EDEN, PARAISO E A CIVILIZAÇÃO ADAMICA.
...o sétimo de pois de Adão
(Judas 1:14)
Viveu Adão novecentos e trinta
ano e morreu (Genesis 5;5)
Há uma disputa intelectual no mundo que tenta
desprezar a historicidade do livro de Genesis, é a sabedoria louca, que deseja
desmentir a criação, e impor a evolução da espécie humana como um dogma
absoluto. A liberdade de pensar nos remete para fora dessa armadilha
intelectual. As recentes descobertas biológicas, mostram a complexidade
maravilhosa do homem, seu cérebro, suas células, sua capacidade de inventar as
coisas, seu lado artístico. Há no homem uma centelha de maravilhosa engenharia
genética, podemos ver isso tomando um livro que fala sobre o assunto. Alem
disso o homem vive num universo assombrosamente maravilhoso, sua pequenez junto
ao cosmos , sua ínfima parcela de existência no tempo, tudo isso faz nascer as
sementes dos enigmas da nossa existência.
O homem foi criado, a imagem de
Deus foi imputada no coração do homem, para tudo existe um começo, essa é a
lógica comum, a sabedoria quando anda por caminhos simples, une o comum ao
lógico. Assim como a grande arte da vida espiritual é unir erudição e piedade,
a vida de sabedoria consiste em unir o simples com o coerente.
Adão foi o ideal do homem que se
perdeu nas teias do pecado, também foi o homem ideal que caiu no emaranhado da
vida sem Deus. Desde então, o único modelo ideal de um homem perfeito, pode ser
atribuído a Cristo, porque Ele é chamado de o ultimo Adão. Nesse caso, é a vida
de Cristo que nos leva para a vida do Éden, para a vida do Paraíso, Adão teria
que viver dentro de uma perfeição que Cristo o ultimo Adão viveu, e a partir de
um estudo da vida de Cristo, poderemos ver como era a vida de Adão sem pecado.(I
Coríntios 15:45)
Adão foi feito alma vivente, ele
foi o ideal de um homem vivendo em condições perfeitas, numa dimensão
espiritual plena de significados, por isso, a filosofia do Éden não era
permeada por perguntas tipo “Qual o sentido da vida?” ou “Porque estou nesse
mundo?” ou algo dessa natureza filosófica. Adão sabia que o sentido da sua vida
estava cheio de significados, porque ele foi feito para ter comunhão com um
Deus pessoal. A terra e o céu estavam ligados, não havia uma separação como
vimos hoje na nossa experiência de espaço. Por isso mesmo, a perfeita harmonia
de uma vida equilibrada estava ao alcance de Adão e posteriormente de Eva, a
natureza não gemia, desfrutava! A paz era algo peculiar, como a profundidade de
uma vida onde o espiritual na completitude de sua realidade era no mesmo nível
das coisas físicas. A natureza não estava manchada. É notório como isso vinha
de um lugar moldado pelas mãos de Deus, o paraíso não era propriamente um
mundo, era um pedaço do céu, um lugar que pelo contexto bíblico foi removido da terra. A bíblia une
Genesis o começo com Apocalipse o fim. E cremos que como era, em parte será,
porque as coisas que estavam no Paraíso e propriamente no Eden, estará na
eternidade, no novo céu e na nova terra, há uma restituição dos elementos
perdidos, e assim como cremos no futuro glorioso dos redimidos, também cremos na literalidade
da formosura e da glória do Éden.
