DEUS, MATÉRIA E ACASO
A fé cristã confrontou o
gnosticismo dos primeiros séculos da era da igreja. Os gnósticos acreditavam
que a matéria era má, outra filosofia oriental sustenta que a matéria é uma
ilusão, o cristianismo por sua vez ensina que a matéria é uma realidade e o
pecado também. Assim, entendemos por essa verdade que o mundo esta em desequilíbrio
porque foram afetadas pelo pecado. A realidade do poder do pecado afetou a
realidade da matéria. A matéria também não pode ser obra do acaso, pois o acaso
nunca pode ter a substancia necessária para criar alguma coisa. Uma fruta não
vem do nada, ela vem de uma arvore, e uma arvore vem de uma semente, que por
sua vez veio de outra fruta que veio de outra arvore. Há uma lei implícita na
natureza, a existência de uma coisa nova precede uma coisa já existente, por
isso a matéria não é eterna, o atributo de eternidade nunca pode ser
aplicado a criação. Esse é um
atributo exclusivo do Criador(Salmos
90:2). Alguns filósofos questionam de forma circular, se Deus criou a matéria,
então quem criou Deus. Essa pergunta é irracional por si mesma, ela não poderia
ser feita por uma pessoa inteligente, porque se algo criou Deus, então já não
pode ser de maneira alguma uma divindade. O ser eterno é um atributo necessário
para a existência do temporal. Se não tivermos noção do temporal, nunca teríamos
idéias do que é eterno. As coisas temporais são reflexos ou sombras de uma
realidade eterna. A sombra pode passar mas a realidade não. Deus é pura
realidade, o mundo e as coisas existem e isso é uma realidade que reflete a
realidade eterna, elas tiveram um princípio, porque Genesis 1:1 afirma “No
principio criou Deus...” Há um começo que tem como um princípio algo que já
tinha em si a eternidade, por isso Deus é o criador do tempo, tal como
experimentamos hoje. Só alguém que tem a eternidade pode dar o tempo e conceder
a imortalidade, fazer novos Céus e nova terra, conceder a ressurreição e a vida
eterna. A matéria não é eterna, ma esta submissa ao poder soberano de Deus (Hebreus
1:1 a 3) Todo o universo está sob o domínio maravilhoso do Criador. Quando
Genesis ensina: “Criou Deus” descreve que não há espaço ao acaso. O acaso, se é
que existe teria que ser obra de Deus. Mas como a filosofia materialista
concebe ao acaso a dinâmica de criar e autonomia de existência, acaba dando a
ele atributos de um ser não cognitivo. Uma divindade disforme e cega. Ao
contrario, o Criador revelado nas Escrituras é diferente do criador criado pelo
materialismo, a Bíblia fala que Deus é pessoal, é o “Pai nosso que está nos
céus”. Já o criador chamado acaso, que deve ser chamado por esse titulo “criador”,
porque é atribuído ao acaso o poder de fazer com que as coisas surjam do nada,
isso implica criar algo, porque de outra forma, como podemos ajustar a realidade
de que existe tudo, sem a existência de uma criador pessoal? A outra alternativa,
seria um impessoal, pode-se atribuir a
esse “criador” qualquer coisa, acaso, nada, etc., mas na essência continua
sendo criador. As únicas alternativas são: ou é Pessoal ou não é impessoal. Não há como
fugir dessas duas alternativas. A filosofia do cristão torna-se mais elevada,
superior, porque é mais inteligente crer que coisas maravilhosas foram feitas
por um ser inteligente do que afirmar que coisas fantásticas são atribuídas ao
acaso. Alem disso, enquanto a crença no acaso submete todas as coisas sob o
controle do nada, Genesis 1;1 ao declarar que Deus no princípio fez os céus e a
terra, revela que a criação é distinta do Criador. Isso significa que na visão
judaico-cristã, o criador é único e distinto das coisas criadas, e por isso
mesmo desacredita a crença panteísta.
Sendo Deus o Criador, como o
primeiro versículo do primeiro livro da bíblia ensina, Ele é por si mesmo
criador e mantenedor das coisas criadas. Apesar das dificuldades teológicas implícitas
na teodicéia, ainda assim, sabemos que nossa perspectiva intelectual é limitada
pelas condições impostas pela brevidade da vida, o pecado e falta de percepção
das realidades espirituais que só podem ser compreendidas dentro da revelação
na economia de Deus aplicada a sua criação. Hoje estamos a frente, porque já
temos o Novo Testamento, e muitas coisas já foram esclarecidas pela revelação
progressiva das Escrituras desde Genesis 1, mas os propósitos de Deus ainda são
mais amplos, e alcança tudo o que nossas limitações não podem alcançar. (Veja
Apocalipse 21 e 22) Tão magnífico é o plano de Deus, ainda que o pecado tenha
afetado suas criaturas, que nos concede uma grande esperança como descrita em
passagens como Filipenses 3:21, Romanos 8:23 e I Corintios 15:42.
O cristão sustenta que Deus é
pessoal, criador e mantenedor de todas as coisas, que a matéria é distinta do criador,
que tudo o que existe é realidade feita por Deus, Ele é a eterna realidade, o cristão também crê que
através de seu Filho, O Verbo que se fez carne, veio a redenção, sim, confessamos que Cristo veio em carne,
tornou-se parte da matéria, para elevar os homens caídos para o caminho da
restauração de todas as coisas. Deus existe Ele estava no principio, é o
principio e também é ponto central de todas as coisas verdadeiras. Deus é Pai,
Criador, realidade intensa, e Cristo mesmo ensinou isso “Ninguem vem ao Pai, a
não ser por mim”(João 14:6)
Autor: Clavio J. Jacinto
(48) 99831-5702
claviojj@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário