Serie Preexistencia de Cristo Parte II
O
cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo (Apocalipse 13:8) aqui temos
uma passagem mui profunda, que por ter suas complexidades teológicas, pode nos
levar as mais nobres dificuldades de uma interpretação clara do que o texto
quer dizer. Ela deve ser lida e interpretada de acordo com outros textos que
tratam do assunto. Encontramos em I Pedro 1;20 lemos a respeito de Cristo: “O
qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo,
mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós” Em Hebreus 9:26
encontramos essas palavras: “Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas
vezes, desde a fundação do mundo, mas agora, na consumação dos séculos, uma vez
se manifestou para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo”. Outra
passagem que quero anexar a esse assunto, é I Coríntios 10;4, porque ali Paulo
fala que a pedra que seguia ao povo judeu no deserto, durante a peregrinação
era Cristo. Juntando todas essas informações, de forma indireta, já encontramos
a preexistência de Cristo. Uma atenção mais dedicada aos textos nos mostra que
buscar uma prova dessa doutrina é algo muito coerente. Pedro nos diz que Cristo
foi conhecido, lá no passado, Paulo diz que a pedra era Cristo, o autor aos
Hebreus afirma que Ele padeceu muitas vezes, desde a fundação do mundo. Algo Esta
claramente implico nessas passagens. Cristo estava lá, se dissermos que foi somente
de forma simbólica, essa interpretação foge ao texto de I Pedro 1:20 e I Coríntios
10:4, porque Paulo não disse que a pedra simbolizava Cristo, mas era Cristo, e também
Pedro afirma que Cristo era conhecido antes da fundação do mundo. Está claro
que por essas palavras, que além do símbolo, estava a presença real. Como
entendemos isso? Basta um pouco de coerência lógica! A pedra era realmente a
pedra, mas Moisés ao tocar a pedra, vertia água. Não era Moisés quem estava
fazendo um milagre, mas a presença de Cristo.
Como a progresso da revelação se amplia com o passar do tempo, vimos
como o poder de Cristo fez verter água da rocha no Antigo Testamento, sendo que
no Novo Testamento seu primeiro milagre foi transformar água em vinho, e então
pregar que ele mesmo era a água da vida, e isso foi lá junto a mulher
samaritana, assim vimos como a benção da redenção está associada a água, que de
uma forma geral está amplificada nas paginas do Novo Testamento e no ministério
do Salvador. Desde a fundação do mundo, porque só pode conceder uma salvação
eterna, que tem a eternidade, só pode nos conceder uma redenção sem fins de
dias, quem não teve começo de dias, porque a dimensão da redenção deve estar implícita
na própria natureza do redentor. Que a
redenção alcança todas as eras, não há duvida nenhum, prefigurada nos sacrifícios
do Antigo Testamento entendemos claramente esse fato, porém, muito mais do que
o símbolo da redenção, a própria essência do redentor deve estar lá também.
Porque entendo assim? Porque uma presença espiritual também é uma presença
real, Jesus disse que estaria conosco até a consumação dos séculos (Mateus
28:20) isso é evidente: que se sua presença espiritual e real se estende para o
futuro, desde a sua ascensão aos céus, então porque essa presença também não se
estende ao passado, se Jesus mesmo declarou ser “Eu Sou”? Além disso, ao
declarar sua presença espiritual, isso nos leva para uma lógica ainda mais
ampla: sua onipresença. Jesus afirmou ”onde estiverem dois ou três reunidos em
meu nome, ali estou eu no meio deles”(Mateus 18:20) A onipresença de deus,
creio eu, não é somente estar presente em todos os lugares, mas estar presente
em todo o tempo e em todas as eternidades (passado, presente e futuro). Fica
claro que a presença de Cristo nos tempos antigos, revela que ele estava de
fato lá. Não somente a sombra das coisas
vindouras, porque a sombra sempre é o resultado de uma realidade presente. Só
existe sombra se o real projetar a sua própria presença, isso seria uma maneira
razoável de entendermos a preexistência de Cristo, porém expressões positivas
com as de Pedro, que afirma que Cristo foi conhecido ainda, antes da fundação
do mundo, reforça o fato de que a preexistência de Cristo é um fato bíblico.
Ele estava lá no antigo Testamento, e muito antes da Criação, de forma simbólica,
pelas sombras e tipos, mas não somente através dessas coisas, mas em realidade
sendo Ele redentor, estava realizando a redenção desde a fundação do mundo,
estava efetuando uma eterna redenção, diz as escrituras, ora se a redenção tem
qualificações eternas, (Hebreus 9:11 e 12) sua presença estava lá, nos tempos
antigos.
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