ÉDEN O JARDIM
O Éden era provavelmente o paraíso
descrito no Novo Testamento ((Lucas 23:43, II COrintios 12:2 e Apocalipse 2;7)Por
causa da conexão entre a arvore da vida e o livro de Apocalipse.Havia um jardim que o Senhor plantou no Paraíso
(Genesis 2;8), o paraíso tinha uma localização geográfica, porém não existe
vestígios arqueológicos,porque era um lugar removível. (Conclusão feita a
partir das descrições do Paraiso no Novo Testamento)Não sabemos quanto tempo
Adão viveu no Jardim, Genesis é um livro antigo, embora histórico, há muitas
dificuldades em estabelecer datas. O havia um jardim, dentro do Paraíso que se
tornou símbolo universal de um lugar perfeito, de belezas indescritíveis, eis
porque quando vimos um lugar muito bonito, chamados de “Um lugar paradisíaco”
isso é a cultura bíblica influenciando o nosso vocabulário. O jardim, teria
sido uma espécie de centro administrativo, a “capital” do Paraíso. Embora a
bíblia não faça uma descrição sobre isso, percebemos pelo texto sagrado que o
Jardim foi o lugar onde Adão ia administrar
o reino do Paraíso, se é que podemos chama-lo de “reino” a questão principal é
que Adão simbolicamente era a coroa da criação, foi criado a imagem de Deus,
foi a culminância da criação, o toque final da criação perfeita. Então seu
trabalho com muito prazer e sem fadiga, seria um marco dentro do Paraíso. Com relação a paisagem, vimos como Moisés
descreve que as arvores criadas pelo Senhor eram agradáveis a vista, e também a
arvore da vida, essa fica no centro do Jardim, também a arvore do conhecimento
do bem e do mal. No capitulo 2 de Genesis, está escrito que Adão tinha que
lavrar e guardar o Éden, ou seja: Deus colocou a administração e o cuidado do
Jardim nas mãos de Adão. Não sabemos a extensão do Paraíso, nem sua localização
exata, embora a bíblia descreva que havia uma fonte no Éden (Servia para regar
p jardim Genesis 2;10), que se formava em um rio e que se dividia em quatro
braços (Pisom, Giom, Tigre e Eufrates), também descreve a abundancia de ouro e
pedras preciosas. Era um lugar muito lindo com certeza. A beleza impar do lugar
foge completamente da nossa imaginação. Agora há algo misterioso que precisamos
associar a Genesis 2. Em Ezequiel 28, na profecia contra o rei de Tiro, há uma
simbologia profunda nesse “rei de Tiro”
que os mais piedosos homens de Deus associam com satanás e a sua queda.
“estavas no Éden, Jardim de Deus,
cobrias-te de toda pedra preciosa, o sardio, o topázio o diamante, o berilo, o
ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda”(Ezequiel 28:13) então essa
associação de pedras preciosas indica que havia um manancial de rara beleza
naquele remoto lugar. Não há espaço nesse estudo para falar do Éden ou do
paraíso como habitat primordial de lúcifer, em outro estudo tratarei desse
assunto. Então vimos como realmente era um lugar muito bonito. Alem disso era um lugar onde o Senhor tinha
uma acessibilidade, no sentido mais literal da palavra, as escrituras descrevem
que Deus passeava pelo jardim (Genesis 3;8) o Senhor com certeza também
desfrutava das maravilhas de sua criação. A soma de todas as belezas, a plenitude
de todas as cores, o brilho puro de toda a glória da criação estava ali. O céu
era mais azul, as águas turquesa, o brilho e a luz mais pura, a paz mais
profunda, tudo se encontrava ali. Foi nesse ambiente sagrado, que foi efetuado
o primeiro casamento, o próprio Senhor foi o ministrante, Adão foi criado do
pó, e Eva criada através de uma costela de Adão. (Genesis 2:21) e então
consumou-se ali, a primeira núpcias, o primeiro casamento, a primeira família,
o primeiro lar, era o começo da sociedade humana. Com relação a vida de ambos
no jardim, a glória de Deus revestia todas as coisas, a nudez do casal, era
revestida da glória mais pura, a visão
de ambos era profundamente espiritual, o relacionamento com a natureza era de
domínio sobre todas as outras coisas. A ordem de Deus era que se multiplicassem
e enchessem toda a terra, interessante como aqui a descrição não era encher o Paraíso
mas toda a terra. Assim temos a divisão de três lugares na criação primeva, o
jardim, o Éden, e toda a terra (Genesis
1:28).
