Pode parecer estranho dizer que a alegria é o resultado das nossas escolhas. Com frequência imaginamos que algumas pessoas têm mais sorte do que outras e que a sua alegria ou tristeza dependem das circunstâncias da sua vida – sobre a qual não têm controlo. No entanto, temos uma hipótese de escolha, não tanto em relação às circunstâncias da nossa vida, quanto em relação à maneira como reagimos a essas circunstâncias. (…) É importante darmo-nos conta de que em cada momento da nossa vida temos a oportunidade de escolher a alegria. A vida tem muitas facetas. Há sempre facetas tristes e alegres na realidade que vivemos. E, por isso, temos sempre a possibilidade de viver o momento presente, como causa de ressentimento ou como causa de alegria. É na escolha que reside a nossa verdadeira liberdade. E esta liberdade, em última análise, é a liberdade de amar. É capaz de ser uma boa ideia perguntarmos a nós mesmos como é que desenvolvemos a nossa capacidade de optar pela alegria. Talvez possamos reservar alguns momentos no final do nosso dia, para ver como é que o passámos – seja o que for que tenha acontecido – e agradecer a oportunidade de o ter vivido. Se assim o fizermos, aumentaremos a capacidade do nosso coração para optar pela alegria. E, ao construirmos um coração mais alegre, tornar-nos-emos, sem nenhum esforço extraordinário, fonte de alegria para os outros. Assim como a tristeza origina tristeza, assim a alegria origina alegria. –
Henri Nouwen, em “Aqui e Agora”
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