sábado, 31 de março de 2018

O EGO E A IDOLATRIA



Em Juízes 2:7 a 23, vimos como o povo da promessa declina-se rapidamente para a apostasia. É algo peculiar na historia do antigo testamento, essa tendência nata de corromper-se espiritualmente. A natureza pecaminosa do homem tende sempre a abandonar a vida de obediência e inclinar-se aos desejos do próprio coração, e o coração do homem é viciado em idolatria. Isso é um fato real comprovado não somente pela historia bíblica, mas também pelo estudo comprado das religiões. Em todas as épocas o homem sempre se inclinou a adoração profana e idolatra. Nada escapa dessa vicio pernicioso alojado no coração humano. Conta-se que durante a segunda guerra mundial, o estado ateísta da União soviética, junto com seus lideres veneravam o cadáver de Lenin, mesmo num estado tão secular e anti-religioso como a extinta URSS, ali estava a lepra espiritual da idolatria. Não importa, não há mente arreligiosa, isso é um mito. O homem sempre venera algo, dentro dele existe uma força espiritual tremenda que leva a isso. Por mais secular que seja alguém, por mais cético e por mais incrédulo que seja, ainda assim se inclina na devoção e na confiança de algo, como na própria razão. Paulo fala sobre um tipo de idolatria que é interna, a matriz espiritual dessa idolatria é o amor que nasce no coração humano. Não há necessidade de ídolos físicos, porque a matéria da imaginação pode muito bem lavrar divindades no coração do homem, assim ele fala que a avareza é idolatria, isso significa mais um sentimento de amor por algo, e isso ultrapassa os limites das coisas materiais, pois a razão do homem, a ciência, as ideologias são veneradas como divindades pelos homens modernos, não é admirável que tenha fanáticos, porque o fanatismo é u apego ferrenho sobre idéias, crenças e ideologias que ocupam o centro do pensamento e o cerne do próprio eu. Isso é uma prova de que a bíblia entende muito bem da natureza humana, e todo o velho Testamento atesta essa conduta do homem, em afastar-se com muita facilidade de uma verdade para o erro.  Agora me deixe dizer que na nova aliança não é diferente, embora tenhamos o Evangelho e o Espírito Santo, é possível apostatar-se da mesma forma que os judeus no Antigo Testamento, as possibilidades são iguais porque a natureza humana não mudou. A menos que o homem seja transformado pelo evangelho e torne-se uma nova criatura, e viva no controle do Espírito Santo, não poderá vencer esses impulsos para o abismo da apostasia (II Coríntios 5:17, Efésios 4:24 e Romanos 8) Pelo fato da experiência do novo nascimento e a regeneração não ser  uma evidencia na maior parte dos cristãos modernos, a tendência pela idolatria é obvio,  como vimos nessa geração de crentes que idolatram  pregadores, cantores, pastores etc. Lamentavel isso, mas é fato!

Clavio J. Jacinto

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