a maior parte dos cristãos não percebem a importância
dessa doutrina concreta, nosso corpo é o templo, a presença de Deus vem até
nós, daí o termo de ser cheio do Espírito Santo. “Ou não sabeis que o vosso
corpo é o templo do Espírito Santo que habita em vós, proveniente de Deus, e
que não sóis de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom preço, glorificai
pois a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus. O
intelecto e a percepção do homem caído são deficientes, porque o pecado altera
a visão das coisas espirituais, Paulo afirma que o homem natural não compreende
as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura, e não pode
entende-las, porque elas se discernem espiritualmente. (I Coríntios 2:14). A
percepção das coisas espirituais, concernente a Deus, vem por intermédio de uma
vida devota, controlada pelo Espirito Santo agindo no nosso coração. Em Mateus
13:14 a 16, Jesus fala sobre a percepção.
Ele acusa o povo de ver e não perceber porque o coração está endurecido.
Um coração endurecido só serve para germinar o engano, o pecado incrusta
sujeira ao redor do coração, impedindo que a luz do evangelho penetre nele. A
percepção vem através de um coração sensível, quebrantado, humilde. Jesus falsa
que precisamos ouvir com os ouvidos e compreender com o coração, então essa é a
regra áurea para se ter percepção das coisas espirituais, precisamos compreender
com o coração. Não devemos somente ouvir, mas ter nosso coração preparado para
entender, as realidades espirituais. Isso me faz lembrar sobre outra passagem
em que o Senhor Jesus Cristo afirma que o conhecimento da verdade nos
libertará. A verdade que Cristo proclama, que conduz a libertação, também pode
ser entendido como a realidade, então podemos também ler a a firmação de Jesus
dentro dessa perspectiva; Conhecereis a realidade e a realidade vos libertará.
(João 14:6). Que realidade? Deus é a realidade de todas as realidades, é Ele
que mantém todas as realidades e sustenta-as. A realidade de que Deus existe, é
pessoal, onipresente, mas também é Pai, e podemos desfrutar de uma comunhão com
Ele agora, no tempo presente. A ideia de que precisamos morrer e ir para a
glória para termos comunhão e estar com o Senhor, é uma verdade parcial, porque
podemos ter comunhão, sentir a presença dele e desfrutar de uma intimidade com
Ele aqui nessa vida. Ou como disse Chafer: “Espiritualidade não é um ideal para
ser vivido no futuro, é para ser experimentado agora mesmo”. Perceber as
verdades das escrituras concernentes a Deus e a comunhão com Ele, nos capacita
a viver a plenitude da vida espiritual. Precisamos porém ter essa sede, esse
anseio, dentro de nós deve existir uma paixão, um fervor, Jesus afirmou: “Quem
tem sede venha a mim e beba”(João 7:37) é preciso que se tenha no mínimo um
desejo criterioso e uma decisão de busca constante. “E buscar-me-eis, e me
achareis, quando me buscardes com todo o vosso coração” (Jeremias 29:13) A
busca precisa ser intensa, apaixonada, incessante, de todo o coração. Porque
Ele é o Deus de perto e também o Deus de longe, ele está perto de nós, sua
presença enche todo o universo, como o salmista devemos ter a santa decisão
“Mas para mim, bom é aproximar-me de Deus” (Salmos 73:28) Tiago aconselha algo
similar: “Chegai-vos pois a Deus, e ele se chagará a vós. Alimpai as mãos
pecadores, e, vós de duplo animo , purificai os corações” (Tiago 4:8) Mas como
podemos purificar o nosso coração para termos uma percepção mais profunda de
Deus? Pedro nos dá a resposta: “Purificando as vossas almas pelo Espírito na
obediência a verdade” (I Pedro 1;22) Trilhando esse caminho, teremos a
possibilidade de progredir numa vida profundamente equilibrada pela percepção
das coisas verdadeiras, então estaremos indo de encontro ao que o Senhor Jesus
afirmou: “Bem aventurado os puros de coração, porque eles verão a Deus” (Mateus
5:8). A percepção da presença de Deus é uma experiência possível, desde quase cumpra
as condições descrita nas escrituras, como tenho exposto aqui. Devemos buscá-lo
de todo o nosso coração, ter uma vida de piedade progressiva, achegar-se a Ele,
busca-lo com toda a intensidade, nutrir um amor muito grande por Ele. O homem
foi feito originalmente, para ter um relacionamento com o Criador, depois da
queda, perdemos a percepção, o pecado ergueu-se como um muro que fez separação,
nossas iniquidades nos separam da presença de Deus, quando nos arrependemos, e
nos convertemos, essa união com Deus é restaurada, embora poucos entendam isso,
a redenção efetuado pelo Senhor Jesus Cristo na cruz do calvário, nos deu o
privilegio de novamente ter uma comunhão intima com Deus, sentir a sua presença
e fazer a sua vontade. A vida cristã é a comunhão com o Deus Triuno, isso é um
tesouro espiritual muito valioso, como disse o irmão Frank Laubach e o Irmão
Lawrence: “Como esse tesouro é infinito. Quanto mais alguém procura atarvés
dele, mais encontra. Quanto mais se trabalha nele, mais riquezas se ganha. Não
nos deixemos abater pelo cansaço e jamais paremos de procurar e explorar a
fundo esse tesouro.”
