Mundo do Desespero evangelho da esperança
O ano passado li um livro de
Viktor Frankl, “Em busca de Sentido”
Frankl foi um judeu, sobrevivente dos horrores dos campos de concentrações
nazistas, durante a segunda guerra mundial, atualmente li e pesquisei sobre o
livro de George Orwell, cujo titulo e sua obra maior é “1984”.
George Orwell (1903-1950) foi contemporâneo
de Viktor Frank (1905-1997) ambos viveram no período entre primeira e segunda
guerra mundial, tempos obscuros, onde a crueldade do homem, o fanatismo político
e a maldade chegaram aos extremos. Orwell, tornou-se um autor celebre, sua obra literária “1984” é um épico da
obscuridade humana. Um mundo dominado por três potencias, e o centro da história
é um personagem chamado Winston Smith, que vive uma sociedade obscura, uma
ditadura intolerante, um mundo escuro, onde a privacidade morreu e o controle
total sob o individuo predomina de forma terrível. O mundo orwelliano é um
mundo sem esperança, o “Grande Irmão” é o líder supremo, um ditador invisível,
mas que tem uma onipresença quase absoluta através de uma tecnologia avançada,
que consegue manter o controle de tudo o que está em seu domínio tirano. Nesse
mundo miserável, totalitário, ideias são consideradas como crimes com sentenças
de morte. Orwell traçou um mundo sem esperança. Talvez essa era sua perspectiva
de vida, vendo os horrores da segunda guerra mundial, Hitler tentando invadir a
Inglaterra, o predomínio do nazismo na Europa, o regime totalitário nazista
assombrando o mundo, com o terror da guerra. Da mesma forma, outra tirania
predominava na antiga União Soviética, Stalin era o líder supremo do bloco soviético,
outro líder político, tão nefasto quanto Hitler. Orwell parecia ver o fim de
uma humanidade “capitalista” para dar lugar a um mundo inóspito para os que
desejam viver a liberdade. Não há esperança no mundo orwelliano. Sua obra
talvez refletisse a sua crença. O mundo como ele conhecera, chegava ao fim. A
humanidade pós-guerra seria uma humanidade presa em regimes totalitários vivendo
uma vida sem liberdade e na miséria, debaixo do controle total do “grande Irmão”.
Viktor Frankl, também conheceu os horrores da guerra, ele mesmo sofreu as terríveis penalidades impostas pelo regime
nazista, pelo crime de ser judeu. Sobreviveu ao campo de concentração de Auschwitz,
viu a morte e o terror frente a frente, a dor, as mais duras provações e os
mais lacerantes sofrimentos nos campos de concentrações. Era um mundo muito
mais inóspito do que a “Oceania” de Orwell,
o regime nazista era bem mais obscuro do que o regime do “Grande Irmão”.
Frankl no entanto, escreve “Em busca de um sentido” e nas paginas que escreveu,
narrando suas experiências de dores, incertezas e sofrimentos, que mesmo numa
situação de extremo sofrimento, com o mínimo de chances de sobrevivência, o
homem que acha um motivo para continuar vivendo, consegue forças para superar
as mais intensas aflições, mesmo que tudo esteja desabando a sua volta. Frankl
vive uma realidade, Orwell vive uma ficção. O que Orwell teria escrito, que
sobrevivesse aos campos de concentração e fosse testemunha ocular dos mesmos
sofrimentos que Frankl testemunhou e experimentou? Mas o livro de Frankl é extraordinário
no sentido de demonstrar que pode existir esperança em um mundo completamente inóspito
a ela. O terreno que Frankl pisou era mais duro, o solo era mais contaminado
pela maldade humana, mas mesmo ali, a semente da esperança germinava naquelas
pessoas,prisioneiras de campos de concentração, que morrendo, nutriam a
esperança de lutar pela sobrevivência, porque pensavam em seus filhos, esposa, família,
etc.
O homem, filho de Adão foi jogado
no mundo, e nesse lugar inóspito nasceu a civilização, o berço da civilização,
foi uma família que foi expulsa do Eden. Era um mundo já inóspito em seus princípios.
