“Você não
está olhando para Morris Cerullo -você está olhando para
Deus,
está olhando para Jesus”.
— Morris
Cerullo (Cristianismo Em Crise-Hank Hanegraaff -Pag 10-CPAD)
“Nunca
foi dito que ao que o Senhor ama, Ele enriquece, mas a quem o Senhor ama, Ele
corrige” (Charles Spurgeon)
Nada pode
ser tão comprometedor quanto uma afirmação tal como vimos acima. Ela vai direto
ao cerne da questão do aparecimento de falsos cristos, dentro do cristianismo e
não fora dele. Desde o advento da Nova Era e da metafísica do novo pensamento,
que foi a força espiritual propulsora de uma nova teologia, não ortodoxa, que é
a teologia da prosperidade, tem se atribuído ao homem uma natureza divina. As
escrituras ensinam que o verbo se fez carne, mas nunca ensina as escrituras que
a carne humana torna-se divina.
Encontramos
essa afirmativa no movimento da Nova Era: "O
homem é Deus quando ele se enxerga parte do Divino e aí ele começa, na sua
caminhada, a adquirir os poderes divinos, entre eles, a Onipresença. E o homem
deixa o egoísmo de lado, porque ele se torna um pouco Deus. E esse Deus jamais
será egoísta no sentido de se preocupar apenas com o seu bem-estar."(1)
Isso não soa nada ortodoxo, do ponto de vista cristão, porém
sob a ótica escatológica, isso se encaixa perfeitamente com as advertências
de Cristo sobre o aparecimento de falsos cristos, porque essa perspectiva
espiritual, de que o homem é um deus, entra na mesma temática do aparecimento
de falsos cristos. Como entendemos isso? através do discernimento. Uma vez que
João declara que o Verbo era Deus, e o Verbo se fez carne, declarar que o homem
de carne, torna-se divino, é tentar subir um degrau na escala espiritual para
querer comparar-se com Cristo. Se o homem pode ser deus, então ele pode ser seu
próprio salvador, e se ele pode ser um salvador de si mesmo, ele se compara a
Cristo. é nesse sentido que também devemos perceber o aparecimento de falsos
cristos, e não somente um aparecimento constante, mas uma multiplicação de
falsos cristos, que surge no cenário profético dos últimos dias, com o advento
da Nova Era. Pregadores evangélicos da atualidade vem fazendo declarações
semelhantes, afirmando que somos pequenos deuses.
Hanegraaff, na sua monumental obra "Cristianismo em
Crise" escreveu: "Desde alvorecer dos tempos,
Satanás tem se desdobrado para apresentar a mentira de que meros homens
podem se tornar deuses. Seu atraente silvo: “Sereis como Deus”, ouvido
primeiramente no capítulo terceiro de Gênesis, tem reverberado através dos
séculos com uma sensual
freqüência.
Ele empacota e reempacota essa mentira, no tamanho e formato necessários
para fazê-la vender"(Pag 85). Essa fusão ideológica e doutrinaria acontece
diante de nossos olhos, as idéias dos místicos da Nova Era se fundiram com as
idéias do pensamento da metafísica da teologia da prosperidade e o resultado
foi o surgimento de pregadores "cristãos evangélicos" afirmando que
somos pequenos deuses. John Avanzini, famoso tele-evangelista norte
americano, afirmava que o propósito de Deus é se duplicar na terra"
Keneth Haggin, mais conhecido no Brasil, afirmava: "O crente é
chamado de Cristo... Eis quem somos; somos Cristo!” (Citado em Cristianismo em
Crise -Pag: 88). Dá pra perceber isso se encaixa com Mateus 24:24 e passagens
paralelas? ESTAMOS DIANTE DE UM FATO IMPRESSIONANTE. muitos cristãos enxergam
os falsos cristos que aparecem no mundo, e fazem vista grossa, numa cegueira
sem proporções, quando os falsos cristos aparecem dentro da igreja. A falta de
discernimento faz com que isso passe de forma sutil. Tele-evangelistas
brasileiros se envolvem com pregadores que
foram irresponsáveis por essas heresias, mas eles são
denunciados publicamente? é um fato claro, que ao invés disso, promovem seus
livros e seus ensinos, de forma obscura, e poucas vozes soam,
dando advertência sobre essas coisas!
É claro
que quando a bíblia adverte sobre o aparecimento de falso cristos,
está fazendo uma referencia, sobre os falsos cristos, desenvolvido por uma
teologia pro-mundanismo e pró-liberalismo (Tratei desse assunto na primeira
parte desse estudo) e também sobre o aparecimento de falsos cristos, cuja a
forma de se expressar é mais sutil, quando esses falsos cristos se apresentam
como duplicatas de Deus, ou pequenas divindades ou ainda como algum tipo de
Cristo, perambulando pelos arraiais da cristandade.
Esses
falsos cristos tem ressurgido no cenário mundial, de forma como
podemos perceber: por uma teologia doentia, que se infiltrou de forma
sorrateira na comunidade cristã, usando o neo-pentecostalismo como
seu principal veiculo de propagação. Hanegraaff, faz uma excelente
apologia contra a essa falsa doutrina de que somos pequenos deuses ou cristos,
sobre a terra, ele então conclui: "O fato é que a Bíblia em parte alguma
ensina ou confirma a doutrina dos “pequenos deuses”. Deus é infinita e eternamente
exaltado acima da humanidade. E o cúmulo da arrogância pensar que os seres
humanos podem ao menos se equiparar a Deus em sua espantosa santidade
e majestade. Não obstante, é isso que os proponentes da teologia da Fé
estão ansiosos por fazer." (Cristianismo em Crise-Pag 99). O fato
mais interessante, que esses conceitos propagados e defendidos por profetas da
prosperidade, também tem um alto teor escatológico, e se
encaixam nas advertências das escrituras sobre o aparecimento
de falsos cristos. Deveríamos ficar mais atentos,
e começara estudar os fatos de dentro para fora, e não somente fora.
é admirável que o nível de cegueira seja tão grande,
que as pessoas de um modo geral, não conseguem detectar a apostasia e a decadência espiritual
diante de seus próprios olhos, permanecendo
completamente indiferente com relação a isso. Isso é
uma prova real de que a apostasia tem um poder enorme de cegar suas
vitimas.
Se
somos sábios, não tenhamos confiança alguma em nós mesmos e coloquemos
confiança no poder preservador de Deus.
John Owen
Pr Clavio Juvenal Jacinto
Igreja Evangelica Caminho da Paz
Paulo Lopes SC
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