Quando a luz vem por trás dos montes
Nas campinas verdejantes do sertão
Entre tímidas estrelas da madrugada
Astros que choram o orvalho
Quando entre as nuvens, anseia trovões
Despertam a tarde, a chuva e o vento
Como se em grossos lamentos
O tempo fosse um motor de avião
Quando brilha aurora na erva
Nas flores espraiadas no campo
Como restos de jardins cósmicos
Néctar de madrugadas enluaradas
Como a estrada de barro do interior
As pedras cravadas nas montanhas
A luz da aurora, vem e esparrama
Sobre os leitos da chuva morta, a lama
O brilho da luz do amanhecer
Meu DEUS! a noite veio a morrer
Sepultem ela no jardim do meio dia
Na tumba da sombra, da gruta vazia
Eu desfaço a dor da tristeza
Na terra florida, tão grande beleza
É primavera, um dia ensolarado
Nas pedras de um rio nebuloso e gelado
Aurora que brilha na vasta imensidão
Dentro da minha alma e fora do meu coração
O dia triunfante sobre toda a escuridão
A luz que fundou seu império, no azul infinito.
Clavio J. Jacinto
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