Pensas que não choro?
Meu coração de lata, bate fraco
Com um eco nas nuvens siderais
Em perfeita harmonia com o choro do desamparado
Não sou como as ondas do mar
Meus suspiros são reduzidos
Como as flores esmagadas na calçada
Ou como a lua ferida pelos espinhos da rosa
Pensas que não choro?
Sou hibrido de alma e corpo
Sorrisos e sentimentos magistrais
Pois que nunca uma mensagem é tão profunda
Quando um coração chora
Estampando na face o brasão da dor
Escrevendo em papéis de nevoas
O desconsolo das horas solitárias
Pensas que não choro?
Relembro das mãos vazias da mansidão
Num espaço retorcido pelas extremas saudades
Quando os restos mortais de minha esperança
Eram colocadas na face macia da minha vida
Num alento de sopro e palavras
Na lustral gota de meu animo dobrado
Abriu-se as paginas do coração atormentado
Por um momento de descanso, adormeci sorrindo
Clavio J. Jacinto
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