A Solidão Ordinária
Sou pobre profeta da noite
Sou solitário no caminho de Enoque
Na sombra do Gólgota
Na terra dos desprezados
Sou pobre profeta finito
A voz do vento na chama da sarça
Uma fagulha soprada na noite da vida
Um vivo no ermo dos mortos
Sou pobre profeta sem dó
Com DEUS na vida e tão só
Um vaso que ecoa o mar
Um fogo que saiu solitário do altar
Sou profeta ordinário
Um perdido que foi achado
Uma alma solta e redimida
Um pequeno soldado em batalha
Sou um profeta pobre e redimido
Um grito liberto entre esquecidos
Sou de um caminho mais rude
O véu é a sombra da cruz
Sou apenas um entre tantos
Como a erva que faz sombra no dia
Como estrela distante que foge
Que foge do mundo para os braços
Da esperança...
Clavio Juvenal Jacinto
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