UM HOMEM CHAMADO MICA.
O livro de Juízes é um livro
interessante sob diversos aspectos, nele encontramos duas histórias bem
conhecidas, de Sansão e Gideão, mas no capitulo 17 encontramos a historia de
Mica. A situação moral e espiritual daquela época não era das melhores, que
Mica fale sobre isso, tudo indica que as mil e cem moedas de prata que ele
devolve pra sua mãe, tenha sido furtado por ele mesmo, que com medo da maldição,
devolve-as para sua mãe. O de um homem que rouba a sua própria mãe? Pois é,
esse Mica, vai fundar uma religião, ele deseja ter seu próprio ministério, e
então age de modo a sustentar seu misticismo pelas evidencias, faz um efode e ídolos,
e torna-se o inventor de uma nova religião sincrética. Mica não entendia nada de
Escrituras, se entendesse algo sobre os escritos de Moisés, não teria roubado a
sua mãe, não teria promovido a idolatria. Era ignorante com relação às verdades
espirituais. Mas era religioso, e no seu coração queria servir ao seu jeito, e
então trabalha para fazer algo que preencha os requisitos da sua opinião. Criou
uma seita, e as coisas estavam indo bem, chegou a acreditar que tinha o favor
de Deus pois um Levita aparece no seu caminho, Mica consagra o levita e agora
temos uma religião funcional.(Juízes 17:13) Um sacerdote assalariado e um rito
organizado, e o contexto era “cada fazia o que era certo aos seus próprios
olhos” (Juízes 17:6) a sombra da ignorância alimenta o erro, nesse caso vimos
como isso é verdadeiro no caso de Mica. Sem um conhecimento espiritual adequado
e com uma moralidade duvidosa, lança-se a devoção religiosa e promove um culto
a sua maneira não autorizada por Deus, e se Nadabe e Abiú ofereceram fogo
estranho, aqui Mica oferece adoração estranha, que é o subproduto de uma mini
religião marginalizada e sincrética. Vimos muito disso hoje em dia, eu conheço
muiyta gente que não tem o mínimo de conhecimento bíblico e lança-se na
aventura de dar uma de Mica. Aquele homem poderia simplesmente restaurar a
ordem do culto prescrito, se tivesse conhecimento da lei mosaica, não fez,
porque não tinha. Não era um homem preparado para ser um líder religioso em hipótese
alguma, como a maioria dos modernos fundadores de ministérios carismáticos e
neopentecostais não são! Quando Paulo
ensina que o homem de Deus deve manejar bem a palavra da verdade, está falando
sobre responsabilidade de ser completamente bíblico não de fazer uma colcha de
retalhos com os textos bíblicos. Mas o principio de Mica funciona! Essa é uma
boa formula para produzir péssimas religiões, muito fácil, desde que todos
fiquem satisfeitos: Mica, a mãe de Mica e o Levita, todos estão bem, lá na
frente a divisão, os Danitas roubam a idéia, a liturgia, e os elementos: ídolos
e o Levita, que era um conveniente, ora o que vocês acham? Que religião falsa
vai produzir verdadeiros devotos? A marca clara do Micaismo é a conveniência, é
a religião para agradar os instintos humanos, é humanista e por isso mesmo é idolatra
porque a formula da idolatria é o ego do homem caído nutrido por idéias demoníacas.
Agora hoje, o Micaismo com suas variações é uma repetição sofisticada desse
movimento heterodoxo, una-se o útil ao agradável, os Micas modernos, no afã de
produzirem suas religiões simplesmente tomam emprestados elementos do
cristianismo, tomam uma boa dose de misticismo medieval, crenças da nova era,
uma pitada de espiritualismo, superstições, psicologia, adicionam o humanismo e
a estética das palavras suaves e colocam todos os ingredientes no caldo do
pragmatismo e o resultado é uma serie de experiências pseudo espirituais que
anestesia o discernimento das vitimas, promovendo o êxtase da uma falsa felicidade
e uma satisfação esotérica. E tudo isso é feito debaixo da mesma declaração
micaista de serem também favorecidos por
Deus. (Autor: Clavio Juvenal Jacinto)
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