Quando Cristo afirma que Ele era
antes de Abraão (João 8:58 e 59) ele estava revelando-se como aquele que saiu
dos portais da eternidade e estava no tempo criado. O tempo é parte da criação,
assim como a matéria também é. Cristo
veio na plenitude dos tempos (Gálatas 4:4) entrou na criação e se fez criatura
quando tornou-se homem (I Timóteo 3:16) A eternidade não tem começo e fim, mas
o tempo tem, Cristo não saiu das coisas finitas mas da eternidade (Miqueias
5:2) significa que o Cristo Eterno entra
na matéria e na criação, essa é a realidade da pessoa de Cristo(João 14:6) O
logos de João 1;1, traduzido como Verbo, era com Deus, estava com Deus, estava
dentro da essência da divindade em semelhança e identidade. A ação criadora
total só pode ser manifesta em quem pode expressar uma divindade absoluta, e
todas as coisas foram feita por ele (João 1:3) A plenitude da divindade estava
nEle (Colossenses 2:9) A encarnação de Cristo significa que Ele entra na
criação, da manutenção para a sujeição, mas na ressurreição ele sai do tempo e
volta para a eternidade, e da sujeição volta a obra de manutenção da criação
(Hebreus 1:3). Quando cristo afirma “Eu sou”, embora entre no tempo criado, o
verbo que entra na encarnação, como um grande mistério (I Timóteo 3:16) não
deixa de ser eterno, pois a união hipostática não anula a sua eternidade. Assim
Deus em Cristo é a consumação de mistério maravilhoso, o Filho eterno que era
desde a eternidade com o Pau vem ao mundo para tornar-se sujeito ao Pau através
da sua encarnação. Quando o eterno se
faz humano, e sujeita-se aos limites das coisas criadas, revela sujeição
humilhação e poder, porque Deus sendo Deus, tornou evidente que não era
impossível que seu Filho ganhasse um corpo limitado pela criação, para que a
criação ganhasse um corpo que não fosse limitado pela eternidade. O verbo
encarnado é um elo que une o homem mortal á imortalidade e o temporal a
eternidade. Por isso Cristo é a
esperança da glória (Colossenses 1:27) Pois que em desespero caiu a Adão e toda
a sua posteridade ficou sujeita a humilhação e a corrupção, e Cristo na sua
encarnação, sem deixar de ser eterno por natureza, torna-se mortal por
sujeição, na vida da sua carne, pois torna-se humano sem deixar de ser divino,
para que o homem possa comungar com as coisas espirituais. Entrando no mundo,
foi preparado um corpo para o Filho de Deus (Hebreus 10:5) esse corpo de carne,
santificado na essência de quem o possuía, o Cristo divino, fez com que o
relacionamento do homem com Deus fosse possível, porque na cruz e através de um
sacrifício perfeito, e o verbo na sua condição de carne rasgada, na dor e no
desamparo, sujeito a condição de sofrimento, abre um vivo caminho para tornar
possível a união comunicativa entre os homens e o Deus Soberano (Hebreus 10:19
a 25) Seja Deus louvado por tão grande beneficio concedido aos pecadores.
Clavio J. Jacinto
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