A Vida Cristã Vitoriosa: Como experimentá-la?

“Este deve ser o nosso maior empenho, vencermos a nós mesmos, tornarmos cada dia mais forte e fazermos algum progresso no bem” (Tomás de Kempis)

Ninguém pode viver a vida cristã encima das ruínas impostas pelo diabo. As escrituras afirmam que nós cristãos temos a autoridade de pisar as serpentes e os escorpiões, e nunca devemos permitir que a nossa vida seja de contínuo, pisada pelo inimigo. A vida cristã vitoriosa é viver debaixo da autoridade de Deus, para não sofrer as imposições do inimigo.

No que consta nas escrituras, a autoridade espiritual de subjugar o inimigo, é nossa. Portanto o cristão nunca é vitima das circunstâncias, impostas por aquele que veio para matar roubar e destruir, nossa posição é de mais do que vencedores. Estamos na batalha, mas estamos do lado vencedor. Isso é um fato consumado!

Na época de Neemias, havia uma parte do povo da promessa que estava em Jerusalém, esses estavam na miséria, vivendo no monturo e nas ruínas da cidade então destruída.  Quando Jerusalém foi destruída, uma parte do povo foi levado para o cativeiro e a outra foi deixada para viver nos escombros, de forma miserável. Essa foi a imposição do inimigo. Jerusalém destruída e muros caídos, e um povo indefeso, vivendo encima dos escombros, das cinzas e do lixo. Você também está vivendo em meio aos escombros?

O diabo derruba os muros da oportunidade, entra pelas brechas abertas. Um cristão não pode conviver com um estado de ruína, o monturo e as pedras dos escombros, são as moradas preferidas das serpentes, os lugares desertos e sujos são os lugares preferidos dos escorpiões. Escombros e ruínas atraem bichos peçonhentos.  O inimigo precisa trabalhar encima de um ambiente que proporcione legalidade dele agir. Apor isso ele trabalha para destruir toda a ordem, toda a defesa e toda a organização espiritual, para que tenha possibilidade legal de viver e agir junto ao cristão derrotado e arruinado. Só assim seu intento de matar, roubar e destruir  será uma possibilidade para ele.

Agora deixe me dizer algo: Um cristão não tem que aprender a conviver com serpentes e com escorpiões, não! Ele tem que aprender a expulsar esses espíritos nefastos de sua vida, da sua família, do seu convívio. Deus deu ao cristão o poder de vencer as circunstâncias impostas pelo diabo, você precisa perceber, entender e praticar isso! Adão caiu, mas Deus vem até ele Essa é a realidade, Deus sempre vem. O problema é que insistimos em nos esconder. Onde? Na nossa prevaricação, na nossa conformidade com a situação, na nossa vida relaxada, na nossa covardia, no nosso medo., e até mesmo nos escombros da nossa razão egoísta. Em uma vida de escombros, o que não falta são os esconderijos. O homem cativo pelas circunstancias impostas pelo diabo, cava buracos, e fica ali chorando, lamentando. Olhando para si mesmo, vendo a ruína e na condição em que se encontra,  fica choramingando, lamentando no seu próprio buraco, como se essa situação fosse a vontade de Deus, como se tudo isso fosse realmente a vontade de Deus,  é lamentável, porque nessa situação, a única condição é chorar, murmurar, e tornar-se uma vitima incoerente. Assim, uma alma nessa situação, apenas olha para si mesma, e vive na ruína, vitimando a si mesma, e reclamando, não existe vida abundante em escombros. Essa é a realidade.

Agora, deixe me dizer algo, Conviver na ruína e nos escombros, é aprender a conviver com a miséria,. As serpentes e os escorpiões estão ali, vivem nos buracos, os muros estão caídos, não há defesa, nem proteção. Então as serpentes e os escorpiões cospem nos olhos, perde-se a visão. O principal ataque do inimigo é a visão, ou ele engana com um disfarce ou ele destrói a visão de sua vitima. Se alguém perde o controle da realidade, essa pessoa perdeu o controle da vida. Com uma visão defeituosa e envenenada, passamos a enxergar de forma incoerente. Achamos os defeitos dos outros, não os nossos.  Invejamos os que experimentam a vida cristã triunfante, e murmuramos que Deus não nos tenha dado a mesma sorte.  Assim, a pouca força que resta, é usada de forma errada, não para sair da ruína, livrar-se dos escombros e reerguer os muros, mas para fazer o que não de deve. Quando a prioridade é orar e lutar, ficar descansando no terraço de um palácio, é um crime espiritual, uma afronta contra a lógica, uma negligencia para com a verdade e um insulto a sabedoria e a prudência.

