sábado, 9 de dezembro de 2017

Murmuração e Insatisfação (Números 11:1 a 15)


Os hebreus estavam no deserto, atravessando o mar de areia, depois da travessia do mar vermelho. A providencia de Deus vinha através de grandes milagres, o pão celeste, figura de Cristo (João 6:31) era o maná que também representava uma comida espiritual (I Corintios 10:6). Todavia o povo estava chorando de insatisfação, murmurando contra o pão celestial. Esse era o choro da ingratidão. Essa murmuração parecia ser uma hostilidade ao santo e ao sagrado, ao ponto de chamar o maná de "pão vil" (Números 21:5). O fogo de Deus consumiu os ingratos murmuradores, o que aprendemos com isso? Em primeiro lugar, o contexto mostra a influencia de um "vulgo"(Números 11:4) Essa influencia era maligna, imperceptível, gente sem o coração voltado para as promessas de Deus. Nada pode ser tão devastador quanto o "fermento maligno" influenciando corações piedosos. Por causa disso, infestou-se um murmuração, uma descida para a vulgaridade, a ingrata plebe estava com náuseas do pão do céu. O maná já não era mais suficiente. Em segundo lugar, mudou o desejo do coração, agora o apetite era pelas coisas terrenas, provenientes do Egito e não do céu. Em outras palavras, já não suportavam as coisas celestiais, mas tão somente almejavam as terrenas. Uma inclinação para o carnal, para o materialismo. Falar contra Deus, reclamar da suficiência do maná, não sabiam eles, que em figura, estavam rejeitando o próprio Senhor Jesus, assim como quando bebiam da água vertida da rocha (I Corintios 10:4) desfrutavam em figuras de uma bebida espiritual. Nosso dias são marcados por insatisfação das coisas divinas, há uma murmuração silenciosa no coração dos cristãos modernos. A bíblia não é mais suficiente, e nem alimento espiritual especial, os absolutos bíblicos não são mais suficientes, viver pela fé não é mais suficiente, então queremos voltar-se para os sentimentos, experiencias,revelações extra-bibicas, abraçamos uma tolerância pelos erros, simpatizamos com o universalismo, e vamos buscar o espiritualismo do Egito, porque o que vem do céu parece monótono e repetitivo. Perdemos a visão e envenenamos nossa língua, a benção era por estágios, o drama do êxodo, a passagem pelo mar vermelho, logo apos o deserto e então a posse da terra prometida. Quando o homem perde a satisfação pelo sagrado, sem temor, começa a dispor-se de apetite pelas coisas terrenas. Murmura e rejeita as celestiais, naufraga na fé e sofre o juízo de Deus. Que possamos aprender com isso. (Clavio J. Jacinto)

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