domingo, 30 de março de 2025

Genesis e os Dias de 24 Horas

O Significado dos Dias da Criação: 24 Horas ou Eras?

Introdução

John Lennox, conhecido apologista cristão afirmou: “Talvez haja um perigo sutil hoje em dia de que, em seu desejo de eliminar completamente o conceito de um Criador, alguns cientistas e filósofos tenham sido levados, ainda que involuntariamente, a redeificar o universo ao dotar a matéria e a energia de poderes criativos que não se pode demonstrar convincentemente que eles possuem. Banindo o Deus Criador Único, eles acabariam com o que foi descrito como o máximo do politeísmo – um universo no qual cada partícula tem capacidades divinas.”

Lennox tem razão, mas ainda temos uma outra tendência ruim, tentar reajustar a evolução para se encaixar dentro da narrativa de Genesis, quando alguém faz isso, como o místico católico romano, Teilhard de Chardin, o que se pratica, nada mais é do que prostituição espiritual

A interpretação dos dias da criação em Gênesis 1 tem sido um tema de debate entre teólogos e cientistas. A questão central é: seriam os "dias" mencionados na narrativa da criação períodos de 24 horas ou longas eras? Neste artigo, analisaremos evidências bíblicas que sustentam a ideia de que os dias da criação foram, de fato, dias literais de 24 horas.

“A criação foi um milagre extraordinário, assim como a redenção foi uma providencia extraordinária, as narrativas de Genesis são tão literais quanto a obra consumada na cruz”

O Uso da Palavra "Dia" na Bíblia

A palavra hebraica "yom" (יום) pode ter diferentes significados na Escritura, dependendo do contexto. Em algumas passagens, "dia" pode se referir a uma época ou período extenso (Atos 2:20; 1 Coríntios 5:5; 2 Coríntios 1:14; 1 Timóteo 5:2; 2 Tessalonicenses 2:2; 2 Pedro 3:10; Apocalipse 1:10). Entretanto, quando a palavra "yom" é acompanhada por um número, como ocorre em Gênesis 1, a interpretação mais comum e coerente é a de um dia literal de 24 horas. Ademais, não encontramos expressões como "os sete dias do Senhor", o que reforça a ideia de que os dias da criação são literais.

A Estrutura do Texto de Gênesis 1

Gênesis 1 apresenta uma estrutura clara: "E houve tarde e manhã, o primeiro dia" (Gênesis 1:5). Essa expressão é repetida para cada um dos seis dias da criação. Em nenhuma outra passagem da Bíblia, quando "dia" é usado de forma figurativa, ele é descrito com os elementos de "tarde" e "manhã".

Além disso, a sequência dos eventos também é distinta da proposta evolutiva. Em Gênesis, Deus criou a luz antes do sol (Gênesis 1:3-5), a Terra antes das estrelas e planetas (Gênesis 1:1-2), e a vegetação antes dos corpos celestes que regulam os ciclos naturais (Gênesis 1:11-19). Isso não se alinha com a perspectiva evolucionista, reforçando que a narrativa de Gênesis deve ser entendida como um relato histórico e literal.

O Testemunho de Êxodo 20:9-11

No quarto mandamento, Deus ordena ao homem que trabalhe por seis dias e descanse no sétimo:

"Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra; mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nele trabalho algum... Porque em seis dias fez o Senhor o céu e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto, o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou" ( Êxodo 20:9-11 ).

Essa passagem confirma que os dias da criação têm a mesma duração que os dias da semana de trabalho do ser humano. Se os dias da criação fossem longas eras, então Deus estaria ordenando ao homem que trabalhasse por milhões de anos antes de descansar, o que não faz sentido.

Deus criou o tempo com a criação, o tempo convencional como entendemos hoje com um padrão de sete dias, como observamos hoje, a criação foi criada progressivamente, por etapas, esse é o meio pelo qual Deus atuou de forma dinâmica na criação, processando assim princípios que foram estabelecidos desde o começo da criação; estações, ciclos hídricos, a rotação da terra, etc.

A Questão da Morte Antes do Pecado

Outra questão teológica fundamental é a presença da morte no mundo antes da queda do homem. Se os dias da criação fossem eras longas, isso implicaria que a morte dos animais e de supostos seres "pré-adamitas" ocorreu por milhões de anos antes do pecado de Adão. No entanto, a Bíblia afirma claramente que a morte entrou no mundo por meio do pecado de Adão:

"Porque assim como por um homem veio a morte, também por um homem veio a ressurreição dos mortos" (1 Coríntios 15:21).

E em Atos 3:21, lemos sobre a "restauração de todas as coisas", o que indica um retorno ao estado original, onde não havia morte nem sofrimento. Isso não seria possível se a morte já existisse antes da queda.

