domingo, 19 de novembro de 2017

Campo de Batalha dos Ultimos Dias


Leitura II Coríntios 10:4 e 5

Paulo estava disputando a legitimidade do seu apostolado, quando escreveu sua segunda carta aos coríntios. Era uma defesa de sua própria integridade espiritual. Então dentro dessa esfera de disputa, ele menciona as armas da luta na vida cristã. Completamente diferente daquelas usada nos conflitos bélicos usada no império romano para conquistar e subjugar os povos. Ele afirma “As armas da nossa milícia não são carnais” Quanto a uma milícia, trata-se de um batalhão de soldados em direção ao conflito, por não carnais, entendemos não ser por instintos e impulsos humanos, a guerra é invisível e as armas são espirituais, não são armas humanas, provenientes da natureza humana caída, mas “poderosas em Deus para a destruição das fortalezas”. Elas são armas cujo poder eficaz procedem do Senhor dos exércitos (Efésios 6:10 a 18) Hoje, a batalha espiritual se encontra no auge, e as filosofias, sutilezas, especulações e sofismas são as armas mais poderosas do diabo, para enganar, dominar, controlar e manipular os pecadores da nossa época. Estamos cientes disso? Essas fortalezas filosóficas espirituais estão ganhando proporções em nossos dias, elas precisam ser destruídas, porque elas lutam contra o conhecimento de Deus, e promovem toda sorte de negação das coisas sagradas. Esse é o espírito do anticristo que opera com muita eficácia em nossos dias através dos ministros de injustiça de satanás.
Antes de prosseguir, desejo dar uma ênfase sobre a nossa redenção em Cristo, porque através da obra de Cristo na cruz, somos chamados para fora do sistema do mundo caído. A palavra “Eclésia” tem um significado simples “Os chamados para fora” e aceitando ao chamado do evangelho, somos chamados de “santos” ou seja separados (Grego Hagios) chamados para fora e separados, é uma chamada para uma posição contra, oposta ao sistema do mundo. Somos chamados para fora do mundo que jaz no maligno (I João 5:19) e para separar-se dele. Tendo uma compreensão clara desse chamado e dessa identificação, podemos prosseguir no assunto da batalha em que estamos envolvidos, pois nossa posição também é oposição, contra o mundo e seus sistemas falidos. Esse mundo e seus reinos, são dominados e comandados por satanás, eles são oferecidos a Cristo na tentação (Mateus 4:7 e 8) porém Cristo rejeita essa oferta, pois os reinos desse mundo serão tomados por vitoria sobre todo o império das trevas e da morte (Hebreus 2:14 e Apocalipse 11:15)
As fortalezas precisam ser destruídas, os muros, os obstáculos, as barreiras impostas pelo diabo, essas que impedem o avanço da fé e do evangelho, do nosso crescimento espiritual e da propagação das verdades fundamentais da fé cristã. A questão intima na vida de cada cristão é que todo o pensamento deve ser libertado a escravidão da vontade diabólica torna-se cativa á Cristo. Satanás opõe-se ao conhecimento espiritual genuíno, ele se opõe de forma ferrenha contra tudo o que nos leva para mais próximo de Cristo e mais próximo da verdade. Sua luta é central no campo da crença, pois ignorância e crenças erradas são tentáculos que ele usa para manipular de forma eficaz a humanidade, se assim não fosse ele não investiria tanto no campo do espiritualismo e no campo do sobrenatural. Por outro lado, cada vez que nosso pensamento vai cativo, em obediência a Cristo poderemos ser transformados diariamente pelo evangelho, e teremos a ciência espiritual;  o conhecimento da vontade perfeita de Deus. A base da vida cristã é o relacionamento com Cristo e a obediência ao evangelho. A obediência só pode ser praticada pelo conhecimento das coisas divinas. As coisas divinas só tem sua plena revelação nas Escrituras sagradas, elas são eficientes, de plena suficiência e inerrante. Todo assunto relacionado às fortalezas do diabo, é que ele sempre quer construir obstáculos para impedir o avanço da vida espiritual de cada cristão, ele também impõe sobre os incrédulos uma terrível fortaleza para cegar completamente o entendimento do incrédulo, para que a luz gloriosa do evangelho não resplandeça sobre eles.
