Cristo ensina em Mateus 6:24 que não podemos servir a dois senhores, ele termina a sua lógica com uma máxima simples: não podemos servir a Deus e a Mamom. Não importa o tamanho do conflito contra a nossa alma, as batalhas mais fatais contra nosso destino travam-se dentro de nosso coração. A maneira como devemos lidar com esse problema é o reajuste do nosso foco. Na vida cristã só deve existir um caminho, um foco, uma direção e um objetivo. É um caminho linear com um ponto fixo na eternidade. Cristo deve ser o foco e a mensagem é o evangelho, esse caminho estreito não permite espaço para as paixões mundanas e para interesses pessoais convenientes, a satisfação traz outro problema, desde que o centro dessa satisfação seja o coração do homem ao invés da vontade de Deus, tudo perde-se num emaranhado de desejos entrelaçados no ego humano que fazem da nossa vida um labirinto de desejos que precisam ser satisfeitos. A paixão humana é voraz, nunca se satisfaz. Para um pecado que dá prazer, a fome aumenta, assim como na avareza, ela nunca diminui quando se ganha mais. Há uma ferocidade monstruosa na concupiscência humana. A questão é o foco. Quando viver para a glória de Deus passa a ser nosso foco, tudo começa a mudar. Há um só Senhor a ser servido, o ego nunca pode se assenhorar de nossos desejos, muito menos nossas paixões. Homens de Deus tiveram que lidar com esse problema. Davi olhou para Betseba, ali estava uma cena sensual, mas a questão não a sensualidade mas os olhos carnais. O foco não era o Senhor, era o prazer da carne que nasceu de um visual tentador. Satanás usou essa estrategia no Éden. Ali não havia a sensualidade mas a ganancia por ser mais do o outro. Não é este um problema grave hoje em dia, os títulos eclesiásticos são os degraus da decadência moral de muita gente. O querer ser diante dos homens ocupa um lugar no coração de muita gente. Por outro lado, vimos como Davi mesmo ungido por Samuel, permanece durante muito tempo sob a capa da humildade, era um rei foragido na caverna de adulão, ao invés de reinar num palácio, ele estava debaixo do trapo bendito da humildade e não nos trajes malditos da arrogância. Olhamos para o autor e consumador da nossa fé, esse é o foco, um só Senhor, um ponto fixo na realidade espiritual, como fez Abraão, quando decide dar a escolha ao sobrinho Ló, este estava sem foco verdadeiro. As campinas eram paradisíacas, ar refrescante e terras férteis, prosperidade e muitas vantagens pessoais, a escolha é feita com a intenção dupla, ser de Sodoma e ser da descendência de Abraão, herdar a terra prometida mas não perder as vantagens do mundo. O foco de Abra~]ao não era o deserto, era a vontade de Deus, mesmo nos momentos mais radicais, Abra~]ao não perde o foco, servir a Deus significa aniquilar a vontade própria, e então ele vai com Isaque sacrificar o seu amor. Para levar Isaque ao holocausto da morte, Abraão teria que morrer primeiro, Deus estava interessado pela morte do eu de Abraão, e ali do monte, não houve uma provisão somente, houve a morte do eu de Abraão, ele volta do monte com um filho vivo e com uma fé mais viva ainda, Deus sempre acrescenta bençãos espirituais quando mortificamos nossas concupiscências terrenas. Cristo o foco e nada mais...
Clavio J. Jacinto
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