Tudo indica que no principio a
terra era unificada, havia um só continente (Pangeia) ao contrario do que a
ciência secular explica, a descrição bíblica é muito mais avançada e
sofisticada. Havia um caos no principio (sem forma e vazia) houve uma organização
(O poder de Deus em ação organizando a criação) e houve o estabelecimento de um
Paraíso primordial, não sabemos se o intento divino era criar o Paraíso para os
homens ou para uma diversidade de seres como anjos, animais e homens . Pelo
texto de Ezequiel 28 e Genesis 3, na passagem da criação, satanás, a antiga
serpente estava lá, tinha acesso ao Paraíso, ou habitava também lá. Não sabemos
muito sobre isso.
Com respeito aos meios de
comunicação,talvez não havia escrita, pois a memória do homem registrava tudo e
não havia necessidade de notas ou registros, essa é uma suposição minha. A
escrita na historia da civilização é recente, os primeiros escritos registrados
datam cerca de 3000 A. C. Porem encontramos passagens que indicam a necessidade
de sinais de distinção e marcas, como no caso de Caim, que recebeu um sinal (Já
fora do Jardim).
Como a Paraíso havia abundancia
de cores brilhantes por causa da abundancia de pedras preciosas, com certeza
também havia uma variedade muito grande de flores e frutos e um ambiente
perfeito para que a gloria da criação resplandecesse com muito fulgor. Se
analisarmos dessa forma, haverá uma semelhança muito grande com a Nova
Jerusalém, descrita no livro de Apocalipse, aliás, muitas características de Genesis, aparecem no ultimo livro da Bíblia.
Fato muito interessante, o paralelo estudar Genesis com Apocalipse.
Encontraremos nessa pesquisa muitas similaridades. Encontramos por exemplo a
promessa de Cristo de que os vencedores comerão da arvore da vida que se
encontra no Paraíso de Deus (Apocalipse 2;7) aquele acesso que Adão perdeu com
a queda, Os redimidos vencedores desfrutarão na restauração de todas as coisas.
(Uma descrição comparativa sobre o jardim do Éden podem ser analisados a partir
desses textos Genesis 2:8, 10 e 13, 3:23 e 24 e 4:16. Isaias 51:3 Ezequiel
28:9, 31:9,10,18, Ezequiel 36:5 e Joel 2:3)
ADÃO O HOMEM
Adão foi feito do bom da terra, a
terra se fez carne, Cristo foi o verbo que se fez carne, o halito de vida de
Deus deu vida a Adão, Jesus foi concebido pelo Espírito Santo. Adão era um
humano a imagem e semelhança de Deus, Cristo Deus em semelhança humana. Adão
foi um homem perfeito que viveu em um mundo perfeito, mas desobedeceu a caiu de
seu estado original, Cristo foi perfeito e viveu em um mundo caído e foi
obediente até a morte e morte de Cruz. Não há na natureza espiritual um homem
que se identificava mais com Adão antes da queda do que Cristo.A perfeição da
vida de Cristo mostra como deveria ser a vida perfeita de Adão. No princípio
não havia o que podemos identificar como coração egocêntrico. A satisfação
maior e o fundamento da felicidade de
Adão era o próprio Senhor e não as coisas que haviam lá. Devemos levar em conta
esse ponto crucial. O paraíso seria antes de tudo uma presença maravilhosa de
Deus, que conduzia a civilização primeva para um relacionamento muito intimo
com Deus.
