O PEREGRINO PRODIGO
Nessas estradas da vida, eu sofro
Como peregrino descalço
Em busca das ruas da consolação
Na outra margem da eternidade
Quando chegam as pedradas
O vento uivante das desolações
Quando feridas se abrem nas tribulações
Lembro-me das farpas da cruz
Os espinhos penetram na alma
As lagrimas rasgam a dor
A dor ferida fere o coração
O trajeto amargo do peregrino
Meu pai foi o antigo Adão
Sou filho desses prodigos
Hoje sou peregrino pobre
Na senda aberta na terra do fel
Quando o fim da senda chegar
Nesse caminho estreito que não quis Caim
Quando a estrada chegar ao fim
As feridas mortais serão curadas
Eu pródigo peregrino, nessa vida
Durante todo o tempo não percebi
Que embora tantos trajetos escuros
O SENHOR nunca se apartou de mim
No vale da sombra e espanto
Na tristeza da vida, ouvi um canto
Era DEUS que a mim consolava
Quando descalço e ferido, ainda andava...
Clavio J. Jacinto
Lindas poesias e prosas,
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