domingo, 5 de novembro de 2017

Porque Deus não é uma ilusão




 Poderíamos afirmar que Deus existe pelo fato da fé cristã existir, pois a fé cristã existe por causa de Cristo. São causas paralelas, opostas aos pensamentos racionalistas de profetas niilistas como Friederich Nietsczche. Há um desígnio na existência humana, cada ser humano é dotado de suas próprias complexidades. A vida é um milagre, mas a fé é um milagre ainda maior. A fé cristã é a escada da ascensão para o ideal do homem bom, porque o fim da vida espiritual no conceito do verdadeiro cristianismo é o “eicone” de Cristo, (Romanos 8:29)ser feito a sua imagem e semelhança, como na criação original, onde o homem foi feito a imagem de Deus. Não falamos sobre fraqueza, a moral cristã faz um homem forte, o fracasso do cristianismo não é sua mensagem, são os não praticantes. A religião cristã não é uma muleta psicológica, pois dentro  dela, confere-se fundamentos pelos quais se estruturaram a civilização ocidental. Se dentre os professos existiram os homens malignos, isso foi por causa da pura ficção religiosa. A pratica do verdadeiro cristianismo produz verdadeiros santos e homens nobres. O seguir a Cristo pode ser subjetivo, é o caso de Judas Iscariotes, mas a pratica das virtudes de Cristo é objetivo, o homem tem uma direção a tomar. Não é ser fraco, é ser forte no caráter, mas a fortaleza das virtudes não se encontra fora da humildade e da mansidão. A pratica do perdão é celeste e a da vingança terrestre, uma libera a felicidade e a outra a tristeza. Deus não é uma ilusão, porque a causa de tudo precisa de uma causa maior. Assim como o nada é um absoluto que impossibilita a existência de qualquer coisa, a existência de tudo se dá por uma causa maior: Deus. Cristo revelou Deus na sua essência. A magnitude do universo e  sua imensidão ordenada e magnífica mostra a grandeza infinita de Deus. A  revelação de uma magnitude infinita não pode se dar, a não ser através de uma entrada humilde ao seio da humanidade, por isso o verbo se fez carne (João 1:1 e Apocalipse 19:13). A nossa fração é muito mínima para conter a visão da imensidão de Deus. Não estamos aptos a pisar nem nossos pés no espaço de sua criação, somos quase prisioneiros em um ínfimo planeta, os milhões de anos luz nos impedem de tocar no conhecimento da própria criação exterior, o universo, imagine conhecer o criador de todas as coisas. Essa finitude peculiar ao homem comum, que vive apenas algumas décadas sobre esse planeta é demasiadamente imediata, comparada com a totalidade do tempo e a extensão da criação. Nesse caso, o silencio deveria ser o fruto do mistério, a contemplação a consequência das maravilhas do universo. Mas o homem condicionado aos limites da sua própria existência e preso as circunstâncias afirma que Deus não existe. Diante do desígnio da vida e dos atributos do universo, isso é inaceitável, o homem que não conhece todos os mistérios do cosmos, que não pode tocar em cada estrela e vasculhar cada milímetro do universo, não pode chegar a tal conclusão. Mas os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos (Salmos 19:1 e 2) porem a inteligência iluminada pela razão mais pura, consegue ver um desígnio nas coisas criadas, pode ver o obvio dentro desse imenso espetáculo que é a criação. A brevidade da vida terrena é um labirinto extremo, criado pelo egoísmo de nossas complexidades rebeldes, a saída é o alto.  Deus existe, é a causa maior de todas as coisas. Existe e é responsável pela causa de todas as coisas verdadeiras e boas.  É impossível  enxergar o desígnio, cavando frestas entre nosso orgulho, e levar nossos pensamentos para navegar no acaso sem rumo, como se a sorte e o azar fossem partes de um universo fechado jogando a vida humana para uma direção sem certezas.  Há uma razão mais elevada na existência, há propósitos e projetos, eles podem ser observados numa cosmovisão cristã, a verdadeira mensagem cristã, dá dignidade ao homem, o mandamento acima de todos os mandamentos é amar ao próximo com uma intensidade de compaixão fervorosa que é aceso pela paixão mais  imediata à Deus(Mateus 22:37) Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, alma e pensamento e o mandamento semelhante a este é amar ao próximo. Que direção elevada! Que sentimento mais nobre! Que dignidade ao ser humano! Foi Cristo quem ensinou isso, essa não é uma direção que conduz a fraqueza, é a fortaleza do caráter humano. Deus existe negar sua existência é apenas uma filosofia alternativa para os que desejam tomar uma direção sem bussola, um destino sem luz. A incredulidade é um mergulho na imensidão obscura do próprio ser, Deus não é uma ilusão, a ilusão está em outra direção, oposta a fé, e a ilusão de um acaso cego, que por consequência cega a todos que vivem asfixiados pela vida sem um sentido espiritual. “Olhai para mim e sede salvos, vós todos os termos da terra; porque eu sou Deus, e não há outro”(Isaias 45:22)

Clavio J. Jacinto

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