Deus não quer que vivamos na ruína, ele nos concede a força e nos dá as possibilidades de vencermos, Deus quer nos tirar da ruína. Usou Neemias para reerguer os muros caídos. Nesses últimos dias, na dispensação da graça, Deus deu seu filho para desfazer as obras do Diabo. Deve o homem levantar a sua fronte, e como o Filho prodigo, sair de sua condição de miséria, sair do meio da sujeira, do lamaçal e ir ter com seu Pai.

Qual é questão fundamental para um homem com um chamamento celestial? Há somente uma e é essa: Onde eu estou em Cristo, e qual é o lugar que Deus deseja que eu esteja nEle?

Os judeus de Jerusalém na época de Neemias , eram vitimas do inimigos, mas eram vitimas conformadas com a situação precária em que se foram submetidos. Eles aprenderam a conviver no monturo, nas ruínas, com serpentes e escorpiões. Estavam alheios, distantes dos pastos verdejantes, longe dos mananciais e dos ribeiros espirituais, completamente distantes das águas tranqüilas. Ainda que o Senhor permita uma dificuldade na vida de seu filho, isso redundará na glória do Pai, não numa miséria extrema, como condição de vida.Como saber  se uma condição de adversidade que enfrenta  um filho de Deus tem um propósito e está dentro da vontade de Deus?  Quando a glória de Deus é revelada. Estevão foi lapidado, mas a glória apareceu, os três amigos de Daniel foram lançados na fornalha de Fogo, mas apareceu o Filho de Deus, Daniel foi jogado na cova dos leões, mas deu um maravilhoso livramento. Quando uma situação, uma adversidade, não promove a causa da glória de Deus, quando não promove a sua santidade e sua sabedoria, essa não é a vontade de Deus. O único lugar, a única posição em que um filho de Deus deve estar é no lugar da vontade santa do seu Senhor, qualquer lugar fora do amplo espaço da glória de Deus, é um lugar errado para um cristão. Todo o filho de Deus pode ir até a ruína, para reconstruir a vida dos outros, mas nunca para morar lá.

Uma vez que alguém se adapte ao estilo de vida do monturo e das ruínas, aprende a gostar da sujeira, as serpentes que moram lá servem de cordas para amarrar a vida de seus moradores. Lembre-se, que as serpentes foram condenadas a comerem o pó, e onde existe pó em abundancia? Nas ruínas, nos escombros, no monturo, lá onde estão as cinzas dos portões e das casas queimadas, é nesse ambiente que encontramos fartura de pó. O monturo espiritual  produzido pelo inimigo, não é uma atmosfera decente para corações santificados.  O ambiente do homem espiritual santificado é outro, o seu plano espiritual é elevado, pois as escrituras atestam que ele foi abençoado com toda a sorte de bênçãos espirituais nos lugares celestiais.  A esfera celestial é o único nível capaz de dar júbilo, alegria, prazer, força w visão ao cristão.

Nunca devemos nos adaptar ao monturo, nunca! Jamais devemos aprender a apreciar esse lugar, nunca devemos simpatizar com os escombros. Nem o Senhor se adapta a isso. Ao criar o homem Ele fez um jardim, a terra era sem forma e vazia, era caótica em suas origens, mas Deus modela um jardim, o vislumbre e plenitude da beleza estavam ali, então Ele coloca o homem lá, e vem ter comunhão com o homem na viração de cada dia. Não na ruína e no monturo, não em uma terra caótica, mas em um ambiente organizado, santificado, belo e perfeito.