A
meta de quem deseja ter percepção espiritual, é ter uma mente mais pura, um
coração consagrado ao Senhor. Por isso devemos transcorrer a nossa vida
disciplinando a nossa mente, dedicando o nosso coração a buscar as coisas mais
nobres e excelentes, uma percepção espiritual só é possível quando trilhamos
essa senda, ter intuição espiritual é lago maravilhoso,olhe para a vida dos
homens santos do cristianismo, eles tinham uma percepção magnífica de Deus, a
intuição deles era nobre porque o coração era consagrado. A busca era intensa,
seja perscrutando os tesouros das escrituras ou em fervorosa oração secreta,
tinha uma devoção sincera e pura, tão intenso era o amor de tais, que o coração
parecia um sol a iluminar e aquecer a alma. Quando temos percepção nosso
conhecimento se torna mais aguçado, nossa sabedoria torna-se elevada, e
estaremos mais flexíveis para fazer a vontade de Deus. Nossos sentimentos
tornam-se sensíveis, nossa fé torna-se mais acesa, nossa busca mais sublime e
nossa adoração mais fervorosa. Talvez esse nível de vida espiritual não seja
muito simples, o grande desafio da vida cristã, é satisfazer a Deus e não a nós
mesmos, e uma grande verdade, é que Deus Pai deseja tanto ter comunhão com seus
filhos, que suportou a dor de ter dado seu próprio Filho para morrer na cruz,
foi através da obra redentora e sofredora de Cristo, através de sua carne
rasgada e seu sangue derramado, que um caminho se abriu, como afirma o autor
aos Hebreus: “Tendo, pois, irmãos, ousadia para entrar no santuário, pelo
sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto
é, pela sua carne, e tendo um grande sacerdote sobre a casa de Deus, cheguemo-nos
com verdadeiro coração, em inteira certeza de fé, tendo os corações purificados
da má consciência, e o corpo lavado com água limpa, retenhamos firmes a
confissão da nossa esperança, porque fiel é o que prometeu” (Hebreus 10:19 a
23) Deus deu seu Filho amado, para morrer na cruz, na vergonha de uma morte
abominável, porque ele queria derrubar a parede da separação, queria restaurar
a comunhão completa com o homem. Devemos olhar para a obra da cruz, e perceber
que lá tantas coisas tornaram-se possíveis, por causa de Cristo, perdão,
salvação, libertação, redenção, expiação, o preço foi muito alto, mas agora é
possível perceber a presença de Deus. E Deus quer ficar satisfeito com o nosso
empenho em entender essas preciosas verdades, mas também deseja que coloquemos
em pratica essas benditas verdades. Por isso, vale esse conselho: “Seja a que
preço for, é preciso que Deus fique satisfeito” (Claudio La Colombiere)
Os
meios para se adquiri a percepção são simples, em primeiro lugar é a exposição
das escrituras que concede luz a luz do entendimento para os símplices (Salmos
119:130). A pregação da palavra por parte dos responsáveis na liderança de um
grupo de cristãos, mas o estudo perspicaz das escrituras, nos dará a
possibilidade de uma percepção sensível. O almejo do salmista era: “Desvenda os
meus olhos para que eu contemple as maravilhas da tua lei”(Salmos 119:18) Paulo
também orava, para os olhos do entendimento pudesse estar acesos para as
realidades espirituais que ele pregava de forma tão extraordinária (Efésios
1:118). Tanto para um estudo prolongado quanto para a assistência a sermões
expositivos, cada cristão precisa exercitar a sua paciência. Porque estamos
vivendo em tempos que o culto é transformado em entretenimentos, shows, e
coisas dessa natureza, de forma tal que a natureza carnal do homem, ao invés de
ser mortificada, ganha força. Nosso estilo de adoração, sofreu muitas
influencias pagãs, e é tempo de voltarmos as raízes da Igreja do Novo
Testamento, onde a palavra era pregada, ensinada e os cristãos tinham uma
experiência muito real com Deus. É a paciência e a dedicação que nos conduz ao
caminho do entendimento: “O longânimo é grande em entendimento, mas o que é de
espírito impaciente mostra a sua loucura” (Proverbios 14:29).Com a exposição e
leitura dedicada da palavra, precisamos também meditar muito, nos conselhos de
Deus, buscar uma intimidade com a Palavra de Deus, ter o nosso coração cheio da
palavra de Deus, prepara o nosso coração a ser receptivo ao autor das
escrituras.
