Um homem enche sua alma
De bens terrenos e luxuria
Sopra o vapor da avareza
Entulha o coração de vaidades
Sopra sonhos e ilusões
Sobrecarrega-se dos cuidados dessa vida
Com ternura fria, ama o engano
Embrulha o tempo com coisas vãs
Um homem enche o ego de orgulho
Gasta o tempo em vãs sutilezas
Constrói um império de fantasias
Alegra-se com coisas supérfluas
Sopra o vento das coisas vãs
Brisa que anestesia a sensibilidade
Alma cheia de escuridão
Mas não percebe e não sabe
Um homem que transborda
De coisas frágeis e temporais
Alma inflada de efemeridades
Que vagueia sem destino
O vento sopra e a leva pra longe
Como uma entidade que voa em vão
Entre a vida e morte, vai a alma
Cheia de nada, pra perdição
Clavio J. Jacinto
Nenhum comentário:
Postar um comentário