A RELIGIÃO DO AVESSO
Você conhece a história da
conversão de Paulo? Certamente você já está familiarizado com esse tema. Paulo
era fariseu, zeloso, grande defensor das crenças tradicionais do judaísmo.(Atos 9:1 a 30) Havia nele uma paixão pela religião, a crença corria em suas veias e pulsava na
vitalidade de suas ações. Era grande sua devoção, não havia marginalidade em
suas convicções, a religião era o centro onde gravitavam todos os impulsos e
sentimentos de Paulo. Até que num
caminho empoeirado, seguindo a Damasco, Jesus vai se encontrar com ele. Esse
encontro impactou a vida de Paulo, virou a sua religião do avesso, e caiu dos
compartimentos internos todas as crendices, todas as superstições, todas as
falsidades, todos os erros teológicos. Ele viu isso! Era uma quantidade enorme
de trapos de justiça, contaminados com o orgulho do velho homem. O encontro de Cristo com Paulo foi um
encontro da luz com as trevas, e a luz iluminou o coração de Paulo, e ele viu o
lixo acumulado dentro de si. Precisava se esvaziar até mesmo da sua visão.
Havia erudição em Paulo, mas não havia a luz da compreensão. Havia devoção mas
não havia verdade. Ainda assim, a
envergadura de suas convicções era gigante, o peso de suas crenças o tornava
gigante, servia como pedestal para apoiar seu próprio orgulho. Mas Cristo
encontra Paulo, era Paulo quem estava perdido, a luz de suas crenças iluminavam
só a sua cegueira, suas convicções espirituais fixavam a sua própria alma na
perdição. É exatamente o que ocorre com muitos, firmam suas convicções no erro,
e ali permanecem inabaláveis, a não ser que a graça de Deus os alcance e Cristo
vá de encontro a eles. A religião sem o
verdadeiro Cristo, sem a glória do perfeito evangelho, empalha o homem, serve
apenas para mumificar o coração, torná-lo rígido, endurecido, obscurecido, gerando
morte e rigidez espiritual. (Efésios
2:2). Mas há uma esperança: Cristo
Jesus, a sua glória santa e seu sacrifício perfeito estava indo de encontro ao
Paulo enfurecido, zeloso por uma religião cheia de grilhões, ouço o arrastar
deles no caminho de Damasco, Paulo precisava ser liberto disso, e o libertador
encontra-o no seu percurso de fúria, é um confronto, um encontro, uma
transformação, os ruídos intrépidos das parafernálias da religião morta caíram quando
Paulo caiu, caiu sua justiça própria, sua arrogância, suas crenças, suas
convicções, seu orgulho, seu sistema, os estilhaços de suas crendices se
espalharam, a alma de Paulo ficou nua, e ele viu seu próprio cadáver inútil,
mas Cristo foi de encontro a Paulo, levando a vida de ressurreição, para
entregar a Paulo a religião vivificante, o evangelho da graça de Deus. Desse
encontro, cristo revela-se e Paulo recebe a luz do evangelho, o perdão que vem
pelo evangelho, seu encontro é radicalmente transformador, ele não junta os
pedaços mumificados da velha religião adâmica, espalhados pela estrada, ele
deixa Cristo entrar na sua vida, e leva o Salvador consigo até Damasco. Ficou para trás a religião
adquirida pela tradição. Paulo continua com a sua intensa paixão, com a sua
vida de sacrifício, a diferença é que o seu eu morreu na cruz, e Cristo vive
dentro de seu coração. (Extraído de um sermão expositivo sobre Atos 9 - Autor:
Clavio J. Jacinto)
Nenhum comentário:
Postar um comentário