Em
segundo lugar, temos a oração, principalmente a oração em secreto (Mateus 6;4)
a oração é um dialogo, uma comunicação sagrada com o Altíssimo. No lugar
secreto, podemos estar na presença de Deus, aquele em que Salomão descreve de
maneira tão maravilhosa “Os olhos do Senhor estão em todo lugar, contemplando
os maus e os bons.” (Provérbios 15:3). No Salmo 139, o Salmista descreve a
presença de Deus como sendo algo bem real. Nada pode estar fora do alcance do
Espírito do Senhor, então somos nos que devemos ter uma abertura espiritual
interior pelo qual possamos contemplar e desfrutar a presença de Deus. Nosso
coração deve estar preparado para essa comunhão, nosso espírito se une com o
Espírito do Senhor, e então temos uma comunhão intima maravilhosa, duradoura. É
o céu na terra. Marcos Barrientos, famoso ministro de louvor, certa vez
afirmou: “A presença de deus é o lugar mais importante para o crente. É o lugar
onde o Senhor nos recorda do seu amor e da sua graça. É o lugar onde recebemos
a paz de Deus. Deve ser o lugar mais desejado para o crente” mas para que isso
seja realmente um anseio em nosso coração, precisamos ter algo além da nossa
fé. Precisamos ter afeto por Deus.
AFETO
Amar
ao senhor de todo o nosso coração, força e pensamento, é algo com que devemos
atentar com paciência e confrontar com os nossos sentimentos.
Um
dos versículos que sempre meditei, desde cedo me cativou foi o salmo 27:4 “Uma
coisa pedi ao Senhor e a buscarei:que possa morar na casa do Senhor todos os
dias da minha, para contemplar a formosura, e inquirir no seu templo”. Aqui
está um homem que tinha um grande anseio produzido por um extremo afeto ao
Senhor, gosto de uma fase de Elizabete da Trindade, porque talvez, nas palavras
delas, se encontra a essência do anseio do salmista “Deus é o principio e o vinculo
indissolúvel de toda a amizade verdadeira e profunda” Achegar-se a Deus, buscar
a sua presença, ter comunhão permanente com Ele, só é possível, quando nutrimos
uma amor muito grande. O homem de coração nobre, cujos sentimentos santificados
pela palavra e pela glória da Deus entende que o afeto nos impulsiona sempre a
amar de forma inesgotável e duradoura, aquilo que é alvo do nosso amor. A quem
amamos, pensamos, buscamos, queremos companhia, queremos o desfrute da
presença, queremos a intimidade. A força de uma paixão move o nosso coração em
direção a quem tanto amamos. Ao invés de nutrirmos paixões ilusórias, devemos
fortalecer o amor dentro do nosso coração. Madame Guyon adverte: A queda da
santidade interior é inquestionavelmente a razão de muitos pecados terem
aparecido no mundo.” Como o nosso coração é fonte e terra fértil, onde um
pequeno pecado cresce e torna-se em uma ação exterior, como o mal entra e
floresce e frutifica dentro de nós, assim também o amor cresce, bem como as
virtudes santas de Cristo, Nosso Senhor. Arrancar o mal e cultivar o bem, é uma
luta constante dentro de nós, mas desenvolver uma paixão, um amor incandescente
e fervoroso por Deus, nos faz com que o desejo de estar com Ele torne-se lago
tão necessário quanto o respirar e comer. É preciso que nosso coração esteja
puro, para que amor cresça sem medidas dentro de nós, quando nosso coração é
purificado, o Espírito Santo nos conduz a presença de Deus de forma plena.
Chafer diz”Ser guiado pelo Espírito, é ser levado através das mais puras
relações que jamais o coração pode conceber”
Num
tempo em que notamos que a iniquidade se multiplica e o amor se esfria, devemos
dedicar mais e mais, para que a chama do amor seja mais intensa dentro de nosso
coração. Sem um amor verdadeiro pelo Senhor, não haverá um motivo santo em
busca-lo de todo o nosso coração. Muitos estão procurando ao Senhor por motivos
errados. Querem algo e não Alguém, estão em busca de bênçãos e coisas, e não
ter comunhão com uma pessoa. Na verdade o afeto dessa gente é em coisas
passageiras. Quando povo de Israel saiu do Egito, murmuravam com Deus por causa
da comida e da bebida. O centro da atenção e do afeto deles era o material. Não
que isso não seja importante, mas enquanto que a comida sustenta a vida física,
o Senhor sustenta a nossa vida espiritual. Enquanto que a água e o pão
sustentam a nossa vida biológica, é o Senhor que sustenta a vida eterna. Quando nosso ego está destronado, e o alvo do
nosso amor é o Senhor, com certeza, nossa intimidade com Ele será bem sucedida.
