quinta-feira, 12 de abril de 2018

UM HOMEM CHAMADO MICA.


UM HOMEM CHAMADO MICA.
O livro de Juízes é um livro interessante sob diversos aspectos, nele encontramos duas histórias bem conhecidas, de Sansão e Gideão, mas no capitulo 17 encontramos a historia de Mica. A situação moral e espiritual daquela época não era das melhores, que Mica fale sobre isso, tudo indica que as mil e cem moedas de prata que ele devolve pra sua mãe, tenha sido furtado por ele mesmo, que com medo da maldição, devolve-as para sua mãe. O de um homem que rouba a sua própria mãe? Pois é, esse Mica, vai fundar uma religião, ele deseja ter seu próprio ministério, e então age de modo a sustentar seu misticismo pelas evidencias, faz um efode e ídolos, e torna-se o inventor de uma nova  religião sincrética. Mica não entendia nada de Escrituras, se entendesse algo sobre os escritos de Moisés, não teria roubado a sua mãe, não teria promovido a idolatria. Era ignorante com relação às verdades espirituais. Mas era religioso, e no seu coração queria servir ao seu jeito, e então trabalha para fazer algo que preencha os requisitos da sua opinião. Criou uma seita, e as coisas estavam indo bem, chegou a acreditar que tinha o favor de Deus pois um Levita aparece no seu caminho, Mica consagra o levita e agora temos uma religião funcional.(Juízes 17:13) Um sacerdote assalariado e um rito organizado, e o contexto era “cada fazia o que era certo aos seus próprios olhos” (Juízes 17:6) a sombra da ignorância alimenta o erro, nesse caso vimos como isso é verdadeiro no caso de Mica. Sem um conhecimento espiritual adequado e com uma moralidade duvidosa, lança-se a devoção religiosa e promove um culto a sua maneira não autorizada por Deus, e se Nadabe e Abiú ofereceram fogo estranho, aqui Mica oferece adoração estranha, que é o subproduto de uma mini religião marginalizada e sincrética. Vimos muito disso hoje em dia, eu conheço muiyta gente que não tem o mínimo de conhecimento bíblico e lança-se na aventura de dar uma de Mica. Aquele homem poderia simplesmente restaurar a ordem do culto prescrito, se tivesse conhecimento da lei mosaica, não fez, porque não tinha. Não era um homem preparado para ser um líder religioso em hipótese alguma, como a maioria dos modernos fundadores de ministérios carismáticos e neopentecostais não são!  Quando Paulo ensina que o homem de Deus deve manejar bem a palavra da verdade, está falando sobre responsabilidade de ser completamente bíblico não de fazer uma colcha de retalhos com os textos bíblicos. Mas o principio de Mica funciona! Essa é uma boa formula para produzir péssimas religiões, muito fácil, desde que todos fiquem satisfeitos: Mica, a mãe de Mica e o Levita, todos estão bem, lá na frente a divisão, os Danitas roubam a idéia, a liturgia, e os elementos: ídolos e o Levita, que era um conveniente, ora o que vocês acham? Que religião falsa vai produzir verdadeiros devotos? A marca clara do Micaismo é a conveniência, é a religião para agradar os instintos humanos, é humanista e por isso mesmo é idolatra porque a formula da idolatria é o ego do homem caído nutrido por idéias demoníacas. Agora hoje, o Micaismo com suas variações é uma repetição sofisticada desse movimento heterodoxo, una-se o útil ao agradável, os Micas modernos, no afã de produzirem suas religiões simplesmente tomam emprestados elementos do cristianismo, tomam uma boa dose de misticismo medieval, crenças da nova era, uma pitada de espiritualismo, superstições, psicologia, adicionam o humanismo e a estética das palavras suaves e colocam todos os ingredientes no caldo do pragmatismo e o resultado é uma serie de experiências pseudo espirituais que anestesia o discernimento das vitimas, promovendo o êxtase da uma falsa felicidade e uma satisfação esotérica. E tudo isso é feito debaixo da mesma declaração micaista de serem também  favorecidos por Deus. (Autor: Clavio Juvenal Jacinto)

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