Toda a programação genética do
homem era para viver uma vida perfeita, aos pobres mortais caídos, o que resta
dessa vida paradisíaca, é um almejo por uma utopia, que muitas vezes é
corroborado pelo fato de que o homem acredita que ele mesmo pode alcançar esse
estado de bem aventurança, nutrindo uma fé humanista de que o homem irá superar
seus problemas e enfim alcançará a imortalidade através da ciência e usando da
sabedoria própria. É o caso de movimentos potencialmente humanistas, colocam
sua esperança nas conquistas tecnológicas do homem. Não é estranha a ideia, nos
meios acadêmicos e científicos, de que o homem alcançará a imortalidade através
da tecnologia avançada ou que pode implantar um paraíso na terra através de um regime
político (muitos socialistas acreditavam nisso) portanto a utopia de um
paraíso, é um impulso na política e regimes de gênero, na ciência e na
religião. A humanidade está carregando esse almejo em todos os setores da
sociedade. (Eclesiastes 3:11, algumas traduções descrevem que Deus colocou o “mundo”
no coração do homem, porém deveríamos entender que no hebraico “hā·‘ō·w·lām” significa
eternidade. Alguns sábios judeus sustentam que “Olam-há-ba” é o mundo vindouro
e “Olam-há-Nesaamot” é o mundo das almas”)
Adão tinha uma vida equilibrada
em uma sociedade equilibrada, o Paraíso era uma teocracia, seu coração estava
voltado para Deus e Deus estava voltado para sua criação. As escrituras não
contam muito sobre a vida no Éden, a narração de Genesis é muito breve. Porém
em todas as escrituras encontramos sinais de que Adão antes da queda tinha uma
vida mui elevada. A contar que mesmo depois de
cair de seu estado original, ele ainda manteve sinais de uma vitalidade
vigorosa, ao viver 930 anos. Uma idade avançada para o entendimento do homem
moderno, mas pouco a pouco a humanidade foi perdendo as matizes da sua
perfeição. O coração caído tornou-se alojamento de espíritos enganadores
(Efésios 2:1 e 2) a terra tornou-se em “O mundo” aqui está algo verdadeiro, o
aparecimento de um mundo antiDeus foi o que preencheu o espaço deixado pelo
paraíso ausente nascia da queda, um mundo primordial que iria tornar-se ferrenho
inimigo do Criador.. Antes disso não havia uma sociedade mundana. Deus queria
uma sociedade de homens devotos, piedosos. Homens sábios e espirituais, vivendo
em conformidade com o propósito de adorar e servir a Deus , o homem foi criado
para amar, servir e adorar a Deus. Assim, entendemos que na vida antes da
queda, a adoração em espírito e em verdade ocupava um lugar central no coração
de Adão. Não havia necessidade de sacerdotes, não havia necessidade de templos,
não havia necessidade de altares, tudo isso aparece depois da queda, um meio
que Deus proporciona ao homem caído, para tentar restaurar parte da comunhão
que foi perdida por causa de Adão e sua desobediência.
Havia paz no reino animal, creio
eu que todas as arvores davam frutos, e toda a planta florescia, a luz das
estrelas eram mais vivas e a noite tinha uma iluminação tal que tornava-a
maravilhosamente linda. A felicidade reinava no coração do homem, não havia avareza,
nem orgulho, nem qualquer vestígio de conflitos interiores. Por isso, o Paraíso
pode ser entendido, quando um cristão estuda nas escrituras tudo o que se
relaciona ao céu, e ao estado vindouro dos salvos, porque o Paraíso de Adão era
algo que tina similaridade com o Céu dos salvos.
Por ser um mundo onde o tempo era
preenchido com coisas significantes, não havia no coração deles (Adão e Eva)
ansiedades e problemas psicológicos. Tudo tina um fim: glorificar a Deus. A
emoção e os desejos eram saudáveis, tudo o que era bom, virtuoso, santo,
verdadeiro brotava do coração deles. Em um ambiente tão puro, as coisas mais
sublimes preenchiam a vida deles. Não dá para explicar aos pormenores esses
fatos. Porem sabemos que era um mundo perfeito.