Mas o Ego é um tirano que deseja os aplausos do mundo, deseja ser o centro de
nosso ser, quer orbitar no nosso coração, e fazer com que tudo tenha a atenção
voltada para ele. Assim trava-se uma guerra em nosso interior, porque nosso
ego, quer roubar uma atenção que não lhe pertence, exige um amor que não deve
ser dele, quer um afeto que não tem direito. Moody certa vez disse: “Deus tem
dois tronos, um no mais alto dos céus, e outro nos mais humilde dos corações”.
Então estamos certos de que o amor torna-se intenso na medida em que nosso ego
morre dentro de nós, o ego é a personalidade da natureza carnal, devemos tratar
desse tirano que quer dominar a nossa vida interior, e tomar total controle de
nossa personalidade e de nosso coração. Na verdade, se o ego não for
destronado, não pode haver purificação de nosso coração. Posso concluir com certeza que se o nosso
coração for puro, a semente do amor a Deus nasce com vigor dentro dele, mas se
há nele sujeira, só a semente da rebelião pode nascer lá dentro. Desejo alertar
que nunca devemos purificar o nosso coração para confiar nele, devemos
purificar o coração para confiar no Senhor que vem morar nele, Wiley e
Culberson assim explica: “A bíblia insiste em que devemos ter santidade de
coração, mas não podemos confiar num coração santo, apenas podemos confiar
naquele que mora dentro de tal coração”.
Uma
vez que o afeto ao Senhor é verdadeiro, o desejo intenso que brota no coração é
amar a Ele, buscar sua presença, ler as escrituras e estudá-las com dedicação.
Quem ama a Deus ama também a sua lei e seus estatutos. A alma devota ao Senhor
ama a correção, procura progredir na vida de santidade e temor. Tem percepção
do prejuízo imenso na falta de oração, ou quando deixa de assistir uma reunião
onde a palavra de Deus é pregada e o Deus soberano é cultuado. Há uma paixão
cativante pelo Deus de Abraão de Isaque e de Jacó. A busca pela presença de
Deus, o desejo de comunhão com Ele cresce, e o coração fica completamente
voltado para o trono da graça de Deus. É o afeto, o amor que temos com Deus que
nos impulsiona buscá-lo, e a intensidade dessa busca, revela o caráter e o
quilate de nosso amor por Ele.
O
afeto também é a nossa única maneira de retribuir a Deus, por te dado seu Filho
amado para morrer na cruz em nosso lugar, levando sobre si as nossas
iniquidades. Não temos como pagar um preço de tão grande, o que nos resta é amar da melhor maneira
possível, com toda a força do nossos coração, isso seria o mínimo que uma pessoa
devota poderia fazer. A gratidão pelo fato da sua misericórdia do Senhor ser a
causa de não sermos consumidos, nos coloca num patamar de revelação e
compreensão tão elevado, que nos impulsiona a viver amando a Deus e dando lhes
graça em tudo, até o momento final da nossa vida aqui nesse mundo. Um coração
grato, é um coração com grande teor espiritual, Deus se compraz disso, se
alegra com o nosso amor, se ele for sincero e verdadeiro. O coração devoto, com
um afeto verdadeiro é capaz de vivenciar uma espiritualidade incompreensível ao
homem natural, o homem espiritual caminha pela senda dos prodígios, enquanto o
homem natural caminha apenas pelo caminho das coisas naturais. Não importa o
quanto pareça estranho tal coisa. Mas na sublimidade dos palácios egípcios
Moisés contemplou só as glórias passageiras de um mundo caído, somente quando a
sua consciência clareou na solitude de um deserto, é que a sarça ardente foi
uma experiência aos seus olhos. Mas muito mais do que uma experiência visual,
houve uma mudança radical no seu ministério, no foco da sua vida, nos seus
projetos, Moisés saiu do Egito como um homem que conhecia a Deus agora ele
retorna como um homem que tem experiência com Deus. É uma diferença muito grande, pois o deserto
foi o local que marcou a vida e o rumo da vida de Moisés, dali para frente a
sua percepção, seu amor, seu ministério e sua experiência com Deus seria
diferente, completamente diferente.
Creio
que agora posso desafia-lo a medir a natureza e fervor de seu amor por Deus.