Lá nas eras mais remotas, vimos um irmão matar outro irmão (Caim e Abel) Ninrode
estabelecendo as bases de uma civilização moralmente decadente e violenta. Essa
é a historia do homem adâmico. Nem mesmo o evolucionismo ateísta foge a regra
das escrituras. A historia do homem é uma luta de sobrevivência. Na escalada
evolucionista o mais forte e o mais apto vence.
Nas escrituras, nem sempre o mais forte é o mais apto para vencer (Davi
e Golias) e na vida comum, nem sempre o mais apto e mais forte vence. Para que
a civilização aos moldes ateísta chegasse numa perfeição humanista, os mais
inteligentes deveriam ser os vencedores na luta da escalada evolucionista, mas
isso não ocorre. O historia mostra que os tiranos vencem, os ditadores vencem,
e como aconteceu na segunda guerra mundial, muitos intelectuais morrem... A bíblia
nos concede um caminho, não da força, mas da intelectualidade, como um meio
para fundamentar uma sociedade mais justa (Provérbios 16;16) A ganância, a fome
desesperada pelo poder, o amor ao orgulho, a tirania para dominar os outros,
isso é o que predomina na sociedade humana durante todas as eras. A evolução é
uma política de crueldade, no que concerne a aptidão para merecer a vida ou
não. É uma guerra de química e de forças biológicas, que por fim não leva a
nada, apenas a conjectura de que se vive algumas décadas nesse mundo. Por fim
não há esperança, todo o evolucionista é um orwelliano no final da própria vida.
Porque acredita que está indo para um futuro sem esperança. E de fato é um
sentimento imperceptivelmente ambíguo. Por quê? Sem crer no evangelho, não há
esperança de qualquer jeito...
Frankl mostrou ao mundo que a
esperança brota do monturo da maldade humana. Os evangelhos também revelam que
Deus concede esperança em meio aos pecados do homem caído. A obra de Orwell é magnífica, ela ensina a
lição de que o homem que tenta dominar o mundo, domina-o de forma sempre
tirana. O homem é o que o poder lhe
concede, ao romper as estruturas de uma moralidade, expulsar a crença da
sociedade, ao fazer predominar o relativismo, o homem confia em si mesmo, para
resolver seus problemas existenciais, e acaba cavando um abismo para fazer
escoar a própria sociedade que pretende implantar. Os evangelhos, e a vida de
Cristo, mostram um lado mais luminoso, não é maravilhoso que Cristo seja
chamado de Estrela da Manhã nas escrituras?. Ele conduz o homem a uma aurora
iluminada pelo sol da justiça, não para um mundo orwelliano onde reina o desespero,
a incerteza e a falta de perspectiva espiritual. A oração de Paulo era para que
seus leitores alcançassem uma esperança mais pura de acordo com o plano de Deus
“Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados, a fim de
que vocês conheçam a esperança para a qual ele chamou, a riqueza da gloriosa
herança dos santos” (Efésios 1:18)
Num mundo onde as incertezas
germinam em abundancia por causa das ações malignas do homem, Deus em Cristo,
nos revela uma bendita esperança. A luta na vida cristã não consiste em ser o
mais apto e mais forte, mas em ser mais santo e mais humildade. A vida
é uma CSA onde janelas podem ser abertas, por essas janelas encontramos muito
mais do que conhecemos em seu interior. Todos nasceram com uma sentença de
morte, na perspectiva cristã, a compreensão da morte é mais profunda, é mais
aperfeiçoada. Não é apenas um cessar da vida biológica, mas também um cessar da
vida abundante e espiritual. Jesus, veio nos dar vida abundante, ele mesmo
declarou ser o caminho a verdade e a vida. Nascemos em pecado, e com uma
condenação imposta pela nossa posição em Adão, mas Cristo Jesus, o enviado do
Pai, morreu em nosso lugar La na cruz. O mundo jaz no maligno. Orwell traçou um
caminho na sociedade, Frankl traçou outro.
E a lição final é que, mais do que Orwell e Viktor Frank, O Senhor Jesus Cristo
nos mostra um caminho onde a esperança nasce e nunca morre. Ele convida”Vinde a
mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (Mateus
11:28)
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