Série preexistencia de Cristo Parte IV
“Que Sendo em forma de Deus...”(Filipenses
2;6) Paulo ensina em Filipenses 2:5 a
11, sobre a “kenosis” a doutrina do esvaziamento de Cristo, ou da humilhação de
Cristo, deixando sua posição celeste, para ocupar-se do ministério da redenção
aqui na terra. Ora o apostolo Paulo fala algo interessante, a teologia
cristologica desse apostolo nos dá muitos lampejos de glória do Eterno salvador. “Sendo em forma de Deus...” o termo grego
traduzindo por “sendo” é uparcho, e significa algo que já existe, que pré-existe,
que é durável, que tem consistência eterna, basta consultar um léxico grego do
Novo Testamento para descobrir essas preciosas verdades a respeito de Cristo,
Nosso Senhor e Salvador.(5) A
durabilidade de Cristo é incondicionalmente eterna com o Pai, esse
desprendimento que existiu na pessoa bendita do Salvador a mais de 2000 anos,
se constitui um dos mais magníficos mistérios de Deus. A posição de Cristo de
Senhor para servo, não faz dele em hipótese alguma um servo absoluto, onde
perde completamente o seu senhorio, o testemunho dos evangelhos é que Jesus
Cristo, mesmo sendo o verbo encarnado, no seu esvaziamento, não deixou de ser
Senhor, pois lemos isso em diversas passagens (Mateus 3:3 e 8:2 Lucas 6:46,
João 9:38, 11:2, 11:27, 14:22 etc). Cristo sendo em forma de Deus, não somente
testemunha da sua divindade, mas também da sua preexistencia de forma muito
clara. Sua humilhação só pode acontecer na forma mais concreta possível, porque
Ele deixa uma posição de glória e poder, para ser submetido a uma forma de
limitações e servidão. Ele deixa a destra da Majestade nas alturas, para
caminhar nas ruas do mundo. Essa mudança de posição, não está limitada ao
interior de Maria, sua mãe terrena. Está alem do tempo, e penetra nos recônditos
da eternidade infinita. Sua mudança de posição, ou um deslocamento de presença,
mostra apenas que a sua mobilidade foi uma projeção da misericórdia de deus
junto a humanidade caída. Desde que se ele fosse meramente humano, haveria algo
de errado coma redenção. Homem nenhum pode redimir-se a si mesmo, e muito menos
redimir outros. Essa é a base da redenção. Acredito que só através da humilhação
de Cristo, sua descida e sua encarnação, sendo verdadeiramente homem e verdadeiro
Deus, incluindo a sua existência desde toda a eternidade, daria as condições necessárias
para uma perfeita redenção através de um sacrifício perfeito. A abrangência da
obra da cruz está inserida na natureza do próprio Cristo. Sendo Ele de abrangência
atemporal, consegue alcançar todos os níveis de tempos, e assim efetuar uma
eterna redenção (Hebreus 9:12) Ele só pode efetuar uma eterna redenção, porque
Ele é eterno, não do ponto de vista humano, olhando para a frente, acreditando
que Cristo alcançou uma imortalidade através da ressurreição, mas porque Ele
tem a eternidade em si, e ao doar-se
como cordeiro de imolação para efetuar uma redenção pelo sacrifício da sua própria
natureza imaculada e eterna, consegue efetuar algo que tem duração perpetua,
porque a entrega completa de seu próprio ser na Cruz, faz com que os efeitos da expiação
conquistado pela sua morte vicária, tenha o mesmo caráter duradouro dEle mesmo,
que efetuou a redenção. Por isso sendo em forma de Deus, ele não usurpou ser
igual a Deus. Sua glorificação veio pela humilhação, pela conquista de uma
vitória, a vitoria sobre o pecado e sobre aquele que tinha o império da morte.
Assim, ao desprender-se da sua glória e vir a esse mundo, Cristo desce e
despoja-se da sua natureza celeste e vem revestir-se de uma natureza terrestre,
nessa humilhação a sua natureza carnal é exterior e a sua natureza divina é
interior, na sua ressurreição, seu corpo é glorificado, sua humanidade se
interioriza e a sua glória divina se exterioriza, uma vez efetuado a redenção e
ressurreição, atestam as escrituras que só existe um mediador entre Deus e os homens,
Jesus Cristo homem (I Timoteo 2:5).
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