Hebreus 4:12
É
verdade que o autor aos Hebreus afirma que a Palavra de Deus é viva eficaz e
penetrante, mas será que essa é a realidade na vida de cada cristão professo?
Vejo tantas almas correndo atrás das novidades fora das Escrituras que admito
que a fé na suficiência das escrituras é raro em nossos dias. Embora o testemunho
do Espírito seja que as Escrituras seja viva e eficaz, as pessoas vivem em
busca de novas revelações, e muitos desses professos cristãos nem sequer estão
dispostos para ouvir o que a bíblia diz a respeito de tantos assuntos
relacionados a si mesmos. Porque essa tendência a experiência e novas
revelações? Isso é próprio dos pagãos e dos corações obscurecidos pelo pecado. O
testemunho de Paulo é que as Escrituras nos fazem sábios para a Salvação (II
Timoteo 3:15) Muitos desses homens que não conhecem a glória do Evangelho
precisam recorrer a toda sorte de caminhos onde possam buscar uma orientação, assim
buscam o espiritualismo e a idolatria, na tentativa de achar algo que revele o
destino de suas almas. Sendo a bíblia eficiente, porque então buscar
orientações na obscuridade de experiências subjetivas? As Escrituras por si
mesmas já não contem a luz suficiente, para recorrermos a outras luzes
produzidas muitas vezes por fogo estranho? Não! A Palavra de Deus é uma lâmpada
eficiente. Hoje, infelizmente muitos
distorcem ou desprezam a Palavra de Deus. Ela não tem sido suficiente e
eficiente, em muitos círculos ditos cristãos, não há um amor e uma aceitação da
Palavra de Deus como suficiente, essa é a dura verdade. É necessário empregar
outros meios adicionais como opiniões. Por isso anulam a autoridade das
Escrituras, impondo elementos humanos a ela, mas as escrituras não podem ser
anuladas (João 10:35) Conheço muita
gente que usa a razão obscurecida do próprio coração para interpretar as
Escrituras. Temos que tomar cuidado, jamais pode-se usurpar a autoridade das
Escrituras. Nossa opinião não pode usurpar o lugar dela, visões e revelações
extra-bíblicas, não podem usurpar o lugar de autoridade que pertence a Bíblia.
É nas Escrituras que se cumprem a revelação completa do Filho de Deus (João
2:22) Precisamos amá-las, dedicar tempo para um estudo sério, porque ela é viva
e eficaz. Eu concordo plenamente com os teólogos da confissão de fé de
Westminster: “O conselho total de deus, com respeito a toda necessidade para a
sua glória para a salvação, fé e vida do homem está expressamente estabelecida
nas Escrituras” Reconheço ser verídica a
afirmação de Edwin Palmer “Devemos conhecer a Bíblia toda, em toda a sua
amplitude e profundidade, ela é o guia infalível para a nossa vida”. Que a
Bíblia seja nosso guia nesses dias de confusão, quando tanta gente professa um
cristianismo, mas nega na pratica a autoridade eficiente e suficiente do livro
que estabelece todos os princípios da ortodoxia da religião cristã: As Sagradas
Escrituras. William Downing com clareza afirmou: “A Bíblia não deriva a sua
autoridade de seu conteúdo, da validade ou precisão de seus dados históricos,
da singularidade do seu caráter, ou mesmo do testemunho interno do Espírito
Santo (embora, todos os quais sejam vitais ou necessários). A autoridade da
Escritura provém do próprio Deus. Ele é o Deus Auto-suficientes, Auto-revelado
que falou (Gênesis 1:1-3; Hebreus 1:1-3). A Bíblia é, por conseguinte, a
própria Palavra de Deus escrita.” Sendo ela a própria palavra de Deus
inspirada, se de fato é, então é suficiente e eficiente, de outra forma como poderá
ser uma autoridade sem ser eficiente e suficiente? Assim como Paulo disputou
com as escrituras (Atos 17:2) os verdadeiros cristãos devem disputar para
defender a autoridade das Escrituras. Paul Washer, em seu Livro “Dez acusações
contra a Igreja moderna” tem um capitulo que trata sobre este assunto, ele
argumenta : “No entanto, há um problema. Quando
vocês chegam a crer, como um povo, que a Bíblia é inspirada, ganham somente
metade da batalha, porque a questão não é somente “a Bíblia é inspirada?”, ou
seja, ela é inerrante? A maior questão que a acompanha isso, e tem de ser
respondida, é esta: a Bíblia é suficiente
ou temos de introduzir toda suposta
ciência social e estudo cultural para sabermos como conduzir uma igreja? Essa é
a questão principal! Em minha opinião, as ciências sociais têm tomado a
precedência sobre a Palavra de Deus, de tal modo que a maioria de nós não pode
nem mesmo perceber isso. E se introduziu tanto em nossas igrejas, em nossa
evangelização e em nossa missiologia, que dificilmente podemos chamar de
“cristão” o que estamos fazendo. Psicologia, antropologia e sociologia se
tornaram influências primarias nas igrejas.” Há todo um entrelaçar de fios
importantes até chegarmos na cobertura perfeita para a nossa alma: As santas
Escrituras. Ela precisa ser suficiente e eficiente, mas para isso também precisa
ser inerrante. A palavra de Deus é eterna “Mas a Palavra do Senhor permanece para
sempre”(I Pedro 1:25). Por isso mesmo devemos reter os princípios que regem a
ortodoxia, a pureza doutrinaria e a autoridade das Escrituras. Crendo de forma
pratica que ela é viva e eficaz.
Clavio J. Jacinto
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