A vida de Adão e Eva era
imaculada, não era uma santidade igual a santidade de Cristo, as escrituras
porém testemunham que Adão feito a imagem e semelhança de Deus, tinha muitas
características comuns com seu Criador. As escrituras dão testemunho que Cristo
era Santo, inocente e imaculado (Hebreus 7:26) Imaculado (Hebreus 9:14)
imaculado e incontaminado (II Pedro 1:14) todas essas qualidades podem ser
aplicadas positivamente a Adão, com a exceção de que ele era um deus, isso
porque o testemunho das escrituras é que o homem foi feito um pouco menor do
que os anjos (Salmos 8:5) mas isso foi aplicado também a humanidade de Cristo,
o Verbo que se fez carne (João 1:1 e Hebreus
2;7)
Ao fazer um paralelo entre Cristo
e Adão, na tentativa de descobrir algo a respeito da vida de Adão no Éden, mais
uma vez devo esclarecer que em muitas características pessoais, Cristo não pode
ser igual a Adão, porque Adão é Criatura, mas com respeito a Cristo, o
testemunho das escrituras é “Todas as
coisas foram feitas por Ele, e sem ele, nada do que foi feito, se fez” (João
1:3) e ainda “O Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória,
como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e verdade” (João 1:14). Assim
entendemos que o Logos (Grego, traduzido para o português: Verbo) tinha uma preexistência.
O verbo era antes de Adão, de outra forma, como poderia ser verdadeira a
declaração de João 1;3 a respeito do verbo. Não é sem preço que encontramos a
declaração de Pedro : “O qual na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda
antes da fundação do mundo” (I Pedro 1:20)
Tudo o que vimos no mundo caído e
na sociedade pecadora é resultado da queda de Adão, o pecado destituiu Adão da
sua posição original, ele caiu e todos caíram, porque Adão é o representante
federal de todos os homens, toda a geração posterior a queda, nasce fora do
Jardim, nasce fora do Paraíso, é chamada de Raça adâmica, raça caída. Herda os
traços de Adão e participa das maldições imposta a criação que sofre as
consequências da queda. Assim, um mundo cheio de doenças, guerras, problemas,
mortes, desentendimentos, confusão, heresias, falsas religiões, um mundo
infestado de demônios, tudo isso é o resultado da queda. Não era uma experiência
de Adão no Paraíso, essas são peculiaridades de um mundo caído e antideus. As
escrituras nos ensinam que todos morrem em Adão e são vivificados em Cristo (I Coríntios
15:22) a diferença entre Cristo e Adão, é que na obra da redenção, Cristo pela ressurreição tornou-se espírito
vivificante (I Coríntios 15:450 é nesse sentido que devemos entende que Cristo
nos dá vida abundante, isso significa vida espiritual, esperança, animo,
sentido de vida, eternidade, imortalidade, etc. (João 10;10) alguns não recebem
revelação suficiente e acabam recorrendo a erros graves, como o erro
doutrinário de que não temos uma natureza imortal, Cristo é o espírito
vivificante, só ele nos concede vida porque só Ele tem imortalidade (I Timóteo
6;16) no entanto, temos que aceitar o fato maravilhoso, de que cada homem
redimido, que nasceu do alto participa da natureza divina (II Pedro 1:4) a
eternidade existe em nosso coração porque Jesus nos concedeu vida abundante,
através dessa vida abundante, teremos pela sua obra no Calvário, vida eterna.
Não faz parte desse estudo
analisar a questão da serpente estar no Éden,desejo mencionar isso novamente,
tudo indica que esse era o habitat antigo da antiga serpente, porque Deus
permitiu a sua presença lá, meu foco é a vida de Adão, e Adão era livre, as
escrituras ensinam que Eva foi enganada, Adão não foi enganado, partiu dele a
iniciativa consciente de pecar sem ser tentado, e aqui está a gravidade da
queda. ((I Timoteo 2:13 e 14) Adão não foi tentado pelo diabo e nem foi
enganado por ninguém! Ele tomou uma decisão consciente , sabendo da gravidade
do erro que iria cometer. A filosofia
humana e a razão humana colocam obstáculos para entenderem isso. Mas lembre-se
que Adão como líder da família humana, não fez algo diferente de um Pai que
decidiu viajar com toda a sua família, naquela viagem fatal do Titanic. Na
sociedade humana está o reflexo dessa liderança adâmica. As nações são
governadas por reis e presidentes. Quando Hitler invadiu a Rússia, os soldados
alemães sofreram e enfrentaram a morte, por uma decisão muitas vezes contra a
vontade deles mesmos. A batalha sangrenta de Stalingrado e a operação Bagration
que deu fim a invasão alemã da Rússia e humilhou os soldados germânicos
expulsando eles do território russo ao prejuízo de pesadas perdas humanas, o
avanço dos russos, tão nefastos quanto os alemães, entrando no território alemão,
estuprando mulheres e adolescentes, tudo isso começou com a iniciativa de
homens que representavam uma nação e que
interferiram no destino de todos. Foi isso que aconteceu na queda. Adão
foi um líder que comprometeu o nosso destino. A culpa da queda, tem seus
personagens distintos, o diabo, Eva e Adão, mas nunca podemos culpar a Deus por
isso. Porque Deus deu as condições do home ser feliz de verdade. O teste da
arvore do bem e do mal, era para que se tornasse verídico o amor de Deus e da
responsabilidade, e da livre volição do homem. Deus não seria um tirano ou um
ditador e o homem um autômato biológico alienado. Adão foi livre, e escolheu
desobedecer, foi expulso do paraíso, e então o berço da civilização fica fora e
não dentro do Éden. E isso faz a diferença para cada ser humano que nasce aqui
nesse mundo. Todos pecaram, e destituídos estão da gloria de Deus e o salário
do pecado é a morte (Romanos 3:23 ss)
ADÃO: SUA VIDA E SUAS CAPACIDADES
Para um ambiente perfeito Deus
criou um homem perfeito, conforme a sua imagem e semelhança,o sopro de Deus
transmitiu fôlego de vida ao homem, que tinha como matéria prima, a terra. Dão
foi a soma de um produto terreno e halito divino, o poder de Deus moldou adão e
as moléculas de pó produziram toda a maquina biológica complexa que é o homem,
isso não é maravilhoso? A transformação de poeira em vida não é algo que os
cientistas tentam explicar de outra forma? Alguém diz que nós somos poeira das
estrelas, porém Cristo mostra o poder que Deus tem de modificar radicalmente as
moléculas da criação, quando transformou água em vinho em João 2, seu primeiro
milagre em Caná da Galileia, foi transformar a água em vinho doce. Assim vimos
como o poder transformador de Deus se revela nas escrituras.
Adão foi colocado no jardim, como
já disse talvez o jardim, seria um centro administrativo do Paraíso. A ele foi
concedido uma inteligência elevada, além de capacidades intelectuais mui
grandes, também teria todos os dons necessários para que o paraíso tivesse uma
perpetuidade em outras gerações. Comparada coma a vida de Cristo, Adão seria um
homem teocêntrico e não egocêntrico (toda a raça adâmica caída é caracterizada
pelo egocentrismo). Deus e a devoção a Ele seriam o centro da vida que era
espiritual e física, havia sem duvida um equilíbrio entre o físico e o
espiritual. Ao primeiro homem, foi dada a ordem de não comer do fruto da arvore
do conhecimento do bem e do mal. Não sabemos de fato, o que essa arvore
representava, mas no cerne da questão está o conceito da obediência, porque na
vida obediente está o centro do verdadeiro amor. Então foi dada a Adão o
discernimento e a volição, junto a uma vida tão primorosa estavam à
responsabilidade de obedecer a Deus, de ser sujeito às leis de Deus. Aqui está
algo que precisamos aprender, porque parece que um simples ato de comer um
fruto, pudesse causar tamanho dano, nos convida ao ceticismo ou a injustiça por
parte de Deus, no entanto por trás de coisas tão simples e aparentemente
inofensivas podem estar escondidas ameaças mui grandes, aliás, a questão do
fruto do conhecimento do bem e do mal, seria apenas secundaria, se levássemos
em conta que a questão da obediência e da desobediência está na volição do
homem e não no tipo de ameaça ou perigo ou teste. Se o homem em um teste tão
simples, foi reprovado, então como seria a dimensão da tragédia se fosse um teste
sofisticado?
