segunda-feira, 20 de junho de 2016

Transhumanismo e Fim dos Tempos



Estamos vivendo uma epoca de grandes avanços científicos, nas ultimas décadas, tudo mudou de uma forma espetacular, com um pouco mais de 40 anos, vi a mudança de um mundo infantil com contrastes inimagináveis. Cresci jogando bolinha de gude,  brincando de “tiroteio” jogando bola na rua, e a televisão chegou na minha casa, quando já era mais crescido, na época que existia alguma censura. Hoje meus filhos, jamais poderiam imaginar como era a vida infantil de seu papai, assim como jamais poderia imaginar que a deles também seria assim. Há muitas informações acessíveis, a tecnologia melhorou a vida de muitos, nossa sociedade vive o auge de uma civilazação desenvolvida. Com a ciência, também veio a incredulidade em potencial, vivemos o tempo em que o homem  deixou de confiar em Deus para confiar em si mesmo. Essa idéia de auto-confiança já tem raízes antigas, no conceito materialista de Nietzsche por exemplo, o homem está destinado a ser super homem, uma araçá que alcança um auge, por isso considero Nietschze um dos primeiros transhumanistas, da historia. A exaltação do homem de raça a super –raça se dá dentro de intricados princípios filosóficos e porque não afirmar, que também tem sua visão místico-ocultista. O Diabo, não perde seu discurso, sua política é triunfalista desde o principio, mesmo provocando uma queda com conseqüências desastrosas para a humanidade, continua pregando seu velho sermão de que o homem pode ser um deus. Podemos analisar as idéias de Nietschze dessa forma, como vimos em um texto educativo: “Entre vários escritos, criou o termo super homem  para designar um ser superior aos demais que, segundo Nietzsche era o modelo ideal para elevar a humanidade. Para ele, a meta do esforço humano não deveria ser a elevação de todos, mas o desenvolvimento de indivíduos mais dotados e mais fortes.” (1)

Isso soa muito comum com a seleção natural evolucionista. E é a semente das guerras, e porque não dizer de m uitos conflitos étnicos? Numa avaliação da performance dessa idéia e suas conseqüências, vimos com bastante sensibilidade, que aqui está uma prova de quanto essa idéia é intolerante e é a catapulta invisível que batalha contra a misericórdia.
 Hitler tinha idéias mais ou menos parecida, a raça ariana deveria prevalecer, a ariosofofia, era uma corrente, uma ideologia comum na época da Alemanha dominada pelo nazismo (2) até hoje certas correntes gnósticas ainda classificam os judeus de anti-raça, e enaltecem a soberania racial dos  brancos, ou hiperbóreos, esses seriam a raça criada por deuses, em oposição aos judeus criados por um demiurgo. A idéia da sobrevivência do mais apto, do mais forte, e por fim dos que merecem uma posição elevada na criação, é o que prevalece nessas ideologias humanistas.

 O mais apto? encontramos o homem num sistema em que a aptidão se dá por diversas circunstancias, pessoas que sofrem com a injustiça, não podem resistir da mesma forma como as que vivem em uma sociedade mais justa. Assim como os soldados nazistas que lutaram na frente oriental, não resistiram ao frio russo de inverno, como resistiram os soldados de Stalin. A aptidão não é uma lei cega, um principio circunstancial.
 A tese ariana, é um blefe, assim como as idéias de Nietsczhe também são um blefe, a irônica ideologia evolucionista da sobrevivência do mais apto torna-se uma contradição, quando o assunto entra em ideologias direitistas de supremacia racial, sejam elas branca ou arianas, porque esse principio, se colocado na pratica na vida dos judeus,  classifica eles como uma das  raças mais aptas para sobreviverem, pois nenhum outro povo, mostrou tanta competência intelectual, através de tantos judeus que ganharam o premio Nobel, ou avaliando a nação atual, que por ser tão pequena, tem sobrevivendo no oriente médio por décadas, mesmo cercado por tantos inimigos. Respondendo a altura, em todos os confrontos, nos conflitos que envolvem a segurança deles. Alem disso, como única democracia no oriente médio, observem para a tecnologia desenvolvida em Israel, pelos judeus, e o desenvolvimento agrario e cientifico. Dispensa comentários!  Se uma raça, em pleno deserto, faz com que a terra Arida, produza frutos e flores, da melhor qualidade, então nada mais se precisa dizer a respeito de aptidão para sobrevivência. Parece irônico, mas o povo que nos deu a bíblia, é uma prova contra as ideologias racistas de aptidão, e como raça, não deixa nada a desejar para as demais.
 O mundo secular vem crescendo, de modo a se tornar cada vez mais anti-Deus. O ateísmo vem crescendo, não como um movimento intelectual, mas como uma ditadura religiosa intolerante, colocando a fé no homem, no proprio homem. Não há ideologia que possa sobreviver nesse mundo sem uma esperança. E como não existe espaço para o místico, para o sobrenatural, ou para um Criador, então coloca-se a fé no próprio homem.
Há muito tempo atrás li em um livro antigo sobre a história de um estranho filosofo grego, que pregava o suicídio aos outros, porque a vida não tinha qualquer sentido, não me lembro qual o nome desse filosofo, mas o texto ficou gravado no meu coração, porque era a visão secular, desprovida de um sentido real, que levou esse estranho filosofo a incentivar outros a se suicidarem. Onde nos leva, uma sociedade secular? Para onde nos leva a ideologia racionalista e ateísta? Porque o momento é crucial para o crescimento potencial do secularismo e do racionalismo anti-religioso? Porque estamos vivendo em um momento celebre, aquele momento em que o homem alcançou progresso inimagináveis, e com isso se sente seguro, porque a sua intelectualidade ensoberbeceu o coração. Paulo em Romanos 1 denuncia a soberba humana, da sabedoria ao caminho da loucura(Romanos 1:22) a degradante visão de um mundo puramente secular e materialista, já era uma filosofia conhecida nos tempos antigos. O ideal epicureu era “comamos e bebamos, porque amanhã morreremos” (Atos 17:17 e 18). Uma vida desprovida de sentido espiritual, mas reduzida a princpios animalescos, o homem torna-se, nessa visão secular, um animal de sorte, que se desenvolveu até ser o que é hoje, e segue rumo a um aperfeiçoamento, até chegar a ser um semi-deus, alcançará um auge, um cume evolucionista, onde está o paraiso dos incrédulos. É correto pensar, que enquanto  a ignorância, obscurece o coração do homem, para que a semente incredulidade germine, A sabedoria humana, por sua vez encarcera o coração do homem, para produzir o ceticismo.