Podemos prosseguir nesse campo de ação do inimigo, e precisamos entender um segundo alvo de satanás. Tudo o que é fonte de benção divina para um cristão, também é alvo de satanás. Sob este ângulo, entendemos porque as filosofias satânicas disfarçadas de sabedoria terrena investem tanto contra o lar, família, filhos e a igreja.  É uma guerra cujos investimentos diabólicos é de proporções inimagináveis. Mas, porém já não somos uma geração de crentes vigilantes, não estamos com a nossa atenção voltada para a realidade de que tudo o que é abençoado por Deus é alvo de satanás, porque o intento do tentador é destruir aquilo que tem como base a característica e benevolente de Deus. Somos abençoados? Sejamos também guardiães das bênçãos, porque elas se tornam alvos de satanás.
Agora desejo finalizar esse assunto de batalha com uma advertência mais séria. A questão da visão espiritual. Vivemos numa época em que o pecado ganha significados muito superficiais, é compreendido de forma muito rasa. O conceito que temos do pecado hoje é muito superficial, isso se dá porque nossa visão de alguma forma está afetada pelo diabo. Mesmo que seja fora de nossa consciência, a neblina do inferno impede muitos cristão de verem a realidade seria do pecado.  As Escrituras ensinam que o temor do Senhor é odiar o mal (Provérbios 8:13).  A verdadeira vida espiritual consiste de paz com Deus e batalha contra o pecado. A falsa vida espiritual ignora a vontade de Deus para que possa existir uma paz com a natureza pecaminosa. Em II Samuel 11:1 a 2, Naás, o rei Amonita fez uma proposta como condição de fazer uma aliança com o povo de Jabes Gielade, cada homem capacitado para a guerra deveria ter o olho direito vazado. Isso era uma armadilha sutil, pois tornaria esses homens inaptos para a guerra, protegendo-se com o escudo com a mão esquerda, ficariam cegos  em uma batalha intensa. Satanás faz isso hoje em dia, quer arrancar nossa visão espiritual, para que não venhamos enxergar as coisas em seu devido lugar, ele mantém vantagem tremenda onde existe falta de visão espiritual. Devemos porem ter visão espiritual ampla, tal como o pai do filho prodigo que viu seu filho quando este ainda estava longe. Uma visão ampla, eficaz e potente.
As armas da nossa batalha são espirituais, nesse caso, como vimos em Efesios 6:10 a 18, a arma defensiva é a espada do espírito, a Palavra de Deus. Ela deve ser pregada,de forma correta, não usando versões adulteradas, comum em nossos dias, a Verdadeira Palavra de Deus, Fiel aos textos originais. A força e a visão de uma Eclésia, uma igreja está na intensidade com que leem, estudam e ouvem a Palavra de Deus, cristãos que tem uma firmeza doutrinaria e conhecimento correto das Escrituras, possuem um martelo que destrói as fortalezas filosóficas e demoníacas, porque a palavra de Deus é um martelo (Jeremias 27:29) Nesses ultimas dias, não haverá uma vitoria no campo da vida espiritual, se a bíblia não ganhar proeminência e não for autoridade suprema em todas as questões espirituais. Isso não soa muito bem aos ouvidos de ministros modernistas e espiritualistas, que promovem a experiência, o emocionalismo e o pragmatismo como estilo de vida espiritual.  Os verdadeiros seguidores de Cristo, estarão no centro da batalha dos últimos dias, eles serão santificados na verdade, porque a Palavra de Deus é a verdade que santifica (João 17:17) A santificação da igreja, a purificação da igreja e o poder da igreja, está na palavra de Deus pregada de forma fiel e insistente “Para a santificar, purificando-a com a lavagem da água pela palavra”(Efésios 5:26)

Assim como Paulo estava lutando para legitimar o seu apostolado, cada cristão hoje é chamado para legitimar a sua transformação pelo novo nascimento, e isso será feito quando tomamos nossas armas espirituais e lutamos contra todas as fortalezas filosóficas e levamos nosso pensamento em obediência completa a Cristo nosso Senhor e Salvador.

Clavio J. Jacinto 

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