O homem então tinha um centro
administrativo, a ele foi dado o encargo de lavrar o jardim e guardá-lo.
Trata-se de atividades, não havia uma vida monótona dentro do Paraíso, as
atividades eram administradas com alegria e prazer, fazia parte de todo um
conjunto de atos que preenchiam os requisitos para uma verdadeira vida de
felicidade e prazer. A vida de Adão era preenchida por algo exuberante, a
experiência no mundo puro, era extremamente agradável, e parece que lá no fundo
do coração, é isso que cada ser humano deseja! Todos nós estamos em busca de uma
utopia, sonhamos com um lugar e uma sociedade isenta de dores, sofrimentos,
problemas, guerras, conflitos, mortes, injustiças, temores, tristezas, lá no
fundo da alma,almejamos isso, e na verdade assim como herdamos a natureza de
Adão, ainda temos percepção da perda dessas coisas. Porque um dia elas
existiram. Esse almejo, é um resquício de uma perda que nossos antepassados
sofreram com a queda, uma prova definitiva da historicidade da queda.
DE VOLTA PRA LÁ
Apocalipse 2:7 é uma promessa
valida para cada cristão sincero. Por isso pó processo de redenção na economia
de Deus, é um retorno do homem ao propósito de Deus, o home foi feito para adorar e servir ao seu
Criador. Há muitos paralelos entre o livro de Genesis e o livro de Apocalipse,
entre muitos, cito alguns interessantes, e que complementa este pequeno estudo.
No estado restaurado, quando
todas as coisas estiverem sido consumadas, Deus estará e habitará para sempre
com os homens, no Éden Deus vinha na viração do dia (Apocalipse 21:3)
No Céu não haverá mais lagrimas,
morte, tristeza, choro, dor , maldição. Como também não havia no Paraíso antes
da queda (Apocalipse 21:4 e 22:3)
Com a queda, Adão foi privado da
arvore da vida(Genesis 3:4)Os salvos terão direito a arvore da vida (Apocalipse
22:12 a 14 )
Como no Éden, um rio procederá do
trono de Deus em direção a arvore da vida (apocalipse 22:1 e 2)
Adão falhou quando desobedeceu a
Deus e deixou de servir a Ele, mas os salvos servirão para sempre ao Senhor
(Apocalipse 22:3)
Em Genesis o casamento do primeiro
Adão sem bodas (Genesis 2:18 a 23) no
Apocalipse o casamento da noiva com o Noivo e com bodas (Apocalipse 19)
Por fim a fecundidade do mal se
processa por uma babilônia que processa toda religião falsa todo espiritualismo
corrompido, toda a imoralidade e toda a decadência espiritual, babilônia é
erguida como o berço do ocultismo, e seu fundador foi Ninrode. Porém o livro de Apocalipse fala sobre a destruição
a ruína e o fim da babilônia (Apocalipse 17 e 18)
FINAL
Adão desobedeceu e foi expulso do
Jardim e do Eden, Cristo começou sua redenção, no Jardim do Getsemani, quando
começou a suar gotas de sangue(Mateus 26:36) Jesus Cristo foi até a cruz, para
trazer perdão, restauração e regeneração aos homens perdidos da raça adâmica.
“Mas a todos quanto o receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome”
(João 1:12)
Autor: Pr Clavio Juvenal Jacinto
(48) 9622-8870
Nenhum comentário:
Postar um comentário