Em Juízes 2:7 a 23, vimos como o
povo da promessa declina-se rapidamente para a apostasia. É algo peculiar na
historia do antigo testamento, essa tendência nata de corromper-se espiritualmente.
A natureza pecaminosa do homem tende sempre a abandonar a vida de obediência e
inclinar-se aos desejos do próprio coração, e o coração do homem é viciado em
idolatria. Isso é um fato real comprovado não somente pela historia bíblica, mas
também pelo estudo comprado das religiões. Em todas as épocas o homem sempre se
inclinou a adoração profana e idolatra. Nada escapa dessa vicio pernicioso
alojado no coração humano. Conta-se que durante a segunda guerra mundial, o
estado ateísta da União soviética, junto com seus lideres veneravam o cadáver de
Lenin, mesmo num estado tão secular e anti-religioso como a extinta URSS, ali
estava a lepra espiritual da idolatria. Não importa, não há mente arreligiosa,
isso é um mito. O homem sempre venera algo, dentro dele existe uma força
espiritual tremenda que leva a isso. Por mais secular que seja alguém, por mais
cético e por mais incrédulo que seja, ainda assim se inclina na devoção e na confiança
de algo, como na própria razão. Paulo fala sobre um tipo de idolatria que é
interna, a matriz espiritual dessa idolatria é o amor que nasce no coração
humano. Não há necessidade de ídolos físicos, porque a matéria da imaginação pode
muito bem lavrar divindades no coração do homem, assim ele fala que a avareza é
idolatria, isso significa mais um sentimento de amor por algo, e isso
ultrapassa os limites das coisas materiais, pois a razão do homem, a ciência,
as ideologias são veneradas como divindades pelos homens modernos, não é admirável
que tenha fanáticos, porque o fanatismo é u apego ferrenho sobre idéias,
crenças e ideologias que ocupam o centro do pensamento e o cerne do próprio eu.
Isso é uma prova de que a bíblia entende muito bem da natureza humana, e todo o
velho Testamento atesta essa conduta do homem, em afastar-se com muita
facilidade de uma verdade para o erro.
Agora me deixe dizer que na nova aliança não é diferente, embora
tenhamos o Evangelho e o Espírito Santo, é possível apostatar-se da mesma forma
que os judeus no Antigo Testamento, as possibilidades são iguais porque a
natureza humana não mudou. A menos que o homem seja transformado pelo evangelho
e torne-se uma nova criatura, e viva no controle do Espírito Santo, não poderá
vencer esses impulsos para o abismo da apostasia (II Coríntios 5:17, Efésios
4:24 e Romanos 8) Pelo fato da experiência do novo nascimento e a regeneração
não ser uma evidencia na maior parte dos
cristãos modernos, a tendência pela idolatria é obvio, como vimos nessa geração de crentes que
idolatram pregadores, cantores, pastores
etc. Lamentavel isso, mas é fato!
Clavio J. Jacinto
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