Porém o homem condicionado ao monturo é envenenado, e não existe veneno tão sutil, quanto aquele que faz o homem de Deus  sentir-se um miserável aos olhos do diabo, a auto-imposição de sentimento inferior, arrasta para si mesmo uma natureza de vitima das circunstâncias, nada pode ser tão errado, quanto pensar que o monturo espiritual, a sujeira e a condição de escravidão aos baixos instintos seja uma vontade soberana de Deus. A verdade de Cristo  nos conduz para a Libertação que ele promete, nos coloca na direção da vida abundante que Ele promete, não em direção da ruína e dos escombros de um mundo infestado por espíritos derrotados. Há um trabalho constante na vida do homem depois da sua conversão. E o Espirito Santo trabalha na vida dele, para fortalece-lo e tira-lo do monturo de um velho mundo caído, destruído e condenado. Enquanto que satanás trabalha paara fortalecer o ego do homem o homem com um ego gigante, olha para si mesmo, e confirma as forças pessoais para sobreviver em meio ao monturo, porque o diabo dá essa força, não para o homem reconstruir seus muros caídos, mas para adaptar-se a viver com os muros caídos. Essa é a grande obra do diabo na humanidade, ele consegue fazer com impérios filosóficos e religiosos, e até materialistas se ergam encima dos escombros de uma humanidade caída, tem sido assim desde o principio da queda, quando Adão caiu, Ninrode edificou  uma cidade forte, logo adiante a civilização constrói uma torre, a torre de Babel, tudo isso encima dos escombros de um homem caído. Não se edifica uma esperança encima das ruínas de um lugar condenado, e o diabo sempre trabalha para fortalecer o ego humano, pois assim faz com que o homem esteja seguro de si mesmo, nunca Sansão teria sido vitima se não fosse por isso, a confiança demasiada e a aliança com o inimigo faz com que mais cedo ou mais tarde, o homem seja traído por seu inimigo e receba um golpe fatal. 

O povo de Jerusalém, na época de Neemias estavam a mercê das desgraças, os muros estavam caídos,  estavam vivendo a vergonha, convivendo com a desgraça e com a miséria, porque o cativeiro deles era espiritual. Naquela época Toda Jerusalém estava com os muros caídos, hoje muita gente tem seus muros caídos, o muro de muitos lares estão caídos, muros de muitas igrejas estão caídos. O inimigo, o ladrão que veio para matar roubar e destruir, tem livre acesso, e como leprosos, muitas pessoas não sentem nada, porque o efeito da lepra é matar a sua vitima, sem que ela sinta a dor da perda de si mesmo. A maior parte das pessoas que vivem nos escombros simplesmente aceitam  isso como uma condição de existência, mas isso é um engano, uma trapaça do diabo.

Uma das coisas mais cruéis da vida nos escombros é a isolação, a vida cristã é uma vida comunitária, o inimigo derruba os muros, e então em injeta nessas pessoas a vergonha, o desanimo, a dor da auto-rejeição, e num isolamento, eles ficam mercê de todas as bênçãos, não conhecem o que é a vida no Espírito Santo, não desfrutam dos mananciais do Reino de Deus, as escrituras afirmam que o Reino de Deus não é comida e nem bebida, mas gozo paz e justiça no Espírito Santo (Romanos 14: 17) Mas ao invés da experiência do Gozo, da justiça e da paz, a vitima do monturo recebe doses excessivas de venenos no coração, torna-se um homem potencialmente negativo, sobrecarrega a alma com doses fortes de coisas negativas, tudo pra tal homem está ruim, a igreja, a vida, a obra de Deus, a sua condição e a dos outros, tudo está errado, o mundo torna-se injusto, pois não gira ao redor dele, acha-se vitima, mas não consegue detectar de onde vem a sua miséria, dos escombros e das ruínas onde tenta viver o seu cristianismo. Agora vejamos outra característica do povo de Jerusalém, na época de Neemias, estavam vivendo em meio ao monturo e as ruínas? Pareciam tão livres. Afinal não havia muros, então não havia limites. Esse terrível engano, essa ilusão de sentidos, faz com que os muros pareçam algo ruim, de alguma forma, não havia uma necessidade tão grande de reerguê-los, porque assim desfrutavam supostamente de uma terrível liberdade. Que trágico engano! Porque o inimigo faz isso? Uma vez que a vitima é enganada com um falso senso de liberdade, não vê a necessidade de tomar decisões eficazes para tira-lo de sua condição de miséria.  A ideologia satânica é desenvolver uma falsa  liberdade  homem, uma falsa liberdade que é imposta ao custo da vitima ficar sob a mercê e o controle do inimigo, a liberdade dos muros caídos, dava a possibilidade dupla, os judeus na miséria poderiam sair, mas os ladrões também poderiam entrar. Essa é uma falsa liberdade. Poucos enxergam isso! Impulsionado por essa falsa liberdade, o homem pensa que é livre de pensamento, as serpentes demoníacas infestam o convívio com seu veneno mortal, assim essa falsa liberdade conduz a vitima a reclamar da situação,a murmurar dos outros, choramingar o tempo todo, fazer criticas negativas de forma doentia, a prevaricação é constante, numa cegueira espiritual profunda o ego da vitima é tão forte, que fica completamente cego diante do fato que a sua vida espiritual está completamente devastada.

