segunda-feira, 24 de setembro de 2018

A Profundidade da Sua Onipotência.




Há uma declaração de João Batista que sempre será digna de ponderação, pelo fato de refletir o centro do domínio absoluto da soberania de Deus “O homem não pode receber coisa alguma se não lhe for dada do céu” (João 3:27). Posso afirmar que não há uma verdade que seja tão clara como a soberania de Deus. Não posso caminha por certas teologias como o teísmo aberto, porque isso limita um Deus e isso compromete completamente o caráter da sua onipotência. Podemos vincular certa autonomia dada ao homem dentro dos limites do domínio de Deus, mas nunca podemos aceitar uma teoria tal, que possa comprometer os absolutos dos atributos de Deus. O Batista percebia essa realidade, assim como Cristo mesmo admitia ela (Veja João 19:11). Há um descanso da alma, quando entendemos e aceitamos o fato de que Deus mantém a fiação da existência e coordena o encaixe perfeito de todas as coisas. Ainda que seja muito difícil entender certas questões complexas por causa da grandeza que envolve, e a nossa limitação em compreender as coisas mais profundas, precisamos aceitar muitas coisas pela fé, sem perder a noção da sensatez. Há um descanso em confiar na soberania de Deus, na competência absolta que Ele tem em dar um resultado satisfatório para todos os dilemas que envolvem nossa existência. Sem um foco justo, que é o próprio Cristo, não haverá modelo de equidade compatível para o homem viver em esperança e santidade.  Os apologistas tem tentado esclarecer nossa condição atual debaixo de um domínio sacro do Deus todo Poderoso, assim como filósofos  tentaram demonstrar a compatibilidade entre a existência de um Deus bom e a existência do mal no universo. Há um descanso em crer que Deus mantém o controle da historia, isso pode ser a fonte pelo qual bebemos a certeza para destruir as nossas ansiedades. Até mesmo a maldade está dentro dos limites da soberania, nada pode ultrapassar o que Deus estabelece, e se Deus permite,  há uma causa justa, porque tudo está nivelado na equidade divina, e o Verbo encarnado e sua missão redentora demonstra muito bem isso. Quase sempre o mal se esconde por trás das intenções humanas e é derivado do egoismo. O mundo encontra motivos de chorar nas sombras, porque muitas vezes insiste em semear as próprias lagrimas nas trevas. Quando o Batista afirma que o homem não pode receber nada, que não venha do céu, é correto admitir que tudo de bom vem de lá, a justiça procede de lá, a fé procede de lá, a manutenção do cosmos procede de lá. As variantes da deformação que ocorre em nosso universo são mais derivadas do que se imagina, assim como o proceder de todo juízo divino é mais justo do que se possa compreender, as nossas limitações não podem alcançar as coisas perfeitas, então elas estarão sofrendo com a maneira de atribuir quase tudo de acordo com nossas limitações. A justiça brilha perante as trevas da condição humana, o problema é que quase sempre os olhos do homem fecham-se para o obvio. Deus concede do céu toda a bondade e por mais que o mundo ainda tenha sinais de decadência, Ele está no controle, às flores ainda desabrocham as estrelas ainda permanecem no seu lugar, a vida de cada um vem e vai, mas Ele permanece para sempre, e concede a manutenção da existência, delega autoridade sobre tudo e concede a sua justiça como procede, no seu aspecto total, e no final da história tal como conhecemos ninguém sairá decepcionado, porque tudo terá a justa retribuição. Descansa no Senhor, Ele é tudo sobre todos. Deus mediu a redenção com laços eternos do seu amor e estabeleceu a Sua equidade com os fios dourados da sua misericórdia.

CLAVIO JUVENAL JACINTO



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