Confrontar a realidade, e isso é importante, pois não amar a Deus de todo o
nosso coração, alma e pensamento, é uma falha na estrutura principal da nossa
espiritualidade. Esse deve ser nosso ideal supremo: amar a Deus com o amor mais
intenso que possamos ter. Não importa o custo, esse deve ser o foco, o objetivo
da vida cristã. Mas faço uma breve advertência: Um ideal não pode perder nem a
sua força, nem a sua profundidade. De outra forma, ele perde o sentido e
dissolve-se completamente numa vida superficial. O nosso caráter, a nossa vida
espiritual e o nosso coração vai ganhar a forma de acordo com aquilo que
amamos. Ser participante da natureza divina, não é tornar-se um deus, é ter um
caráter análogo ao caráter de Deus, porque o coração tanto absorve a escuridão
do pecado, quando é ímpio, como também reflete a glória do Santíssimo, quando
ama o Deus Santíssimo.
Aplica-te
a amar a Deus e a cultivar os mais nobres sentimentos por Ele,seja esse o teu
mais precioso labor, emprega todas as tuas faculdades para isso, o teu coração
sempre esteja voltado para a vida espiritual, e busque a todo o custo, ter uma
profunda intuição espiritual
Desfrute
Madame
Guyon ensina: “Você deve estar ciente da presença de Deus, sem interrupção,
durante todo o dia. Logo que seus olhos se fechem em oração, será abençoado
pela satisfação da comunhão com Ele, a qual não deve ser interrompida por
situações externas.” Como Deus é Onipresente, real e pessoal, seria uma
contradição afirmar que seria impossível uma comunhão com Ele. Jesus mesmo
afirmou de forma clara: “Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai
o amará, e viremos para ele, e faremos nele morada” (João 14:23) eu não sei
qual o grau de realidade que os estudantes das escrituras colocam sobre esse
assunto, essa afirmativa de Cristo Jesus o Senhor, tem um sentido claro, nós
somos uma morada espiritual, e ela deve ser ocupada por Deus, pelo Deus triuno.
O homem foi criado de maneira que tivesse comunhão pessoal com o seu Criador,
uma comunhão plena e perfeita. Na queda, essa comunhão foi interrompida,
quebrada e destruída. A restauração foi possível, por iniciativa divina, a
misericórdia de Deus agiu a nosso favor. O Senhor Jesus nos ensina algo
importante em Mateus 12:43 a 45. Nessa passagem ele explica que o espírito
imundo tem saído do homem, anda por lugares áridos buscando repouso, se não
encontra, ele diz consigo mesmo que voltará para a sua casa, de onde tinha
saído, e voltando, acha ela desocupada, varrida e adornada, então o espírito
imundo volta pra ocupar essa casa e leva com ele sete espíritos piores do que ele,
sendo que o estado de tal pessoa ficará pior do que antes. A bíblia é clara em
ensinar que nosso homem interior é um abrigo, uma casa, que pode ser ocupada
por seres espirituais, mas que deve ser ocupada somente por Deus, o nosso
criador. Quando o Senhor mora em nós, isso é uma santa ocupação, quando
espíritos imundos ocupam essa casa, então o que temos é uma invasão, ou um
assentamento concedido aos espíritos imundos, por causa do direito que alguém
dá através da pratica do pecado ou associações com o mundo das trevas. Nosso
tema aqui não é sobre guerra espiritual, apenas estou dando uma pequena ênfase
sobre o fato de que somos criados por Deus de uma forma tão perfeita, que há
espaço dentro de nós para que ele mesmo possa habitar e presidir a nossa vida.
Outro fato interessante, é que o homem caído também começou a forjar deuses
falsos na sua imaginação. Esses deuses falsos inventados, servem de mascaras
para os espíritos enganadores, por causa disso, muitos usam a identidade
roubada das invenções da imaginação humana, para terem direito de entrarem e
invadirem o coração humano, para receberem devoção, adoração e louvor, que
deveriam ser dirigidos somente a Deus. Há deuses falsos inventados pela
imaginação humana, mas também há um verdadeiro que criou a imaginação do homem.
O
Senhor nos chamou para uma comunhão. Fomos criados para essa conexão
espiritual, desde o começo, lendo os primeiros capítulos de Genesis,
descobrimos essa doce realidade, Deus criou o homem para que houvesse uma
relação amistosa, por mais formoso que
fosse o Jardim, por mais pacifico e harmonioso que fosse o ambiente, a
plenitude da felicidade no Jardim era a presença de Deus. Acho que esse
principio, esse caminho para a verdadeira felicidade é único. Não existe outro
meio de experiência para um sentido exato da nossa vida. Porque vivemos? Porque
estamos aqui? São perguntas filosóficas que ecoam do profundo do coração
humano. Somos criados para adorar, para termos comunhão com Deus, para
desfrutarmos de uma intimidade com o Criador, e quando a presença é real, a
experiência do Salmista também é a nossa experiência, pois que no salmo 23,
lemos que a declaração da presença e o desfrute da presença de Deus nos trás a
segurança interior, ainda que tudo a nossa volta pareça desmoronar. “Ainda que
eu andasse pelo vale da sombra da morte, Tu estás comigo”. Algumas almas
devotas anseiam o céu, e desejam estar com Cristo, pois isso é bem melhor.