O ceticismo de nossos dias nada mais é do que a mudança da fé em Deus para a fé no próprio homem, nada mais que isso. Num sentido simples, a fé é a confiança em alguém, ou em alguma coisa, e de certo modo, um ateu crê em si mesmo, em seus argumentos e nas evidencias que ele constrói dentro de sua cosmovisão.  A convergência passa para a fé na própria raça humana, onde alcançará um auge, e na perspectiva mais otimista, alcançará uma imortalidade, através da tecnologia, essa tendência é observada por exemplo no movimento criogenista. De qualquer forma, ao apagar a chama da fé sobrenatural, o homem secular acende uma chama de esperança, num futuro promissor para a raça humana, para alguns através do triunfo da supremacia racial, seja ela a branca ou ariana, para outros, através do surgimento de um super-homem, como na visão de Nietzsche, e ainda outros, numa fusão de maquina e homem, alcançando níveis de vida além da nossa imaginação, como proclama o transhumanismo.(3)
A condição de uma vida secular nos leva a miséria espiritual, é Paulo quem adverte, que mesmo um cristão, torna-se um miserável, se esperar por Cristo somente nessa vida, por outro lado nos adverte as escrituras, que o homem que confia no próprio homem, trilha o caminho da maldição: “ Assim diz o SENHOR: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do SENHOR!(Jeremias 17:5), nenhum outro texto das escrituras pode ser tão claro, contra todas ideologias de supremacia racial e secular, a confiança do homem caido no homem caido, é uma direção para a decepção certa!
O orgulho humano se expande com promessas de auto-exaltação, desde o principio, no Eden, Satanás desenvolveu a ideologia do homem tornar-se independente, tornar-se um deus, um ser supremo, cujas as raízes seriam seu próprio egoísmo., enquanto que a proposta satânica era que Deus existia mas era injusto para com o homem, o ateísmo vocifera que a injustiça e o sofrimento no mundo, fazem apologia contra a existência de Deus. Estamos vivendo nessa época onde o homem mostra toda a sua capacidade criativa, intelectual e cientifica, um auge que o leva para os picos da auto-exaltação, como no caso de Nabucodonosor, que olhando para a cidade da Babilonia, se enche de soberba e orgulho, quando o homem deixa de acreditar em um Deus supremo, inevitavelmente acaba por divinizar a si mesmo, pois de qualquer forma, um homem precisa de alguma fé para prosseguir existindo


Parte II

Quanto mais o homem confia em si mesmo como se fosse dono de seu destino, mais desvia-se do supremo proposito de amar e servir a Deus.

O homem foi criado para depender de Deus, rebelou-se para depender de si mesmo, e por esse caminho de rebelião traçou o tragico destino de depender das maquinas.

Quanto mais o homem exalta-se a si mesmo, mais ele perde a sua imagem de Deus.

A ciencia e a inteligencia do homem não são capazes de produzir uma luz eficiente para iluminar as vias de obscuridades produzidas por uma humanidade sem Deus.

O anticristo é a oposição final do homem enganado pelo diabo, é a obra final do diabo que enganou o homem.




Clavio  Juvenal  Jacinto

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