terça-feira, 6 de março de 2018

A RELIGIÃO DO AVESSO





A RELIGIÃO DO AVESSO

Você conhece a história da conversão de Paulo? Certamente você já está familiarizado com esse tema. Paulo era fariseu, zeloso, grande defensor das crenças tradicionais do judaísmo.(Atos 9:1 a 30) Havia nele uma paixão pela religião, a crença corria em suas veias e pulsava na vitalidade de suas ações. Era grande sua devoção, não havia marginalidade em suas convicções, a religião era o centro onde gravitavam todos os impulsos e sentimentos de Paulo.  Até que num caminho empoeirado, seguindo a Damasco, Jesus vai se encontrar com ele. Esse encontro impactou a vida de Paulo, virou a sua religião do avesso, e caiu dos compartimentos internos todas as crendices, todas as superstições, todas as falsidades, todos os erros teológicos. Ele viu isso! Era uma quantidade enorme de trapos de justiça, contaminados com o orgulho do velho homem.  O encontro de Cristo com Paulo foi um encontro da luz com as trevas, e a luz iluminou o coração de Paulo, e ele viu o lixo acumulado dentro de si. Precisava se esvaziar até mesmo da sua visão. Havia erudição em Paulo, mas não havia a luz da compreensão. Havia devoção mas não havia verdade.  Ainda assim, a envergadura de suas convicções era gigante, o peso de suas crenças o tornava gigante, servia como pedestal para apoiar seu próprio orgulho. Mas Cristo encontra Paulo, era Paulo quem estava perdido, a luz de suas crenças iluminavam só a sua cegueira, suas convicções espirituais fixavam a sua própria alma na perdição. É exatamente o que ocorre com muitos, firmam suas convicções no erro, e ali permanecem inabaláveis, a não ser que a graça de Deus os alcance e Cristo vá de encontro a eles.  A religião sem o verdadeiro Cristo, sem a glória do perfeito evangelho, empalha o homem, serve apenas para mumificar o coração, torná-lo rígido, endurecido, obscurecido, gerando  morte e rigidez espiritual. (Efésios 2:2).  Mas há uma esperança: Cristo Jesus, a sua glória santa e seu sacrifício perfeito estava indo de encontro ao Paulo enfurecido, zeloso por uma religião cheia de grilhões, ouço o arrastar deles no caminho de Damasco, Paulo precisava ser liberto disso, e o libertador encontra-o no seu percurso de fúria, é um confronto, um encontro, uma transformação, os ruídos intrépidos das parafernálias da religião morta caíram quando Paulo caiu, caiu sua justiça própria, sua arrogância, suas crenças, suas convicções, seu orgulho, seu sistema, os estilhaços de suas crendices se espalharam, a alma de Paulo ficou nua, e ele viu seu próprio cadáver inútil, mas Cristo foi de encontro a Paulo, levando a vida de ressurreição, para entregar a Paulo a religião vivificante, o evangelho da graça de Deus. Desse encontro, cristo revela-se e Paulo recebe a luz do evangelho, o perdão que vem pelo evangelho, seu encontro é radicalmente transformador, ele não junta os pedaços mumificados da velha religião adâmica, espalhados pela estrada, ele deixa Cristo entrar na sua vida, e leva o Salvador  consigo até Damasco. Ficou para trás a religião adquirida pela tradição. Paulo continua com a sua intensa paixão, com a sua vida de sacrifício, a diferença é que o seu eu morreu na cruz, e Cristo vive dentro de seu coração. (Extraído de um sermão expositivo sobre Atos 9 - Autor: Clavio J. Jacinto)

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