Paulo tinha esse anseio, para ele o viver era Cristo e o morrer era lucro. Mas
a adoração, a vida de desfrute da presença de Deus aqui nessa vida, faz com que
parte da experiência do Céu possa ser desfrutada aqui, pela presença
maravilhosa e preciosa de Deus. É no ato
de adoração constante e sincera que nos aproximamos mais com os habitantes do
Céu. Tanto em semelhança como em ação. O caráter do adorador torna-se celestial
quando ele adora a Deus aqui na terra, pois ali no céu, salvos e toda a
hierarquia de seres criados adoram e se prostram diante daquele que é digno de
receber toda a adoração, todo louvor e toda a glória. Como descreve de modo tão
belo, tão extraordinário Apocalipse 4, e no versículo 10, no ápice da adoração,
do culto celeste vinte e quatro anciãos se prostram diante do Altíssimo, numa
adoração extrema, pura e sincera. É quando a nossa adoração torna=se radical e
extrema, que começamos a ser homens redimidos com características celestiais.
“Os vinte e quatro anciãos prostravam-se diante do que estava assentado no
trono, e adoravam o que vive para sempre, e lançavam as suas coroas diante do
Trono dizendo: Digno és Senhor de receber glória, e honra, e poder, porque tu
criaste todas as coisas e por tua vontade são e foram criadas” (Apocalipse 4:10
e 11) Se você não tem coroas, lance seu coração, lance seu amor perante o
trono, porque você agora tem esse acesso, Cristo abriu um novo e vivo caminho
através da sua carne e do seu sangue “Tendo pois irmãos ousadia para
entrar no santuário pelo sangue de
Jesus. Pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou, pelo véu, isto é, pela
sua carne” (Hebreus 10:19 e 20) “Cheguemos, pois com ousadia ao trono da graça,
para que possamos alcançar misericórdia e achar graça a fim de sermos ajudados
em tempo oportuno” (Hebreus 4:16). Assim como os vinte e quatro anciãos
desfrutam da presença de Deus diante do trono daquele que rege todo o universo,
nós também somos convocados a se prostrar desse trono pela fé, com a mesma
intensidade de amor, zelo e temor. Desfrutar de uma presença gloriosa, mesmo
que não haja coroas, mesmo que não haja nada mais do que o nosso coração, nossa
gratidão, nosso amor, nosso respeito, mas contudo devemos nos prostrar jogar
tudo o que temos diante do trono do Altíssimo. Mesmo quando não estamos
prostrados em oração e adoração, podemos ainda mesmo assim, buscar e desfrutar
da presença de Deus, a forma radical como o Salmista falou sobre a experiência
descrita anteriormente, a desfrutar de uma presença mesmo no vale da sombra da
morte. Somos chamados a ter uma busca constante dentro do nosso coração, Paulo
fala sobre isso: “Portanto se já ressuscitaste com Cristo, buscai as coisas que
são de cima, onde Cristo está assentado a destra de Deus. Pensai nas coisas que
são de cima, e não nas que são da terra, porque já estais mortos, e a vossa
vida está escondida em Deus” (Colossenses 3:1 a 3) Nunca que esse texto de
Paulo ganha tanta luz, quando o fato é o cultivo de uma comunhão muito intima
com Deus e um desfrute permanente da sua presença, quando todo o nosso ser esta
completamente voltado para as coisas celestes. Porque nós somos breves na nossa
existência terrena, a vida é frágil e é sustentada por um breve fio de
existência terrena, mas Deus é a fonte eterna que nos dá a vida que nunca se
acaba.
Sem
duvida alguma que a finalidade da vida e a essência de nossa existência é amar
fervorosamente a Deus em santa obediência ao evangelho, para que venhamos
experimentar plenitude de vida, profundidade de sabedoria, percepção
espiritual, serenidade interior, e uma vida frutífera em sua maravilhosa
presença.
“O
meu amado desceu ao seu jardim, aos canteiros de balsamo, para apascentar nos
jardins e para colher lírios. Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu: Ele
apascenta entre os lírios” (Cantares de Salomão 6:2 e 3) todo o amor verdadeiro
é unido pelo laço da intimidade, todo o verdadeiro amor é nutrido pela luz do
coração. É lá dentro, que existe a habitação consagrada aos que amamos, levamos
conosco dentro de nós, tudo o que amamos de verdade. Nosso coração é tão
profundo na sua essência, que nutrimos o amor, cultivamos e desfrutamos da
presença do que amamos, mesmo que reste apenas uma lembrança. Um coração
consagrado é uma arca sagrada, onde o Senhor deposita os tesouros celestes.
Deus desce ao jardim do nosso coração, faz morada dentro de nós, Ele é o nosso
amado, e nós somos dele. Que intimidade! Que relacionamento maravilhoso!
