Para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra, e rescendo no conhecimento de Deus. (Colossenses 1:10)
Há nessa passagem de Colossenses, tres condutas que não devem faltar aos cristãos vigilantes desses últimos tempos. Gostaria de falar um pouco sobre cada um dessas características, distintas que serão marcas inconfundíveis dos poucos homens regenerados de nosso tempo. No meio a tanto engano e nesse vasto oceano de evangelho superficial, as características abaixo serão consideradas como atitudes radicais daqueles que querem servir e andar com Deus de modo digno.
Agradando lhe em tudo
Perceba como as mensagens que saem dos púlpitos modernos, são esquematizadas de tal forma a agradar o publico em geral. Nada de ofensivo, nada que possa ser impopular, deve ser proclamado. A maioria dos púlpitos derrama leite falsificado. Mensagens de auto-estima, mensagens incrustadas de psicologia. O evangelho moderno é feito aos moldes de um coração carnal, para agradar aos homens e não a Deus. Essa falha na estrutura da proclamação do evangelho tem produzido uma ideia errônea a respeito de Deus. De servo, o cristão moderno passa a ser um senhor, e Deus de Senhor passa a ser um servo do homem. Isso é mais que um insulto a divindade, é uma blasfêmia. Mas a vida que agrada a Deus é radical, ela conduz o homem devoto a beber do cálice da auto-negação. Convida o cristão a tomar uma cruz, a não amar a sua vida, a viver nesse mundo, sem amar esse mundo, a convocação do Senhor é essa: Sejam peregrinos, sejam santos em todo vossa maneira de viver, sejam íntegros, sejam luz e sal, sejam homens transformados pelo evangelho, não vivam segundo a carne mas segundo o poder do Espirito. Mas os cristãos modernos modernos não querem isso. A mensagem bíblica sobre o preço do discipulado é um estraga prazeres para o crente carnal. Mas somos convocados a vivermos de tal modo a agradarmos ao Senhor, em tudo, todo o momento, toda a fração de segundo, em todas as direções e em todas as circunstancias e ocasiões.
Frutificando em toda a boa obra
Para que haja uma frutificação precisamos estar ligado na videira e receber da seiva, da vitalidade que há em Cristo. DEle flui o poder da ressurreição. A frutificação é um processo divino no espirito do homem regenerado. Em outras partes das escrituras, entendemos que são os frutos que procedem uma vida de arrependimento. Porque sem arrependimento e conversão não há novo nascimento ou regeneração. O Espirito Santo não pode operar com um abundante fluir, no espirito do homem não regenerado, sem uma rendição completa do homem a Deus, esse processo de frutificação abundante nunca pode acontecer. Mas hoje vimos como tanta gente vive um credulismo próprio. Não querem se sujeitar a Deus, por isso não podem vencer e sair da esfera das coisas malignas. Para que a boa obra seja uma realidade, a ação precisa ser influenciada pelo Espirito Santo, e nossa vontade deve estar completamente submissa a Ele. As escrituras atestam que o novo homem, regenerado, é feito em verdadeira justiça e santidade. É uma nova criatura, uma nova criação em Cristo, recebendo do Senhor toda a vitalidade espiritual, numa união intima e objetiva. Portanto nunca pode haver no homem regenerado relativismos morais e ambiguidades espirituais. Ele é transparente, e atua com a força magnifica do Espirito Santo.
Crescendo no conhecimento de Deus
A vida cristã torna-se profunda na medida em que nosso relacionamento com Deus torna-se mais intimo e mais real. Será que essa geração de cristãos conhece de fato o Deus revelado nas escrituras? Estamos compreendendo a natureza de Deus pelo estudo sistemático das escrituras? Sua soberania, Sua supremacia, Sua justiça, Sua santidade, Sua glória? temo que a maioria esteja crendo de forma superficial, ou tenha inventado um deus aos moldes de suas próprias paixões ou opiniões, ao invés de crer no Deus justo e Santo, Soberano e Supremo, revelado de forma progressiva nas escrituras. A própria maneira como se cultua, como as coisas prosseguem hoje em dia, em termos de cristandade apoia essa minha desconfiança. Nossa meta é conhecer e prosseguir em conhecer o Senhor Deus em sua triunidade. Nossa jornada de fé é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito. a medida que avançamos na vida espiritual, a glória de Deus precisa ser mais real para nós. no entanto o que vimos senão uma geração que se afasta mais e mais do Deus bíblico.
Como podemos crescer no conhecimento, sem temor e sem relacionamento contínuo com o Senhor? Como podemos conhece-lo em plenitude se essa geração de cristãos materialistas ora muito menos que as outras gerações de cristãos? Como podemos conhece-lo se nosso cristianismo está envenenado por teologias e doutrinas falsas? como podemos conhece-lo se cada vez mais o cristianismo está fracionado por causa de falta de perdão, por causa das opiniões pessoais e por causa da ganancia e falta de humildade?
Conhece-lo em intimidade, num relacionamento com a sã doutrina, com a ortodoxia cristã, é a forma correta de reajustarmos nossa vida espiritual. Porém se prega tanto um deus serviçal, pronto para satisfazer a vontade materialista do cristão moderno. Um deus reduzido a escravo da nossa vontade e de nossas determinações. Esse é um deus falso, criado por mentes carnais, um deus falso cujo altar é o coração do homem que se diz cristão. O conhecimento do Deus verdadeiro vai conduzir sempre o homem a crença em deuses falsos. Mas na medida em que tomamos como padrão, a vida do próprio Salvador e Senhor Jesus Cristo, a maneira como Ele se relacionava com Deus Pai, como o amava e como o servia de forma completa, numa rendição total a vontade do Pai, isso é modelo de vida espiritual mais elevada que alguém pode ter. Que Cristo seja nosso modelo de piedade, relacionamento e conhecimento de Deus.
Que o Senhor nos conceda graça para que essas verdades divinas estejam acesas dentro do nosso coração, e como Enoque, foi levado para a presença de Deus, porque andava na presença de Deus, sejamos nós também uma geração que possa andar nessa mesma direção.
Pr Clávio Juvenal Jacinto
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