O homem cheio de si mesmo e completamente enganado pelo inimigo, consegue sobreviver nesses monturos e nessas ruínas, as brechas são acessos livres para toda espécie de bichos peçonhentos, o inimigo não encontra qualquer resistência, há um convívio pacifico entre o arruinado e as coisas do monturo. Deus não quer que estejamos nessa condição humilhante, um inimigo fez isso! Essa é uma obra diabólica! Um homem em Cristo frutifica, tem plenitude de vida, tem regozijo, tem esperança, tem fé, tem fervor espiritual, tem resistência espiritual, tem discernimento, assim como a consumação total do tabernaculo móvel no deserto foi a construção de um templo magnífico no monte Sião, assim a vida do cristão que nasceu de novo, é ser templo do Espírito Santo, e viver na plenitude dos lugares celestiais em Cristo Jesus, na presença da  glória e do poder de Deus. Aleluia!

Neemias representa Cristo, ele é um tipo de Cristo, assim como Jose do Egito foi um tipo de Cristo. Neemias foi o restaurador dos muros, foi ele o homem que se dispôs descer da sua posição elevada, do palácio até as ruínas de Jerusalém. Sem essa ação de Neemias, o povo conformado com a situação de desgraça continuaria na mesma situação. Assim Cristo veio, para resgatar o homem da condição de servo de satanás, veio resgatar o homem do estado da queda, da ruína e da destruição, veio para erguer os muros protetores, a obra de Cristo é uma obra de redenção restauradora.  Todo o Salvo sai estado da ruína para uma posição espiritual em Cristo, é nessa condição que se ergue os fundamentos da sua vida cristã, não fora de Cristo, mas em Cristo, não nas ruínas de um mundo caído, mas em Cristo, o Eterno Filho de Deus. Toda a nossa existência deve estar alicerçada na rocha que é Cristo, não fora dEle, mas nEle. Cristo nos convida a vivenciar uma vida cristã em plenitude, nEle está a possibilidade perfeita de uma eterna redenção restauradora, fora do monturo, das ruínas, o inimigo não nos pisa, são os eleitos que pisam o inimigo. Mas há algo que preciso dizer, e não posso me esquecer jamais disso: O Ego fortalecido pelo inimigo, precisa morrer, precisa ser crucificado, o despontar da glória de uma nova vida só chega com a morte do velho homem. O velho homem é um ego sustentado com a poeira da ruína. O inimigo investe no orgulho humano, no ego humano, ele injeta força na natureza terrena do homem, porque quanto mais um homem é fortalecido nas paixões da terra, mais materialista e escravo da condição de ruína ele ficará. Mais amante das coisas pecaminosas ele será. Não importa o quanto ele venha ler a bíblia, freqüentar reuniões e ouvir sermões, se o seu coração tiver uma blindagem fria, feita com a matéria das coisas caídas, nada disso surtirá efeito na vida de pobre homem. Se Deus pelo seu Santo Espírito não quebrar essa casa, esse invólucro que obscurece o coração do homem caído, ele nunca terá a verdadeira liberdade dos Filhos de Deus.  Um homem que não reconhece o seu estado de miséria, que não enxerga essa situação devastada da sua vida, jamais terá possibilidade de ser restaurado. Que o Senhor possa iluminar nossos corações para essa realidade. A voz de Paulo deve ser a voz de cada crente “Não sou eu quem vivo, Cristo vive em Mim” e se você vive em Cristo, e Cristo vive em você, o monturo e a ruína não serão moradas e nem mesmo condição de existência.  Deus exaltou a Cristo pela ressurreição e com Ele, todos os cristãos são levantados nessa exaltação, isso não é uma condição natural, mas sobrenatural, não porque somos deuses com Cristo, mas porque somos unidos a Cristo em Deus. Tudo somos em Cristo e Cristo passa a ser tudo em nós. Se Cristo vive em mim, então serão cultivados no meu interior, as virtudes de Cristo, o amor de Cristo, a vida abundante de Cristo, a glória de Cristo, as riquezas insondáveis de Cristo, tudo de forma potencialmente real, e o resultado disso é um desfrute, mesmo em condições temporárias de adversidades, como enfrentou Paulo, porém o declarar contínuo é “Tudo posso naquele que me fortalece”.  