A
força da vida está no amor a Deus, também sabemos que é viver para Cristo que
nos experimentamos a verdadeira esperança. Fora de Cristo não há verdadeira
esperança, não há verdadeira felicidade. Laubach afirma: “Eu descobri que
podemos nos fortalecer no sentido da presença de Deus, conversando
continuamente com Ele. É simplesmente vergonhoso abandonar a conversação com
Deus para pensar em trivialidades e coisas tolas. Precisamos alimentar e nutrir
a nossa alma com grandes ideias sobre Deus, as quais produzirão grande alegria”
Madame Guyon também ensina: “Você deve estar ciente da presença de Deus sem
interrupção, durante todo o seu dia. Logo que seus olhos se fechem em oração,
será abençoado pela satisfação da comunhão com Ele, a qual não deve ser
interrompida por situações externas”
Veja
bem, amado leitor, que o Salmista tinha um anelo santo ao declarar: “Envia a
tua luz e a tua verdade e a tua verdade, para que me guiem, e me levem ao teu
santo monte, e aos teus tabernáculos. Então irei ao altar de Deus, a Deus, que
é a minha alegria, e com harpa te louvarei ó Deus, Deus meu”! (Salmos 43: 3 a
4). John Piper afirmou que o oficio dos puritanos era “Deliciar-se na presença
do Senhor”. Havia um alvo muito elevado na vida devocional dos puritanos, bem
como na vida do salmista: desfrutar de uma presença que trouxesse verdadeira
felicidade, que fosse a fonte de uma autentica alegria. Sem duvida, muitos
cristãos presenciaram e experimentaram essa tão grande alegria, encontraram em
Deus e no desfrute de sua presença, uma fonte perene de verdadeira e profunda
felicidade. Hoje a satisfação dos cristãos está em conquistas exteriores, e
posses de coisas materiais. A maioria dos cristãos foram atraídos para os
templos, por motivações erradas, e ainda estão seguindo a Deus por motivações
erradas. Hoje muitos procuram um utilitarista, uma divindade serva, que se
prostre diante dos caprichos humanos, ou que atenda todas as nossas vontades
egoístas. Um deus empregado. Essa divindade nada a tem a ver com o Deus
revelado nas escrituras, que os santos tiveram comunhão e um relacionamento
verdadeiro.
A
alegria vem em nos apropriarmos de algo que preencha nossa necessidade de
satisfação. O mundo anda desenfreado em busca de coisas que tragam felicidade e
alegria. A sociedade se move nessa direção. Buscar algo que traga satisfação
plena de existência. A vida materialista nos remete ao engano de que possuindo
coisas passageiras, então teremos alegria e plena felicidade. Jeremias
Burroughs, escreveu um precioso livro sobre a felicidade cristã (O
Contentamento: Uma Joia Rara) Ele ensina que a felicidade do cristão é um
enigma, porque os problemas não precisam ser resolvidos completamente para se
experimente a alegria da vida em Cristo. Na verdade a vida aqui nesse mundo é
cheia de problemas, isso jamais impede um cristão de andar com Deus, e de
desfrutar de sua presença e ser Burroughs começa o seu tratado sobre
contentamento citando Filipenses 4;11 e 12, onde o Apostolo amado, afirma que
aprendeu a estar contente com o que tem. Na verdade, embora o contexto fale
sobre a verdade de que servindo a Deus, Paulo não está isento de dores,
problemas e decepções, há algo mais profundo na declaração de Paulo, porque um
estudo bem atencioso das epistolas que ele escreveu durante a sua carreira
cristã, a experiência e as revelações que teve a respeito da vida espiritual devota
são ricas em evidencias sobre o verdadeiro sentido da vida e a experiência da
verdadeira alegria. O foco de Paulo é sempre o Senhor. Paulo tinha um coração
cristocentrico, e isso fazia com que as coisas espirituais tivessem um valor
muito grande sobre a sua espiritualidade. Seria algo mais ou menos assim: Paulo
sentia a necessidade da permissão da dor e das dificuldades, como um meio da
glória de Deus resplandecer sobre a sua vida, assim como a noite mais intensa
faz reinar a escuridão sobre todas as coisas, para as estrelas brilhem com mais
intensidade sobre os céus. A felicidade de Paulo, o desfrute da alegria, não
era dependente de coisas passageiras, por isso ela era perene, porque era uma
felicidade que vinha do Deus eterno, do desfrute em amar, servir, contemplar e
sentir a presença do eterno, portanto é lógico que a felicidade que sentia,
refletia o caráter de Deus. Pessoas que querem alcançar uma felicidade através
de coisas passageiras terão sempre uma felicidade que se acaba almas que querem
ter Deus como a própria felicidade, terá uma felicidade tão eterna, quanto o
Deus que é eterno.