Assim a linguagem bíblica é clara e concisa, e não simbólica, por exemplo; lemos em I Coríntios 15:45 que Adão é o primeiro homem, ou seja não há outro antes dele, em Genesis 1:5 lemos acerca do primeiro dia, esse dia é tão literal quanto o primeiro homem ser Adão, as escrituras explicam escrituras, a luz da inspiração ilumina os ensinos revelados na Bíblia.

 

Conclusão

A análise bíblica sustenta fortemente a interpretação de que os dias da criação são dias literais de 24 horas. O contexto de Gênesis 1, a estrutura textual, o testemunho de Êxodo 20:9-11 e a teologia da queda e da redenção reforçam essa conclusão.

“Dicionários hebraicos respeitados, como o Brown, Driver, Briggs Lexicon, dão uma série de significados para a palavra yom dependendo do contexto. Uma das passagens que eles dão para o significado de yôm , um dia comum, acontece de ser Gênesis capítulo 1. O motivo é óbvio. Toda vez que a palavra yôm é usada com um número, ou com a frase 'tarde e manhã', em qualquer lugar do Antigo Testamento, sempre significa um dia comum. Em Gênesis capítulo 1, para cada um dos seis dias da criação, a palavra hebraica yôm é usada com um número e a frase, 'tarde e manhã'. Não há dúvida de que o escritor está sendo enfático de que esses são dias comuns.”(1)

Qualquer tentativa de conciliar a narrativa da criação com teorias evolucionistas falha em manter a integridade do texto bíblico e da mensagem de Deus. Portanto, é razoável e bíblico afirmar que Deus criou todas as coisas em seis dias literais e descansou no sétimo, estabelecendo assim o padrão para a humanidade.

 

(1)    https://creation.com/en-au/articles/the-necessity-for-believing-in-six-literal-days

 

O Nada e Todas as Coisas

C. J. Jacinto

 

Faz muito tempo que René Descartes proclamou sua expressão existencial profunda, um eco que nunca silenciou a alma humana: "Penso, logo existo". A existência de todas as coisas observadas no mundo sensível é irrefutável! A ciência define a matéria e tudo o que existe no universo como real dentro do espaço e do tempo. Mas de onde veio tudo isso? Do nada absoluto?

A definição de nada absoluto refere-se à ausência completa de qualquer coisa, incluindo espaço, tempo, matéria, energia e leis naturais. O nada não é sinônimo de vazio; nada é a ausência total de qualquer coisa. Não é possível provar a existência do nada em um laboratório, pois ele só pode ser compreendido por definições conceituais. Nosso universo está repleto de coisas que existem, e afirmar que elas surgiram do nada absoluto seria uma contradição gritante, uma aberração intelectual. Sempre há agências atuando na criação, renovação e transformação das coisas já existentes.

Há leis intrigantes e sofisticadas que regem o universo. São invisíveis, mas seus efeitos são inegáveis. Não vemos a energia que percorre um fio, tampouco conhecemos a forma exata das leis que fazem a criação funcionar. Ainda assim, elas existem. Exemplos disso são as forças dinâmicas que regem as estações do ano, a rotação da Terra e os mecanismos que movimentam o universo e os átomos. Embora essas leis sejam intangíveis, percebemos seus efeitos em nossa experiência de observação.

O nada é um estado de completa ausência de tudo. Existe algum lugar conhecido pela ciência onde o nada absoluto esteja presente? Se algo pode ser observado e medido, então não é nada; pode ser desconhecido, mas ainda assim é algo. Se há uma lei que permite ao nada gerar alguma coisa, então essa lei implica a existência de um agente inteligente, uma potência onipotente capaz de criar algo a partir do nada. Se todas as coisas surgiram do nada absoluto, então uma agência ultra-poderosa e dotada de inteligência ilimitada precisou atuar dentro desse sistema de completa ausência para que dele emergisse tudo o que conhecemos.

Esse é um raciocínio simples e uma conclusão irreversível: o nada depende de um agente inteligente para ser definido. O nada não pode auto-definir-se; é impossível. Da mesma forma, é absolutamente impossível que algo surja do nada, a menos que haja uma causa inteligente por trás, uma agência cuja potência seja a própria onipotência, dando origem à existência de todas as coisas.

No conceito teológico cristão, a criação "Ex Nihilo" afirma que Deus, o agente onipotente, cria todas as coisas a partir do nada. O universo e tudo o que nele existe exigem, necessariamente, um Criador. De outra forma, nada existiria, pois o nada jamais pode transcender para qualquer coisa — essa é uma impossibilidade absoluta. Deus é um agente necessário, pois a vastidão e a complexidade do universo só podem ser explicadas por meio de um Ser que seja Onipotente, Onipresente e Onisciente.

 

 

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