A revelação da sua glória e a comunhão com o Senhor é uma realidade constante, o frutificar é perene, porque o que se une com o Senhor é um só espírito com Ele. Nisto consiste o homem transformado e renovado, ele é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.  Como esse quadro é completamente distinto de uma vida em ruínas e devastada pelo inimigo. Mas é preciso que vos faça lembrar, que um homem transformado, cheio da graça de Deus,  tem sinais opostos de um homem envenenado pela condição da ruína imposta pelas serpentes do monturo. Como saber se você não está envenenado por esses espíritos nefastos e infernais? Fácil, sua fome determina seu diagnostico espiritual: Você tem fome e sede de justiça? Você se sente bem aventurado quando é desprezado e maltratado? Você é pobre de espírito e dependente de Deus? Você tem fome e sede de Deus? Você aprecia cada culto e ama as coisas espirituais, de forma a ter um zelo puro e vigoroso pelas coisas espirituais? Você tem um amor muito grande por Deus e esse amor se reflete de forma plena a todos os irmãos em Cristo? A sua visão é direcionada unicamente em fazer a vontade de Deus, está no lugar que Deus quer que você esteja e nada mais? Visão fome e sentimentos, determinam o diagnostico da sua condição espiritual. Essa é uma verdade suprema. Inquestionável e irrefutável! Isaias teve uma visão do Senhor, Algo maravilhoso, aquele que estava num alto e sublime trono, foi uma visão da glória de Deus e do Deus de toda a glória, e então o que viu se chocou com a sua condição de ver o céu aberto, e a plenitude do altíssimo diante de seus olhos, e a visão da condição precária da seu próprio coração, “ai de mim” ele não disse “Ai dos outros” mas o ai foi a si mesmo, um grito cortante, um desfecho profundo na sua própria alma, essa era a condição da sua própria vida exposta diante daquela glória pura e inefável. Nós vimos tanta gente se afastando do Senhor, colocando a culpa nos outros, não enxergam, são cegos, culpam os outros dos seus defeitos, Aquele que enxerga a glória de Deus, vê tudo, e nada fica encoberto, e por isso, enxerga mais os seus defeitos, do que os dos outros, se tem que falar mal, fala de si mesmo,  de suas próprias falhas e imperfeições, e mais, digo-vos , que na condição de enxergar mais nossas misérias, vem um senso de urgência de mais consagração, mais santificação, mais aproximação ao trono da graça, de se render mais e mais a Cristo, até que a plenitude de uma pessoa, a pessoa de Cristo esteja inteiramente dentro de nós, porque nossos defeitos e falhas devem ser substituídos por uma pessoa: O SENHOR JESUS CRISTO.  Os que nascem do alto, são chamados para viverem como águias, para viverem da plenitude e nãos dos escombros e da poeira. Não podes ouvir aquela a voz milenar das escrituras que “Levanta e resplandece” ? Oh cristão nascido de novo. És a luz do mundo, embaixador de Cristo. Há em ti uma lâmpada que precisa de combustível, vai atrás de muito azeite, seja sábio, e não nescio. Não gaste seu tempo com conversas vãs, vai para teu quarto, passe inúmeras horas com teu salvador, ou preferes estar acompanhado desses homens mortais? Vá ao encontro dos santos, e onde tiver um homem santo, ouvirás um convite a orar, a buscar a presença de Deus, se isso não fosse verdade, o que seria do profeta Enoque, que andando sozinho em meio a uma civilização arruinada, cuja prosperidade estava erguida sobre os escombros de um mundo já condenado, se isso não é um fato, então siga o curso dos perdidos, e pereça entre a turba cega. Onde não existe uma maravilhosa comunhão com Deus, onde não existe prazer intenso em permanecer em comunhão com Deus, onde não há alegria profunda em ter intimidade com o Senhor, o que existirá então,  é uma tragédia existencialista enraizada num coração empoeirado pela poluição dos enganos da vaidade da vida sem Deus.

Mas se ergueres a tua face, e vendo a aurora celeste, o resplendor do Cristo triunfante, então serás como um verdadeiro filho da luz, clamarás e ele te ouvirá, soltarás tua boca e louvarás ao altíssimo, e todos saberão que tu és filho da promessa, um homem transformado vivendo um chamamento celestial.

Pr Clavio Juvenal Jacinto