Finalmente
desejo ressaltar que concordo plenamente com A. W.Tozer quando afirma: “O
verdadeiro ideal do cristão não é ser feliz, é ser santo”. Porque concordo com
ele? O autor aos Hebreus exorta que devemos buscar a paz com todos (com Deus
também!) e as santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor (Hebreus 4:12). A
felicidade é uma consequência, não um fim em si mesmo. Ela é uma consequência
de sermos santos. Porque a santidade é o caminho estreito quer faz com um homem
ande com Deus nesse mundo e viva com Deus na eternidade. Assim como o caminho
da fé é o caminho do milagre e o caminho do milagre é o caminho da fé, também
santidade é o caminho para Deus e Deus anda pelo caminho da santidade. No
caminho da santidade não pode existir orgulho e mundanismo. Deve ser o caminho
da entrega total e da consagração. Humilhar-se totalmente perante Deus, é um
meio de proteger-se contra qualquer tipo de orgulho. Precisamos olhar para a
cruz. Nela foi realizada uma obra de redenção. A cruz tem um significado
profundo na vida de quem reconhece ser um grande pecador, e não na vida de quem
nutre o sentimento de ser um grande homem de Deus. Além disso, a vida com Deus
tem uma liberdade que só os santos podem experimentar. A verdadeira liberdade
não é livrar-se da presença de Deus, para se fazer o que quiser, mas é viver em
comunhão com Ele, para fazer a vontade dele. O desfrute da presença de Deus só
é possível quando levamos em conta os aspectos espirituais contidos nesse
tratado.
Esse
estudo não é um tratado exaustivo sobre vida espiritual, traçam apenas alguns
elementos básicos da fé cristã, a vida espiritual é progressiva, sempre estamos
crescendo e aprendendo, que o nosso anseio seja o mesmo do salmista, quando
escreveu: “Guia-me na tua verdade, ensina-me todos os dias, pois tu és o Deus
da minha salvação, por ti estou esperando todo o dia” (Salmos 25:5) Como
afirmou certa vez Derek Prince: “Ser cristão é uma tarefa de tempo completo”
Convido
você a abrir a sua bíblia, meditar e decorar essas passagens, elas tratam sobre
o nosso assunto, deve dormir pensando nelas, durante o dia, deve acendê-las ao
seu coração, deve recita-las no seu labor diário, deve semear elas no profundo da
sua alma: João 14:23, Salmos 16:7, I
João 1:3, I Coríntios 1:9, Apocalipse 3:20 I Coríntios 12:13, II Coríntios
3:14, Filipenses 2:1, Amós 3:3 e João 14:6
“Somos
mais fracos quando adoramos, porque nesse instante estamos cientes de nossas
fragilidades humanas, embora sejamos também mais fortes quando adoramos, porque
atraímos a força de Deus soberano. Deus é quem nos chama para adorar. Ele nos
designou para isso, de maneira que, sem adorar, somos vazios e incompletos.
Deus sabe que se não O adorarmos, procuraremos outra coisa para a dorar. Ele
nos fez a Sua imagem, UMA EXTENSÃO DA SUA NATUREZA (Genesis 1:26, veja 2:7) Ele
não nos fez para ficarmos aqui na terra para sempre. Ele nos designou para
vivermos com Ele eternamente. Portanto Ele quer que sejamos atraídos para a Sua
presença, para virmos a conhecê-lo melhor e nos igualarmos a Ele. Ele sabe que
as pessoas se tornam mais parecidas com o que ou quem elas adoram. Se o
adorarmos, nos tornaremos mais parecidos com Ele” (James May – Adoração - A
Verdade Para Hoje. 1996, Segunda Edição)
Soli
Deo Glória
Bibliografia recomendada
1-
Praticando a presença de Deus- Irmão Lawrence
& Frank Laubach Danprewan Editora. Rio de Janeiro. Brasil
2-
Experimentando Deus Através da Oração. Madame
Guyon Danprewan Editora. Rio de Janeiro. Brasil
3-
O Homem Espiritual. Lewis Sperry Chafer Editora
Batista Regular. São Paulo. Brasil
4-
Adoração-James Lay . A Verdade para Hoje. Searcy.
AR. Estados Unidos da America.
“Coloquemos as nossas vontades
aos seus pés, de tal modo que a Sua vontade nos oriente mais intimamente.
Peçamos que Ele nos purifique e nos modele a Sua imagem gloriosa. Toda a força, toda a capacidade - tudo, tudo
precisa ser Dele e somente Ele, para que Ele os use conforme o Seu desejo”
(Cora Harris MacLlravy)
Clavio Juvenal Jacinto
(48) 96228870
Cx postal 1 CEP 88490-000 PAULO LOPES SC Brazil
Nenhum comentário:
Postar um comentário